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Você sabe quem é Krenak?

 Ailton Krenak é um ambientalista, filoso, e líder indígena, o 1° indígena a ter uma cadeira na Academia Brasileira de letras. 


Krenak foi eleito nessa quinta-feira dia 5, ele irá assumir a cadeira de número 5, ele é o sétimo a assumir a cadeira que já pertenceu à Rachel de Queiroz.

O primeiro indígena a ingressar na Academia Brasileira Letras, teve suas obras traduzidas para 13 países, mas Krenak não tem o hábito de escrever, isso mesmo a sua narrativa não é escrita. Ailton Krenak segue a tradição indígena da oralidade, o conhecimento é transmitido pela voz.
Segundo sua editora, todas as obras de Krenak, transcritas por meio de entrevistas, conversas e discursos feitos por ele.

“A linguagem dele é uma beleza e a academia está muito feliz de reconhecer, valorizar a cultura indígena da qual o Krenak é um representante importantíssimo. Então isso para a academia é a reafirmação da nossa vontade de termos a maior representatividade possível da cultura brasileira aqui dentro”, disse Merval Pereira.
Quem foi Ailton Krenak?
Ailton Alves Lacerda Krenak nascido em Itabirinha, Minas Gerais, na região do Vale do Rio Doce. Se mudou para o Paraná ainda adolescente, lá se tornou jornalista e produtor gráfico. Foi um jovem bem militante. Nos anos 1970, participou da criação das Uniões das Nações Indígenas, primeiro movimento de expressão nacional, que enfrentou a resistência da ditadura militar.

Krenak teve um papel decisivo na Assembleia Constituinte, e foi protagonista de um dos momentos mais emocionantes, ao subir na tribuna e defender o respeito às populações indígenas e o direito de terras indígenas.

Fundou um centro de estudos indígenas, é frequentemente convidado para palestrar dentro e fora do Brasil. Já recebeu o título de doutor honoris causa das universidades de Brasília e de Juíz de fora.

Krenak em busca da sua história e seu povo, foi até a Rússia e encontrou objetivo do povo Krenak levados em uma expedição, em 1912.

Foi forte para mim o impacto de chegar lá no museu e ver um baú de coisas levadas aqui do Brasil e que ficaram durante muito tempo sem trânsito entre o Brasil, sem a gente saber o que tinha lá. A coisa mais importante que a gente encontrou foram as anotações do viajante sobre a língua krenak que ainda pode ser útil para quem trabalha com a língua krenak nas aldeias, nas escolas”, contou no documentário Ailton Krenak e o Sonho da Pedra.
Recentemente, Ailton Krenak voltou a morar na aldeia Krenak, Minas Gerais. Ali as margens do Rio Doce, poluído pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, 2015, que foi gravada a entrevista para o programa Conversa com Bial:

Para mim, a água é uma entidade, não é um recurso. Quando ouço falar que a água é um recurso natural, falo: ainda não entenderam nada. Ele tem uma função maravilhosa que dispensa nosso senso de utilidade. Mesmo que a gente não use nada do corpo da água, ele está fazendo um serviço essencial para o planeta”
Defensor incansável do meio ambiente, crítico da sociedade de consumo, lota auditórios e feiras onde palestra, onde lançou algumas de suas maiores obras, como os livros "O amanhã não está à venda" e "Ideias para adiar o fim do mundo"

“É importante que esse pensamento dos indígenas possa estar presente no nosso pensamento plural. Pensar o país com diversidade cultural”, disse Krenak durante feito de livros em Santa Catarina em junho de 2023.
Em 2020, ganhou o prêmio Juca Pato intelectual, no ano concedido pela União Brasileira dos Escritores. Esse ano Krenak lançou o livro "Um rio um pássaro", que conta a sua jornada por terras indígenas nos anos de 1980 a 1990. Ele também está na internet entrevistando pensadores deitados em uma rede.

Repórter: Maria Victória
Redigido por: Larissa Dias 


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