Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Detalhe do para-peito de uma ponte no parque de Buttes-Chaumont - Paris, 1989







fototografia e texto © agnaldo lima

 

POESIA(R)-te
 
 
Poesio-te sem a preocupação das silabas bem contadas,
sem o pudor das palavras bem escritas,
sem os grilhões que atrofiam a liberdade artística e literária
e sem o preconceito pelas mil e tantas formas de o fazer, presumíveis.
 
Poesio-te como se fosses o último dos seres poetizáveis,
como se fosses a última gota d'água que se bebesse,
como se fosses o último desejo aceitável,
como se Fosses a última flor que jamais morresse.
 
Poesio-te como se fosses o meu último gesto,
na caminhada tão vaga que é viver,
entre mentiras, preconceitos e promessas,
na busca do tudo querer ser.
 
Poesio-te porque foste o último amor que tive,
em linhas paralelas e desiguais,
cujo caminho seguias, fronte erguida, a olhar em frente,
enquanto eu, calmamente, à tua sombra caminhava.
 
 
 



This post first appeared on Metamorfose De Um Olhar, please read the originial post: here

Share the post

Detalhe do para-peito de uma ponte no parque de Buttes-Chaumont - Paris, 1989

×

Subscribe to Metamorfose De Um Olhar

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×