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Review: Blue Swat (1994)

Blue Swat estreou no Japão em 1994. Naquela época, a clássica revistinha Herói começava a sair nas bancas daqui, e foi lá que li pela primeira vez sobre a mais recente produção da Toei Company. Lendo a descrição do primeiro episódio, fiquei com muita vontade de conferir a série, que permanece inédita aqui até o momento. Mas felizmente temos hoje os gloriosos fansubs (obrigado, gente) e finalmente pude assistir todos os 51 episódios na integra e posso afirmar que Blue Swat é um dos melhores seriados do gênero que já vi.


Alienígenas esperaram o momento perfeito para invadir a Terra. Esse grupo de aliens é conhecido como a Máfia Espacial e tem a habilidade de se infiltrar nos corpos dos terráqueos. O governo japonês criou uma força policial chamada Blue Swat para combater essa ameaça. Os aliens, espertamente, se infiltram na organização e aniquilam seus integrantes. Shou Narumi (Souji Masaki), Sara Misugi (Yuka Shiratori) e Sig (Kou Domon) são os únicos sobreviventes e resolvem continuar a luta para salvar a Terra


Shou é o protagonista e se destaca por adquirir as armas mais legais, além de receber melhorias em seu traje ao longo da trama, transformando-se no Hyper Shou. Entretanto, seus dois colegas são personagens mais interessantes. Sara é a mulher do trio e fazia parte do departamento de policia de Los Angeles antes de perder seu parceiro em uma operação que ainda a pertuba. Ela se impõe por sua personalidade forte e mantém o imaturo Shou sob controle. Sig é um alienígena que veio à Terra com o objetivo de combater a Máfia Espacial e agora reside em um corpo humano. O trio recebe a assistência de Seiji Usami (Yuuki Tanaka), um nerd especializado em computadores que foi salvo por eles, e também de Sumire Asou (Chiko Kanseki), contratada como secretária.


O primeiro episódio de Blue Swat é um dos melhores de todos os tempos, com muita ação e drama. Isso deixa claro que a intenção original da Toei era produzir uma série com uma temática mais séria, com o objetivo de também conquistar os espectadores adultos. Os heróis se unem para formar uma agência para resolver casos mediante pagamento no inicio, visando ganhar dinheiro para financiar a guerra contra a Máfia Espacial. Shou está focado apenas no dinheiro e não se junta imediatamente à luta ao lado de Sara e Sig. No decorrer dos episódios, essa abordagem vai gradualmente sendo deixada de lado. 


Os roteiros passam a incorporar mais elementos de humor, e as costumeiras crianças em perigo, que estavam sumidas, começam a aparecer mais. Surge até mesmo um pequeno trio que ajuda os heróis em alguns episódios. Essa mudança de tom confere à Blue Swat uma atmosfera mais leve, mas, felizmente, ela não perde sua essência e continua a proporcionar muitos momentos que resgatam aquela seriedade do início, principalmente com o arco de Sig, personagem que enfrenta uma difícil questão ética. Sig ocupa o corpo do pai de um garoto que também teve seu corpo invadido por um inimigo mortal de Sig: o alien Jisp.


Blue Swat traz de volta as lutas de heróis contra monstros, algo que não ocorria mais em seu horário desde que Jiban foi substituído por Winspector. O problema é que, no início, os aliens até possuem visuais interessantes; no entanto, com o passar do tempo, a Toei começa a reciclar elementos (notei a presença do monstro do episódio 10 de Jiban e até mesmo de um soldadinho inimigo dos Flashman). A Máfia Espacial começa a perder um pouco de sua identidade. Pelo menos os vilões principais, o já mencionado Jisp e a Mademoiselle Q/Queen (interpretada por Miyuki Nagato, a Urk de Flashman), são alguns que escapam desse problema.


Na metade da série, os heróis recebem uma ajuda especial de Gold-Platinum. Não, não se trata de um cartão de banco (embora essa ajuda fosse muito bem-vinda para nossos heróis). Platinum é um amigável alienígena que vem a Terra e traz alguns presentes para Shou: o armamento necessário para que ele se transforme em Hyper Shou. Sempre que a paciência de Shou atinge seu limite, Platinum aparece para auxiliar na luta contra a Máfia Espacial. 


Além disso, o personagem possui um dos temas musicais mais belos já criados para um tokusatsu: o Theme of Platinum, que é maravilhoso. O tema de abertura de Blue Swat, True Dream, é excelente e se destaca, assim como o de Metalder, apostando em uma melodia melancólica. Kei Wakakusa, responsável pela trilha sonora, também contribuiu para Jiraiya e algumas das BGMs do ninja são usadas em Blue Swat (assim como já aconteceu anteriormente em Janperson).



Com uma trama bem estruturada e ótimas cenas de ação, Blue Swat apresenta um desfecho satisfatório, até superando algumas séries que foram transmitidas por aqui. É pena que a Manchete, após o estrondoso sucesso de Cavaleiros do Zodíaco e os resultados apenas razoáveis de Solbrain e Kamen Rider Black Rx, tenha abandonado a aposta em tokusatsu. Quem sabe o carismático trio de Blue Swat não teria alcançado resultados melhores? Enfim, a espera de anos desde minha primeira lida naquela revistinha Herói valeu a pena. Eu realmente curti Blue Swat e recomendo fortemente aos fãs de tokusatsu que ainda não tiveram a oportunidade de assisti-la, especialmente aqueles que sentem saudades dos tempos da Manchete.



Contato: [email protected]

 

Marc



Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios, não necessariamente nessa ordem

       




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