Olá Viajantes!
Se preparem para muitas resenhas nessa volta do blog. E para começarmos com o pé direito nada mais justo do que trazer uma série que está conquistando meu coração pra valer.
Muito desse sentimento vem pela autora, os personagens e a história em si, mas eu devo dar o devido crédito para a Editora Morro Branco, que além de serem uns queridos também estão se superando com o cuidado de cada um desses volumes.
Faz um tempinho mas você pode ler as resenhas dos dois volumes anteriores:
Resenha: A Biblioteca invisível
Resenha: A Cidade das Máscaras
Quando sua missão é salvar o mundo, por onde começar?
A espiã bibliotecária Irene tem padrões profissionais a manter. Padrões que definitivamente não incluem fugas precipitadas de um prédio em chamas. Mas, quando a porta de entrada para seu centro de operações se recusa a abrir, é preciso improvisar.
Depois de fugir de uma França Revolucionária montada em um dragão, Irene descobre que não é a única enfrentando sérios problemas: em vários mundos, o mau funcionamento dos portais que levam à Biblioteca criou um verdadeiro caos.
Encarregados de uma missão que os levará ao Palácio de Inverno de São Petersburgo, Irene e Kai devem recuperar um livro que os ajudará a restaurar a ordem. Porém seu plano é posto à prova quando o poderoso Alberich reaparece disposto a destruir tudo o que é mais precioso para Irene, com uma proposta: “junte-se a mim ou morra”.
Mas o maior perigo pode estar espreitando em algum lugar próximo – alguém que Irene jamais pensaria que pudesse traí-la. Com tanta coisa em jogo, ela precisará de todos os recursos à sua disposição para manter-se viva. E, claro, salvar a Biblioteca da aniquilação absoluta.
É muito redundante eu sempre falar que o Livro vai ter ação, mas eu vou falar de novo: a cada volume, as cenas de ação são mais elaboradas, se tornando melhores e que prendem mais.
O primeiro ponto que eu me sinto na obrigação de falar é que é realmente uma saga que você vê mudanças e um amadurecimento gritante a cada livro. Talvez seja pela autora mudar o plano de fundo da história em cada um dos volumes, mais um ponto positivo. Londres, Veneza e dessa vez o background é em São Petesburgo. Eu gosto de ver a mudança de local e perceber que a essência dos personagens não muda, eles só se adaptam.
É CLARO que eu terei que falar da protagonista. Nós leitores sabemos o quanto é difícil gostar da protagonista e ter uma empatia durante a leitura, sabemos também que normalmente quem conquista nossos corações são os coadjuvantes. Em A Biblioteca Invisível, é impossível não gostar da protagonista, Irene. Uma mulher que assim como os livros, também amadurece e muda para melhor, uma personagem, forte, inteligente, segura de si, poderosa, incrível, que possui fraquezas como qualquer ser humano mas que tenta sempre o seu melhor e que procura sempre proteger os outros antes dela mesma. Lealdade sempre foi um tema muito falado nessa série e não é diferente em a Página em Chamas.
O livro nos traz um cenário de ameaça para a Biblioteca graças aos acontecimentos do volume anterior e nosso principal vilão é Alberich, que foi até um pouco esquecido no segundo livro, mas volta com todo o seu poder e persuasão. Sabemos e temos a confirmação nesse livro de que ele não precisa estar presente toda hora para que sua ameaça contra a Biblioteca esteja sempre ali pairando por tudo e todos. Ou seja, é um vilão bem construído e cheio de mistérios que englobam obviamente nossa querida protagonista (várias teorias).
Outro ponto é o desenvolvimento dos personagens: lembro que no livro anterior citei um ponto negativo de inserir secundários só era “encher a famosa linguiça”, mas o que eu não esperava é que vamos descobrindo aos poucos a importância de cada um e que existe um desenvolvimento magnífico em geral.
Além de um upgrade nos personagens, como é esperado das sagas, temos muitas informações novas sobre o universo que os livros se passam, os feéricos, os dragões, a ordem, o caos. Vemos até um pouco mais do interior da Biblioteca e como a hierarquia, a burocracia e até mesmo os cargos funcionam dentro dessa instituição. Tudo vai começando a se encaixar perfeitamente para uma melhor visualização do que podemos enfrentar junto com Irene nos próximos volumes.
Quanto aos nossos dois outros personagens de peso, eu só tenho um ponto negativo: Um Romance desnecessário, o início de um possível triângulo amoroso… ai não faz isso comigo Genevieve, creio que a maioria já shippa a Irene com um deles ou até mesmo sozinha. Apesar desse cenário, Vale e Kai também apresentam muito desenvolvimento e são peças fundamentais neste terceiro volume. Eu amo ver a relação dos três personagens “principais” como um time e como cada um ali se completa de uma forma diferente: o poderoso, o gênio e o herói, ou seja perfeitos.
É um livro repleto de intrigas políticas, sociais e pessoais. E como eu já disse: AÇÃO, muita ação, muito girl power, muito diálogo incrível, muito mistério. Se torna comum, pelo plano de Alberich, que os personagens sofram ameaças todo o tempo e você se depara com aquele sentimento de “meu deus pode não acabar muito bem para algum deles”, e é exatamente por essa sensação de desconforto com a segurança dos personagens que é um livro muito intenso e que prende o leitor do início ao fim.
Fora que mais uma vez, Genevieve apresenta para nós um final SEM DEFEITOS com um gancho perfeito para A Trama Perdida, próximo livro da série.
Concluindo: Foi um livro que superou seus anteriores e que me fez querer dar continuidade nessa série tão incrível. Volto a falar que Biblioteca Invisível é uma homenagem para nós, amantes de livros e uma espécie de refúgio literário que eu indicaria para todos que gostam de fantasia.
Por hoje é só, fiquem em casa, leiam livros e se cuidem!
Até o próximo post!
PS: Fica difícil fazer uma resenha de livros em série sem mencionar alguns spoilers dos volumes anteriores, então na próxima resenha é bem provável escapar alguns; de qualquer modo estará sinalizado, okay?
Páginas: 416 páginas
Ano: 2018
Autor: Genevieve Cogman
Gêneros: Fantasia, Young Adult
Editora: Morro Branco 
