Qual o maior problema de livros infanto-juvenis nacionais de fantasia? Isso mesmo caro leitor, imitar os padrões dos romances importados de mesmo gênero, numa perda total do sentimento nacionalista. Lavínia e a Àrvore dos Tempos caracteriza-se, principalmente, por articular de forma harmoniosa os elementos fantásticos propostos pelo autor com a realidade brasileira.
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A obra prende o leitor, tanto pelos mistérios que rodeiam o destino de Laus, quanto pela forte ligação que criamos com Lavínia desde o início, já que, embora o livro seja narrado em terceira pessoa, temos acesso aos seus pensamentos e emoções a todo momento. Ao contrário de diversos títulos do gênero, os pais da protagonista estão sempre presente, e tem papel fundamental na história. Já a mitologia criada introduzida pelo autor, é reforçada com alguns elementos e personagens da mitologia grega.
Lucinei M. Campos é especialista em História da Áfria e da Diáspora Africana no Brasil, e atualmente divide seu tempo entre as salas e aula e a escrita (atividade que exerce desde pequeno). Além de A Àrvore dos Tempos, e do segundo volume da série, Lavínia e a Magia
Proibida, é autor também de Violeta Não Sabe Amar, seu último lançamento.