Uma das musas do Lira Paulistana, voz de Deusa, fala macia, afinação impecável. Da tchurma de Arrigo Barnabé, Eliete é de uma delicadeza infinita. Porém fizemos alguns shows acompanhando-a e garanto, não tente não cumprir com o combinado com essa super cantora. A pequena mulher vira uma giganta maior do que já se torna no palco e ai de quem está na frente. Causosa parte, vamos conhecê-la um pouco melhor.

Cantora paulista, freqüentou o Conservatório de Música na infância, mas acabou formando-se em filosofia pela USP. Sem deixar de lado seu interesse pela música popular, viajou pelo México e Estados Unidos na década de 70, atuando como cantora de grupos de música Brasileira. De volta ao Brasil, em 1982 lançou o LP "Outros Sons" pelo selo Vôo Livre, com produção de Arrigo Barnabé e estética voltada para a chamada "vanguarda paulista", movimento de que foi coroada musa por alguns críticos. Continuou gravando regularmente ("Ângulos — Tudo Está Dito", 1986; "Eliete Negreiros", 1989; "Canção Brasileira — A Nossa Bela Alma", 1992; "16 Canções de Tamanha Ingenuidade", 1996) e se apresentando por todo o país. Seu repertório é uma mescla de composições inéditas, de nomes como Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, e releitura de clássicos, como Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa.

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