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Entrevista com Jefferson Omega Ω

Um pouco tímido ele chega, cabeça coberta por um moletom negro, cabelos repicados caindo nos olhos, e os olhos mais bem pintados que os meus. De fato quem espera um escritor de quadrinhos não deve esperar alguém lá muito comum. A aparência pouco tímida logo prova o contrario quando o “garoto” abre a boca para falar de sua vida.












Fontinelli - Então, Jefferson Omega... Escritor, roteirista, desenhista, animador, hum... Musico! Você realmente é tudo isso ou estes títulos são só pra contar vantagem? (risos)

Omega – (risos) Então, depende do seu ponto de vista, se você acha que pra ser qualquer coisa nesse mundo é preciso um diploma, então eu poderia dizer que sou animador, e estou me tornando um escritor. Mas como acredito que para a arte não há um diploma que torne um artista em artista, ele ajuda é claro, mas como acredito que um diploma não faz um artista, apesar de ser um ótimo complemento, não o diploma é claro, mas o tanto que precisou de estudar pra consegui-lo. Enfim, desenho desde criança, escrevo... bem “escrevo de verdade” a alguns anos, o mesmo se enquadra para os roteiros. Já a musica é algo que descobri meio que tardiamente, há um ano e alguns meses. Mas mesmo com o calourismo me limitando às vezes, eu tenho me esforçado para vencê-lo sempre. Acredito ser tudo isso sim. Pelo menos sei que me esforço em ser.

Fontinelli – Como mesmo disse, você se considera um artista, certo? Para você o que faz da pessoa um artista?

Omega – A arte ué!... (risos) Não, vamos lá. Me considero um artista, mas em termos. Acredito que o que torna uma pessoa o que ela é não é simplesmente o que ela faz, mas o resultado que isso traz. Me considero um artista sim, e é sim a arte que faz de alguém um artista. Porem acredito que o artista não faz a arte pra si, mas para o povo. Logo o povo acaba por intitular o artista de artista. É difícil explicar essa visão, mas é como que se cada um estivesse aqui neste mundo para contribuir com alguma coisa, a telefonista contribui atendendo telefones, o bombeiro apagando incêndios, você fazendo entrevistas e o artista dando arte ao povo. Por isso digo que sou um artista em termos. A arte que produzo ainda não está totalmente acessível ao povo. Quando eu puder realmente fazer tudo isso chegar às pessoas, ai posso começar a pensar que sou um artista mais completo.

Fontinelli – Você diz que sua obra não está totalmente acessível ao publico, porque isso acontece?

Omega – Conclusão! Entre muitas outras coisas. Lidamos com obras grandiosas, eu e a BooK PoweR estamos trabalhando em uma grande saga, e não há um material completamente acabado, concluído e registrado pra entregar ao publico de uma vez assim. Temos sim, alguns quadrinhos, a série relatos por exemplo, imagens, alguns vídeos, mas em sua maioria esse material é só uma prova do todo que estamos trabalhando para em breve apresentar.

Fontinelli – Book PoweR, como você define essa organização? Podemos chamá-la assim?

Omega – Sim claro. A BPC© e uma organização de cinco amigos que se uniram para fazer histórias em quadrinho. Ao menos essa foi à idéia inicial. Ainda somos uma organização de cinco amigos, porem a “Produtora” hoje é muito mais ampla em relação à visão de finalidade. Hoje já não são somente os quadrinhos, mas uma espécie de teia midiática, uma coisa mais multimídia. Escrevemos historias de maneira literária, como uma espécie de novel, um folhetim escrito e apresentado episódio a episódio, estes episódios escritos de maneira literária serão posteriormente adaptados para o quadrinho, alguns “áudios promocionais” (uma espécie de obra radiofônica) e o grande sonho que é a série em desenho animado e outras mídias audiovisuais. “Isso é BooK PoweR um universo de possibilidades!” E esperamos levar em uma roupagem bem própria, nova e característica um conteúdo um pouco diferente de tudo o que já foi explorado até hoje dentro do universo do fantástico. E com o diferencial de ser um material nacional. Nós (BPC©) valorizamos muito a iniciativa nacional. Acredito que o brasileiro tem que parar de ficar pagando pau pra um bando de gente de fora que não ta nem ai pra gente, e começar a olhar a riqueza que temos dentro do nosso próprio pais.

Fontinelli – Qual é a relação Jefferson e Omega? Você adotou para si o sobrenome Omega e deixou para seu personagem seu nome verdadeiro: “Jefferson Mauro”, o que isso significa para você?

Omega – Nossa, isso é uma longa história! Mas da pra resumir. Eu estou constantemente me reinventando, e chegou um momento que precisava de um novo nome pra simbolizar meu novo eu, nada melhor do que o nome do personagem que é meu alterego. Já ele continua com meu nome antigo, afinal não haveria porque mudar o nome dele, principalmente para Jefferson Omega, seria como chamar o Bruce Waine de Bruce Morcego, soaria como uma grande e incoerente idiotice.

Fontinelli – Falando em personagem, você mesmo é um personagem seu? Tipo a maquiagem, as roupas pretas, correntes. Como você vê essa questão?

Omega – As pessoas me chamam de excêntrico (risos). Mas não é um personagem, esse sou eu mesmo, faz pare de mim. Você também usa maquiagem, nem por isso é um personagem. É que quando é um menino usando, as pessoas se assustam. Gente, o mundo mudou, e nem é algo inédito, os homens usavam maquiagem no Egito antigo, cabelo grande na idade média; porque não agora? É uma questão de estilo, de personalidade, me sinto bem assim. Sou bem assim. Claro se baterem um dia minha porta as chances de me encontrarem desgrenhado e de cara lavada são grandes, mas se esbarrarem comigo na rua, as chances de me encontrarem como to agora, são ainda maiores. Esse sou eu.

Fontinelli – Você disse que te chamam de excêntrico...


Omega – (Interrompe a entrevistadora) Eu sou mesmo, tenho uma coleção de amostras de animais conservadas em álcool, me embebedo de café pra escrever, e visito o cemitério para obter inspiração! Acho que todas pessoas ligadas a arte tem suas excentricidades.

Fontinelli – Não só da arte, jornalistas também se embebedam de café. É uma das formas de entregar a matéria antes do dead-line e ainda acordar cedo para a entrevista que tem de fazer no dia seguinte.

Omega – Pois é, fiz um período de jornalismo, ouvi muito isso de meus professores.

Fontinelli – E a vida acadêmica? Como anda?

Omega – Movimentada. Passei uma semana na universidade de musica, mas estou cursando mesmo é Letras – Português e Literatura na UBM. Me profissionalizando na arte de escrever. É uma universidade bem puxada, estou até com uma produção na BPC© mais lenta por causa disso. Mas é recompensador. Pretendo quando me formar, iniciar uma graduação em musica.

Fontinelli – Então para terminar vamos falar de musica. Ouvi dizer que alem da BPC© você está montando uma banda. Como é isso? Há tempo pra tudo isso, como você concilia essas coisas?

Omega – Bem, há sim um projeto musical e banda intitulada até o momento de The Mortician’s, ainda precisamos de uma bateria e um lugar pra ensaiar, mas já temos os músicos, a idéia e a vontade, ou seja meio caminho andado. Tempo é complicado, é sempre apertando algo aqui pra fazer outra coisa ali. Porem estou compondo bastante ultimamente, e ensaiando uns covers e musicas próprias também. Não há muito a conciliar também com a BPC©. Eu cheguei a um pont



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