Nesta última semana, o Movimento Escoteiro parece ter se movimentado…mas não exatamente para melhor. Além da cobrança indevida dos participantes do Jamboree Mundial no Japão realizada pela associação nacional, também tivemos uma tentativa de manipulação das eleições para a Diretoria Executiva Nacional (DEN).

Diante disso, houve uma proposta de abaixo-assinado, no qual se pede “demissão” do comissariado institucional e renúncia dos Membros do CAN e DEN. A iniciativa pode ser acessada clicando aqui.

Mas as notícias não são estas. Acontece que integrantes de equipes nacionais, membros da comissão de ética, da direção nacional e comissários, através de seus perfis em redes sociais, decidiram debochar da situação. Vejam:

“Não sabia que tinha um segundo emprego para ser demitido”, afirma um deles. “Precisam de um curso EAD para aprender a cumprir prazos”, completa outro, referindo-se à situação da assembleia do Maranhão.

Pois bem. Se o mau uso da palavra “demissão” é o único argumento destes senhores para justificar a crise que provocaram no movimento escoteiro no Brasil, estamos piores do que imaginávamos. Estas pessoas – que bem é certo não recebem salários – são as mesmas que participam em atividades a custas do dinheiro associativo.

De cursos EAD deveriam Participar os membros da direção nacional, principalmente de conteúdo referente ao Estatuto da UEB, para se dar conta da ilegalidade da DEN em pretender intervir em uma região. Também deveriam encontrar nas páginas do guia de falácias de Stephen Downes algo em que se apoiar antes de promover cizânia.

Não se enganem. Quem pratica um antiescotismo aqui não são vocês por apontarem um problema ou por, no mínimo e com razão, indignarem-se com a situação. Estes pretensos líderes, por não terem exemplos que oferecer, apenas riem da situação. Com uma estrutura associativa à disposição, dinheiro, uso de comissões de ética para perseguir desafetos, é bastante fácil tratar desta forma debochada os associados. Participar de uma eleição com voto direto, vir a público, abrir o diálogo, participar em discussões é o que estes dirigentes, há décadas, evitam fazer.