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DESCONCERTOS

Passam se os dias
Os meses se vão
Se mudam as estações

O Mundo imutável
Imóvel, vibrante
Delirante azul

Segredos tolos
Beijos vazios
Entre a espada e a cruz

Se chama por alguém
Se espera que se ouça
Se busca no novo a velha peça

Uma imagem sem cor
Um brilho sem vida
Algo que estanque a ferida

Busca-se cura para algo incurável
Buscam tempo para nada se fazer
Irremediaveis dias onde nada tem graça

Tortuosas horas em que o tempo não passa
Lágrimas escorrem na janela
Ou são apenas gostas de chuva?

Nada se Sabe do Inverno
Apenas que é frio
Frio impiedoso, chega queimar

Nada se sabe do Verão
Só que é quente
Mas nada que a brisa bloqueie lembrar

Nada se Sabe Sobre o Outono
Só que tudo é novo
E as folhas caem para recriar

Nada se sabe sobre a Primavera
Só que tem flores
Novos amores, novo pulsar

Nada se sabe sobre o poeta
Se está a sorrir ou a chorar
Se canta ou vai encantar

O mundo é uma tela pronta para se pintar
O mundo é um emaranhado de tudo
Mas dele nada há de se esperar

- MORAIS, Dori Edisson Pina.



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