Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

A TEMÁTICA SATÍRICO-GAY NO ROCK




 “Eu quero ser sua cadela, engatada no teu pau” assim é o primeiro verso da música Próstata da extinta banda de Glam Rock pernambucana Textículos de Mary.  Ouvindo essa pérola, e conversando com amigos sobre a temática gay no cenário do rock, me inspirei para fazer esse post. Pessoalmente, este blogueiro adora qualquer coisa que irrite ou choque as ideias da fascistóide família brasileira. Muito além de uma vulgaridade proposital, este tipo de abordagem musical feito por algumas bandas serve ao propósito de mostrar o quão ridículos são os estereótipos homossexuais no subconsciente coletivo. Uma grande ironia que choca pela burrice dos que ficam chocados. Projetos desse tipo questionam com um humor violento e chocante a visão que a sociedade como um todo nutre não só sobre os gays, mas sobe a cena homossexual. Bandas como Textículos de Mary apenas transformam em visual os pré-conceitos encardidos e deturpados de uma sociedade homofóbica e machista, viciada em estereótipos.


Em 2002, Textículos de Mary ganhou como banda revelação no Video Music Awards (VMB), e adentrou ao auditório com uma bandeira do Movimento Integralista, cumprimentando o público com “anauês”. Sofreu seríssimas críticas por parte do público, pessoalmente, eu achei genial. Quer um sarro político maior do que esse? Infelizmente, a banda só durou alguns anos (dois, se não me engano). Pressões de gravadoras e da sociedade como um todo engoliram um ótimo projeto independente que se recusou a adequar os clipes musicais no padrão MTV. Pensando sobre o assunto, decidi colocar aqui as bandas que eu me lembro – e conheço – que trouxeram a temática LGBTT para os palcos e discos. Leitores, citem mais exemplos no comentário, ok?! Ah, antes de terminar, existe um documentário sobre o Textículos, que você confere ao final deste post.

TEXTÍCULOS DE MARY - PRÓSTATA



Certa vez alguém disse: "Os caras se vestem como mulher, cantam como homens, e agem como bestas". A pessoa estava se referindo ao Twisted Sister, uma conhecidíssima banda formada nos anos 70. Seus clipes ficaram conhecidos por serem cômicos e estereotipados. É importante ressaltar: os Sisters não são homossexuais, mas ajudaram a trazer e perpetuar uma certa forma de crossdressing no Glam Rock.

TWISTED SISTER - I WANNA ROCK



A banda Poison com certeza é uma das minhas preferidas. Em seu álbum Look What The Cat Dragged In adotou a temática drag. Não me recordo se alguns dos integrantes é gay, mas sempre tive a sensação que Poison estava muito mais perto de uma bandeira andrógina do que homossexual, mas fica aí, contando.

POISON - LOOK WHAT THE CAT DRAGGED IN



O que falar de Fred Mercury e do Queen? Uma amiga me disse que: "não existe hétero quando toca I Want to Break Free". Fred sem sombra de dúvidas é um dos - quiçá o mais - gays respeitados no rock.

QUEEN - I WANT TO BREAK FREE



Bom. Para o post não ficar longo encerro por aqui, mas colocando alguns comentários adicionais. Little Richard foi chamado de "rei do rock" por Mick Jeagger, e respondeu dizendo que preferia ser a raínha. LR sem sombra de dúvidas foi/é o rei/raínha do rock, mas por ser negro e homossexual, Elvis levou o título que foi dado por um locutor de rádio desconhecido. Não que o Elvis não seja bom, mas Little Richard é melhor. Jello Biafra e Rob Halford também se declararam gays, este último inclusive sem nenhum trejeito comumente associado aos gays. Perry Farrell do Janes Adiction se dizia bissexual mas assuniu que é gay mesmo, Brian Molko do Placebo também é gay assumido. Na pegada pop, Michael Stipe do REM. Ser gay é uma coisa, a vivência dessa sexualidade é múltipla e varia entre sujeitos. Nem todo gay vai em direção ao estereótipo, outros se sentem confortáveis nele, alguns simplesmente inventam sua própria forma de viver sua sexualidade. No que diz respeito a competência e talento, ser gay nunca foi problema ou depôs contra a carreira de um artista, mas em alguns casos fez exatamente o contrário, se tornou parte do estilo e da tônica da música em toda sua sinestesia social e estética, seja no estilo "gay macho" como o de Rob Halford, no estilo "gay fêmea" de Fred Mercury, ou até mesmo no estilo crossdress, andrógino do Poison e Twisted Sister. Estas duas últimas bandas inclusive demonstram que você não precisa ser gay para simpatizar ou adotar elementos estéticos ou comportamentais. Nada mais errado do que achar que o rock n' roll é terreno "de macho", rock é terreno de todo mundo, e os gays no rock fazem bonito, e nenhum roqueiro de respeito irá desmerecer a importância que o Glam rock representou na história do gênero.

DOCUMENTÁRIO SOBRE O TEXT. DE MARY -> http://www.youtube.com/watch?v=fC5l6Mb6ts0



This post first appeared on ✑ #F▲G◎C⇪TAℕD߷↘␠, please read the originial post: here

Share the post

A TEMÁTICA SATÍRICO-GAY NO ROCK

×

Subscribe to ✑ #f▲g◎c⇪taℕd߷↘␠

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×