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Mês do Orgulho LGBTQIAPN+

 Comemorado em junho, em diversos países do mundo, o mês do Orgulho LGBTQIA+ é marcado pela celebração do amor, em todas as suas representações, por movimentos políticos e pelas lutas por parte da comunidade LGBTQIA+.



A Revolta de Stonewall
  28 de junho de 1969 seria a data que ficaria posteriormente conhecida como A Revolta de Stonewall e o Dia do Orgulho LGBTQIA+.
No bar LGBT "Stonewall Inn", localizado no vilarejo de Greenwich, Nova York, um Grupo de frequentadores foi vítima de uma violenta abordagem policial, algo que já era recorrente. Cansados dessa situação, o grupo resistiu e resolveu enfrentar a violência e opressão policial, reagindo atirando objetos como pedras, tijolos e moedas nas autoridades. Eles chegaram a tentar virar viaturas e um dos manifestantes causou um princípio de incêndio.
Vale ressaltar que este não foi um movimento premeditado, o que aconteceu foi algo espontâneo, era um sentimento coletivo de reivindicar algo que os foi negado, era uma luta pela liberdade de mostrar que eles exigiam liberdade.
 
  Acredita-se que na noite seguinte, liderados pela ativista transexual e drag queen Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, outra mulher transexual e imigrante latina que trabalhava ao seu lado como prostituta, os protestantes formaram uma passeata até o Central Park, com placas, gritos e reivindicações de direitos básicos, a qual durou dias e lutou por apoio e visibilidade as causas LGBTQIA+.
E, em 1970 ocorreu a 1° Parada do Orgulho nos Estados Unidos, que foi um marco para as discussões dos direitos LGBTQIA+ no mundo.

Movimento LGBTQIA+ no Brasil
  Aqui no Brasil, o movimento ganhou força durante a ditadura militar. Mesmo que ela tivesse o objetivo de censurar, silenciar ou intimidar qualquer grupo de oposição, havia uma perseguição específica à comunidade LGBT, especialmente em São Paulo. Como as operações "Sapatão" e "Tarântula", lideradas pelo delegado José Wilson Richetti, que procuravam prender lésbicas e travestis, respectivamente.
  Uma consequência de toda essa perseguição foi o episódio que ficou conhecido como "Stonewall Brasileiro", em que 19 de agosto de 1983, membros do Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf), se revoltaram contra o dono do Ferros Bar, que não queria mais ali a distribuição de um periódico a favor da comunidade, e protestaram em frente ao estabelecimento, dando origem também à data em que hoje é celebrado o Dia do Orgulho Lésbico.
 
  Com o fim da ditadura militar, veio a pandemia da Aids, o que abalou ainda mais as estruturas dos membros da comunidade, fazendo com que o movimento LGBTQIA+ demorasse anos até se reerguer novamente de forma organizada.
Foi só em 1995, que a primeira marcha ocorreu, com poucas dezenas de pessoas andando pela Avenida Atlântica, em Copacabana, após o fim da 17ª conferência da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex (ILGA).
  Já a primeira Parada do Orgulho LGBT (na época "Orgulho Gay") foi apenas em 1997, na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Inspirado nas "marchas do orgulho" iniciadas por Marsha P. Johnson e Sylvia. O evento é hoje o maior em todo o mundo e reuniu em torno de duas mil pessoas naquele ano.


  A comemoração do Mês do Orgulho LGBTQIA+ aqui no Brasil ainda é muito recente, sendo comemorada somente a 26 anos, e com alguns resultados mais recentes ainda, como a criminalização da LGBTfobia aqui no Brasil que só foi inclusa no artigo 20 da lei 7.716 em 2019.
E mesmo assim, temos por alguns dados como os da pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) em janeiro de 2023, onde 52% das pessoas gays foram vítimas de violência, sendo 42,96% pessoas travestis e transexuais, ou os da pesquisa feita em 2022 pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil, que constou que a cada 32h uma pessoa era assassinada vítima de LGBTfobia, que há muito caminho para percorrer em busca da segurança de ser quem você é.
 
A Importância do Mês do Orgulho
Esse mês tem o objetivo de reforçar a importância de discutir as temáticas que envolvem gênero e sexualidade, bem como de promover uma maior equidade social e redução dos preconceitos direcionados a esse grupo.
É de grande importância para toda a comunidade, porque serve para reforçar que mesmo com as dificuldades, e ainda não tendo os mesmos direitos civis que outras pessoas, é possível e necessário sentir orgulho de quem é você, não só em junho, mas por todos os meses do ano.

É uma data marcada pela luta, pelas vitórias, pela história e pela autenticidade de ser quem se é.

Repórter: Leticia Vieira
Redigido por: Larissa Dias




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