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História da formação da Galeria Nacional de Pintura publicada em livro

O Marquês de Sousa Holstein e a Formação da Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa, de Hugo Xavier, é o 12.º volume a ser publicado no âmbito da colecção Estudos de Museus, uma edição da Direção-Geral do Património Cultural em parceria com a editora Caleidoscópio.

O livro resulta da tese de doutoramento (em História da Arte, Especialização em Museologia e Património Artístico) de Hugo Xavier apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em 2014 (orientação de Raquel Henriques da Silva).

O lançamento acontece no dia 3 de Julho de 2018, pelas 18h00, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, com apresentação de Natália Correia Guedes.

Resumo

Entre os antecedentes dos primeiros museus de arte criados em Portugal merece destaque a Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa. O seu núcleo fundador assenta nas pinturas dos conventos extintos pelo Liberalismo, em 1834, tendo sido inaugurada em 1868, no antigo convento de S. Francisco, graças ao apoio mecenático de D. Fernando II (1816-1885) que permitiu abundantes incorporações. A estas associaram-se as dádivas efetuadas pelo conde de Carvalhido (1817-1900), negociante portuense enriquecido no Brasil e residente em Paris.

Paralelamente à pinacoteca, organizaram-se outras colecções (desenho, artes decorativas, gessos e arqueologia) no intuito de se proceder à criação de uma instituição patrimonial mais ampla, o que ocorreu em 1884 com a abertura, na rua das Janelas Verdes, do Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia.

Em análise neste livro estão 50 anos de esforços empreendidos por vários agentes, com destaque para o marquês de Sousa Holstein (1838-1878), vice-inspetor da Academia. A sua acção foi determinante na organização, conservação, exposição, estudo, promoção e divulgação do seu acervo, assim como do seu enriquecimento por meio de transferências, aquisições ou doações que estão na origem do mais relevante museu público de arte nacional: o Museu Nacional de Arte Antiga.

Hugo Xavier (Viseu, 1981) é doutorado em História da Arte na especialidade de Museologia e Património Artístico pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a tese O Marquês de Sousa Holstein e a Formação da Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa (2014). Licenciado em História da Arte (2003) e mestre em Museologia e Património (2009) pela mesma Faculdade com a dissertação Galeria de Pintura no Real Paço da Ajuda, publicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (2013). Foi bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia (mestrado e doutoramento) e é membro do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, integrando a linha de Museum Studies. Foi técnico superior do Museu de Artes Decorativas Portuguesas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva. Desempenha desde 2014 as funções de conservador do Palácio Nacional da Pena e do Palácio de Monserrate (Parques de Sintra – Monte da Lua, S. A.). Nessa qualidade, assumiu a curadoria da exposição comemorativa do bicentenário do nascimento de D. Fernando II: Fernando Coburgo fecit: a atividade artística do rei-consorte(2017). É autor de vários artigos, publicados em catálogos e revistas da especialidade, no seguimento da investigação em História da Arte e Museologia, particularmente no domínio do coleccionismo.

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ÍNDICE

Introdução, 7
Estado do conhecimento, 8
Critérios metodológicos, 10

I PARTE – ANTECEDENTES DA GALERIA NACIONAL DE PINTURA
O depósito de S. Francisco, 14
A Academia de Belas Artes e o corpo académico, 29
Esforços em prol da organização, divulgação e conservação do acervo, 35
Projetos para a construção de uma galeria, 49
Outras incorporações: a coleção da rainha Carlota Joaquina, 62

II PARTE – O MARQUÊS VICE-INSPETOR
Dados biográficos, 82
Funções e relações no meio artístico: da Academia à Sociedade Promotora das Belas Artes, 96
Produção historiográfica, 108
Domingos Sequeira, o artista de eleição, 114

III PARTE – A FORMAÇÃO DA GALERIA NACIONAL DE PINTURA
O enriquecimento do acervo, 126
Gesto mecenático de D. Fernando II, 135
A coleção Mayne e outras aquisições, 157
Transferências e pedidos de transferência, 166
Doações, 173
Doações Carvalhido, 178
A organização da galeria, 199
A catalogação do acervo, 211
O regulamento, 220
Abertura ao público e planos de expansão, 222
A fotografia ao serviço da galeria: o caso de Jean Laurent, 229
Conservação e restauro, 234
Alfredo Augusto da Costa Camarate, conservador, 241
Em busca de soluções, 246
Um palácio para o museu nacional, 252

IV PARTE – AS RESTANTES COLEÇÕES DA ACADEMIA
Diferentes secções para um museu nacional: o núcleo de arte ornamental, 262
Tesouros conventuais, 267
Enriquecimento do acervo, 272
Derradeiras aquisições de Sousa Holstein, 283

Considerações finais, 293

Notas, 303
Fontes e bibliografia, 329
Índice Remissivo, 339
Agradecimentos, 341

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A colecção Estudos de Museus publica teses de doutoramento cujos temas se relacionem com os museus sob a tutela da Direção-Geral do Património Cultural. Foram publicados os seguintes volumes: Museus, Arte e Património em Portugal: José de Figueiredo (1871-1937), de Joana Baião, Redes de Museus e Credenciação: Uma Panorâmica Europeia, de Clara Frayão Camacho, Criatividade nos Museus: ‘Espaços Entre’ e Elementos de Mediação, de Inês Ferreira, Museus e Diversidade Cultural: Da Representação aos Públicos, de Ana Carvalho, Museu Machado de Castro: Memorial de um Complexo Arquitectónico Enquanto Espaço Museológico (1911-1965) de Duarte Manuel Freitas, Da Coleção ao Museu: O Colecionismo Privado de Arte Moderna e Contemporânea em Portugal de Adelaide Duarte, Museus (In)Capacitantes: Deficiência, Acessibilidades e Inclusão em Museus de Arte de Patrícia Roque Martins, Lisboa em Festa: a Exposição Retrospetiva de Arte Ornamental Portuguesa e Espanhola, 1882. Antecedentes de um Museu de Emília Ferreira, Da Fábrica ao Museu. Identificação, Patrimonialização e Difusão da Cultura Técnico-industrial de Maria da Luz Sampaio,  A Constituição de uma Coleção Nacional. As Esculturas de Ernesto Vilhena de Maria João Vilhena de Carvalho e Colecionismo Arqueológico e Redes do Conhecimento: Atores, Coleções e Objetos (1850-1930) de Elisabete J. Santos Pereira.

Os títulos a publicar são selecionados por um comité editorial constituído por Alice Semedo, Fernando António Baptista Pereira, Pedro Casaleiro, Raquel Henriques da Silva, Vítor Serrão e Clara Frayão Camacho (que acumula também a função de revisão editorial das obras).

Nota: O livro estará à venda nas lojas dos museus e palácios nacionais e no circuito comercial (ex. Fnac, Bertrand, Wook, etc.)



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