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Grapixo: entre a pichação e o graffiti


Para entendermos o que é Grapixo precisamos primeiro saber melhor dos dois eixos que estruturam o mesmo: a pichação e o graffiti. Para isso farei uma breve introdução de cada um, deixando mais fácil o entendimento em relação ao surgimento desse terceiro pilar, ainda pouco conhecido por muitos, e por isso tentam o encaixar dentro de um desses dois movimentos.

Sem ter a estética como valor principal a pichação age como o som de um grito de quem busca mostrar que está aqui, marcando presença, causando o desconforto. As marcas são deixadas pela cidade em cor única, seja ela qual for. A pichação é proibida e perigosa em muitos casos, e para a maioria é isso que dá a adrenalina na ação.


Não existe preferência por lugar, pois tudo pode ser pichado, desde a porta da vendinha da esquina até um monumento no centro da cidade. É um ato de transformação visual, e cabe a cada um acrescentar um valor a isso. 

A pichação é antiga e por essa razão é possível identificar inúmeras características e atitudes únicas desse movimento, como a presença de grupos, eventos, e até um “dialeto” próprio. 


Enquanto a pichação já acontecia surge um outro movimento, chamado de graffiti, que tem como característica principal a preocupação com a estética dos desenhos, tendo diversas motivações, seja ela criticar algo, falar sobre um tema comum, ou mesmo estar presente pela beleza do desenho, para que a sociedade possa ver e admirar. É a forma de arte visual mais utilizada pelas pessoas da periferia, que enxergaram no meio uma forma de externar sua realidade difícil, suas vontades, e seu protesto.


Por ser mais elaborado e complexo é mais bem visto por uma parcela da sociedade, sendo regulamentado e havendo até a liberação dos muros de sua propriedade para a propagação desse segmento, que se enquadra dentro do movimento hip hop. 

Mesmo com tudo isso, a manifestação dessa arte já foi e ainda é muito criticada por pessoas que a entendem os desenhos como uma forma de poluição visual do espaço urbano. 

O Brasil é um dos países com mais tradição dentro do graffiti, contando com grafiteiros reconhecidos internacionalmente, como Os Gêmeos (Otávio e Gustavo Pandolfo), Eduardo Kobra e Ramon Martins.


Agora vamos falar de um movimento mais recente que dá título a essa publicação: o GRAPIXO. Esse movimento ganhou força recentemente e pode ser visto por todo o Brasil (precursor desse movimento no mundo), e é o ponto de encontro da pichação e do grafite,  portanto um elemento híbrido.


O grapixo une as duas linguagens em um só desenho, com as letras da pichação e a preocupação estética do grafite.

Esse movimento é preenchido em sua maioria por pichadores que buscam se arriscar no meio do grafite sem ter que elaborar um desenho muito complexo. E, muito pouco vem do processo inverso, pois a essência da coisa toda é retirada da pichação. Contornos fortes, letras difíceis de entender. É uma arte que representa muito o povo brasileiro, demonstrando nosso lado criativo e transformador.


O estilo é composto por cores vivas, sombreamentos, gradientes, contornos fortes que são realizados muitas vezes com o látex (material muito utilizado pelos grafiteiros) e o clássico spray. 

Assim como na pichação e no grafite alguns nomes passaram a ganhar destaque dentro do meio, e no grapixo tem dois caras que fazem um trabalho muito louco que é o GOMA e o BRAVOS.


Para entender o como é realizado o Grapixo basta assistir o vídeo abaixo:



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