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Utopia / Amor em 2014

Eu preciso falar sobre. Eu preciso desabafar.
Eu não consigo me enquadrar.
Não consigo compreender a troca de saliva instantânea. Me dói.
Eu vi.
Me obriguei a ver, do alto. De cima, eu vi. Eu te vi, eu já previ. Eu imaginei, e constatei.
O óbvio, o fato, o ato. Carimbei o olhar, marquei o passo do aperto. Senti frio e desespero, vontade de ir embora. E fui. Não posso com isso, sou frágil. Me esqueça, sou louça, não posso com concreto. Não posso com o desejo incerto. Não consigo evitar a chateação. Não consigo me evitar, mas é que tenho outras percepções.
Me esqueça, eu travo.
Me esqueça, não posso. Travo, enrosco, meu coração dói.
Tenho receio de dizer, mas sou frágil, meu coração não pode com tanta transição.
Gosto de ficar quieto, beijar reto e sentir as palavras na respiração. Mas já entendi, não posso.
Não posso com esse amor.
Não posso, dói.
Tenho dor. E vou dormir pra sarar, pra acordar em um domingo qualquer, no meu silêncio. Na minha incompreensão. Já não posso com isso, já não compreendo. E dói, e só isso me faz querer parar: a dor de te ver, a dor de insuportar, a dor de ver o que vi. A dor de não conseguir.
Tchau, adeus, já não posso.
Dói.
Sou tolo.
Me sinto oco.
Vou dormir.
Quero esquecer o que vi.



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