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Novo livro da colecção Estudos de Museus é dedicado à colecção Vilhena de Escultura

A Constituição de uma Coleção Nacional. As Esculturas de Ernesto Vilhena é o décimo volume a ser publicado no âmbito da colecção Estudos de Museus, uma edição da Direção-Geral do Património Cultural em parceria com a editora Caleidoscópio.

O livro resulta da tese de doutoramento (em História da Arte, especialidade Museologia e em Património Artístico) de Maria João Vilhena de Carvalho (conservadora do Museu Nacional de Arte Antiga) apresentada à Universidade Nova de Lisboa em 2014 (orientação de Rafael Moreira e de Raquel Henriques da Silva).

O lançamento aconteceu a 23 de Janeiro de 2018, no Museu Nacional de Arte Antiga, com apresentação de Raquel Henriques da Silva.

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O comandante da marinha Ernesto Jardim de Vilhena (1876-1967) foi o mais importante colecionador de arte em Portugal na primeira metade do século XX e os núcleos da coleção, alienados após a sua morte, persistem como referências no património nacional português. Em 1969, através da aplicação de mecanismos que prefiguraram a doação em pagamento, 1500 esculturas foram doadas ao Estado pelos herdeiros e incorporadas no Museu Nacional de Arte Antiga, o que resultou na alteração da identidade da histórica coleção museológica retratada neste trabalho.

A narrativa parte da biografia cultural dos objetos artísticos para apresentar o perfil de Ernesto de Vilhena e o seu modo de colecionar, desvendando a aura que o transformou numa personagem mítica. Senhor de uma fortuna adquirida na gestão colonial, dedicou toda a energia a construir o programa científico de uma «empresa colecionista» com o objetivo de criar «um feito memorável para Portugal», imbuído do valor de «resgate» da sua história, desenvolvendo um método que o diferenciou dos outros colecionadores por refletir o seu singular entendimento da história da escultura e do património nacionais. Do território onde foi coligida, a escultura passou à Casa Vilhena e dali para o Museu Nacional de Arte Antiga, no decurso de um resgate inédito na história do património cultural português sob tutela do Estado. Com a crónica da doação dos herdeiros de Vilhena fecha-se o círculo e completa-se a ambição do colecionador, fazendo retornar as esculturas ao domínio público da arte e da história portuguesas.

Maria João Vilhena de Carvalho (Pinhel, 1968) é licenciada em História, Variante de História da Arte e Doutora em História da Arte, Museologia e Património Artístico pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2014), é investigadora integrada do Instituto de História da Arte e colaboradora do Instituto de Estudos Medievais na mesma Universidade. Foi Bolseira de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia e investigadora do projeto «Fontes para a História dos Museus de Arte em Portugal» (2010-2013).

Conservadora do Museu Nacional de Arte Antiga responsável pela Coleção de Escultura, desde 2000, tem comissariado e participado em exposições em Portugal e no estrangeiro e integrou a equipa que concebeu a renovada exposição permanente de Pintura e Escultura Portuguesas do MNAA (2016).

Tem-se dedicado à investigação nas áreas da museologia, museografia, inventário do património artístico, história da imagem, história da escultura, colecionismo e da biografia cultural dos objetos, contando com publicações editadas no quadro de todas estas temáticas, destacando-se a participação em O Sentido das Imagens, a autoria das Normas de Inventário. Escultura (2004), a “Contribuição para a história do Museu de Escultura em Portugal” (2012) e um alargado conjunto de textos sobre a escultura portuguesa do património nacional editados desde 1994.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

7 | CAPÍTULO I – ERNESTO JARDIM VILHENA: A FORMAÇÃO DO COLECIONADOR
9 | A Família Jardim de Vilhena
34 | Curriculum Vitae
104 | O Mwata Kumandante, senhor que escrevia a verde. A construção do império e da fortuna

137 | CAPÍTULO II – A COLEÇÃO VILHENA. ARQUITETURA DE UMA COLEÇÃO NACIONAL DE ESCULTURA
139 | O Colecionador e a Coleção
144 | Colecionar património português
175 | Coleção Vilhena: uma empresa colecionista familiar
207 | A Escultura entre os Núcleos da Coleção Vilhena
243 | Lisboa, Rua de São Bento 183-187: conservação e exposição da coleção particular
248 | O Processo da Doação Vilhena

285 | CAPÍTULO III – DO PRIVADO AO PÚBLICO. A COLEÇÃO DE ESCULTURA DE ERNESTO VILHENA NO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA 
288 | A construção da história da imagem esculpida no Museu Nacional de Arte Antiga
352 | A Coleção Vilhena no Museu Nacional de Arte Antiga
369 | Sérgio Guimarães de Andrade: o Sentido das Imagens enquanto história da escultura portuguesa do séc. XIV ao século XVIII

387 | Notas
455 | Fontes e Bibliografia
485 | Índice Remissivo
487 | Agradecimentos

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A colecção Estudos de Museus publica teses de doutoramento cujos temas se relacionem com os museus sob a tutela da Direção-Geral do Património Cultural. Foram já publicados sete volumes pela seguinte ordem: Museus, Arte e Património em Portugal: José de Figueiredo (1871-1937), de Joana Baião, Redes de Museus e Credenciação: Uma Panorâmica Europeia, de Clara Frayão Camacho, Criatividade nos Museus: ‘Espaços Entre’ e Elementos de Mediação, de Inês Ferreira, Museus e Diversidade Cultural: Da Representação aos Públicos, de Ana Carvalho, Museu Machado de Castro: Memorial de um Complexo Arquitectónico Enquanto Espaço Museológico (1911-1965) de Duarte Manuel Freitas, Da Coleção ao Museu: O Colecionismo Privado de Arte Moderna e Contemporânea em Portugal de Adelaide Duarte, Museus (In)Capacitantes: Deficiência, Acessibilidades e Inclusão em Museus de Arte de Patrícia Roque Martins, Lisboa em Festa: a Exposição Retrospetiva de Arte Ornamental Portuguesa e Espanhola, 1882. Antecedentes de um Museu de Emília Ferreira, e Da Fábrica ao Museu. Identificação, Patrimonialização e Difusão da Cultura Técnico-industrial de Maria da Luz Sampaio.

Os títulos a publicar são selecionados por um comité editorial constituído por Alice Semedo, Fernando António Baptista Pereira, Pedro Casaleiro, Raquel Henriques da Silva, Vítor Serrão e Clara Frayão Camacho (que acumula também a função de revisão editorial das obras).

Nota: O livro estará à venda nas lojas dos museus e palácios nacionais e no circuito comercial (ex. Fnac, Bertrand, Wook, etc.)



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