Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Sofrimento pop

Até amanhã, se Deus quiser.
Até amanhã, se Deus quiser.

A barra da mente pára no amanhã incontínuo, a possibilidade do não. Da não respiração, da inexistência da vida, impedida que vai cheia de nós no perdão. A barra da possibilidade do não, a não continuação de viver em pé onde não há lugar. Estar em pé é além da solução, é para além do querer em vão. Incontínuo, finito por qualquer não. Vomitando nas esquinas as palavras da louca, o medo das previsões. Quem ela pensa que é? Aonde ela vai me barrando no não? O medo do aborto do que nem nasceu, a pausa infinita na cama olhando pro céu, esperando o click, caindo no chão. Se hidratando com água para suprir o que se foi com as lágrimas. Sprint, sprint! Mais rápido que os carros, mais rápido que as cobranças, corra na dor, esbarre no nó e siga engolindo, cheio de por favores, mesmo que sem amor. Sprint, corra. Eles querem passar em cima de você e não é mera impressão. A incompreensão do amor, não há Bíblia para o amor. Não há Platão, o banquete está aos restos, cheio de ossos para os cães roerem. Esses ladrões não vão me roubar, eu grito, eu corro, eu esmurro. Se esse gordo não parar de tossir no meu pescoço, eu juro que viro e cuspo. Custa colocar a mão na boca? Não quero conversar, não quero me atrasar, corro com a dor, gritando para a paciência, mandando ela pra longe. Não existe paciência em 2013, é crime e não há solução. Corra no escuro e nenhum poste acenderá. Corra no escuro, nada vai fazer parar nada no agora. Nada vai me parar, que a paciência se foda com essa puta que acha que sabe. Essas cartas não vão me bastar, estão na mesa mas são idiotas. Os pontos da continuidade, o “boa noite” sem vontade, o desespero da dor, o vazio, a falta de amor. A falta do que não se define, a falta do teu olhar. Como o amor eu não sei explicar, vou definir como tua barba, nunca tire sua barba, senão não há amor. Vou malhar minha bunda pra ver se aparece o amor. Os imbecis dirão que isso não é amor, os imbecis que vivem na dor. Imbecil por imbecil fico comigo no meu abrigo do silêncio e do sorriso mais falso de barra, SAIA DAQUI! NÃO ESTOU AQUI, ESTOU LONGE. Já não me basta nada disso, vou embora para outras definições, e dessa vez não há distrações. Cuide do seu sofrimento, ninguém se importa, você está ao relento. Oco. Boa noite, até amanhã, se Deus quiser, não peça desculpas, não há culpa. Deus não culpa e os homens só duram até amanhã. Sprint, SPRINT! Corra com a dor, não vale a pena ter rancor. Não existem contradições, a dor e a culpa são só condições, o rancor é a vida que passa esmagada dentro e orgânica pelas faltas. Pro amor não existe Bíblia, a Sagrada não conta, está cheia de pendências e as contas serão pagas agora, com juros de anos que não se calculam por falta de cronologia. Sprint.


This post first appeared on Polpa De Palavras, please read the originial post: here

Share the post

Sofrimento pop

×

Subscribe to Polpa De Palavras

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×