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A geração que finge não se importar precisa acabar

A Geração Que Finge Não Se Importar Precisa Acabar

Eu gosto de gente que procura, que manda mensagem, pergunta como foi a semana ou manda nem que seja um “bom dia”. Gente que mostra que tá a fim, gente que gosta de conversar. De preferência, aquelas que têm assunto pra tudo e você pode ficar horas ali se divertindo, sem perceber que já tá quase amanhecendo. Gosto de gente que assume que stalkeia, que dá chuva de likes na madrugada e não tem vergonha de dizer que gosta de você.

Hoje parece que todo mundo precisa fazer aquele ar blasé de não se importar, de fingir que não tá dando a mínima, que recebe uma mensagem e só vai responder seis horas depois, pra “não mostrar que tá interessada”. Eu costumava achar que era pessoal, que era só comigo. Mas não, essa parece ser realmente a “onda do momento”.

É difícil entender o que há de tão vergonhoso em demonstrar interesse. Vão dizer que “se tá fácil perde a graça”, mas o que acontece realmente é: se não tá tendo ibope, a gente muda de plateia. Ou pelo menos deveria. A graça, o tesão, na verdade vai embora é quando não temos retorno do investimento, quando nossas expectativas não são supridas.

“…quando você percebe que do outro lado a pessoa tá engatinhando, enquanto você tá correndo os 100 metros rasos, é hora de ejetar.”

Especialmente – mas não exclusivo – pra quem tá solteiro há algum tempo e já está beirando a casa dos 30, esse tipo de comportamento se torna ainda mais cansativo. O topo da pirâmide é quando acima de tudo isso, você é sempre aquele que tá correndo atrás, inventando mil maneiras de ser interessante e nunca chegar a lugar nenhum. Cansa. E quando você percebe que do outro lado a pessoa tá engatinhando, enquanto você tá correndo os 100 metros rasos, é hora de ejetar. Qualquer sinal de desinteresse é motivo pra gente pular fora.

Não há nada que arranque mais sorrisos do que estar naquele busão lotado ou no fim de um dia estressante de trabalho, e assim do nada, chega uma mensagem nova de quem você menos esperava – ou que na verdade tava torcendo pra dar um sinal. Saber que do outro lado alguém pensou em você e que teve vontade de falar contigo, causa uma onda que droga nenhuma jamais vai conseguir.

Não tem nada de errado em procurar alguém com quem você gosta de estar. Mesmo quando falta assunto ou quando o dia fica corrido, apenas um “oi, tá tudo bem?” pode ser o suficiente pra que o outro, que tá guardando por dias aquela vontade de falar com você, possa elevar o nível da conversa.

Agora, se você não tá a fim mesmo, como diria Anna, let it go, let it go

Se existe interesse, demonstre. Puxe conversa mesmo, não tenha vergonha. Deixe claro que você tá a fim, que quer conversar, que quer encontrar com ele/ela. Tem gente que não passa muito tempo batendo papo no celular, ainda assim, levar cinco dias pra concluir um único tópico de conversa – ou assuntos que começam e nunca terminam –, é no mínimo broxante.

Vamos parar com os joguinhos e deixar eles só pro videogame. Ou prende ou passa. Se for pra se entregar, entregue-se por completo.

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