Os museus, palácios, monumentos e sítios que deviam estar protegidos pelo Estado, não estão assim tão bem protegidos, quer por falta de pessoal, quer de meios, quer por falta de eficácia dos organismos dedicados à sua protecção.
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Podíamos falar das condições de segurança de muitos destes serviços e o rol de falhas seria imenso, mas é melhor meditar-se apenas num caso da actualidade que é o roubo de azulejos do Mosteiro de Odivelas.
O edifício está devidamente classificado, já de lá saíram as meninas de Odivelas, já se começou a trabalhar nas coberturas (?) e no túmulo de D. Dinis, mas parece que há coisas de que ninguém se lembrou.
O mosteiro não tem qualquer segurança, humana ou de videovigilância. Não existe uma vedação na zona onde se encontram, à vista de todos, os painéis de azulejos que foram alvo de furto parcial.
Já começou o jogo das culpas, ora para a Defesa porque o edifício ainda não foi oficialmente entregue à autarquia, ora à autarquia que vai em breve ser o arrendatário do monumento, ora ainda ao Ministério da Cultura, que enquanto autoridade fiscalizadora do Património, não previu a possibilidade de roubo ou vandalismo.
O Estado anda a falhar demasiadas vezes, e espera-se que também neste caso o Presidente Marcelo exija celeridade, não só nas investigações, como nas medidas de segurança do Património.