Simon Fairfax, o fatalmente charmoso marquês de Lisburne, acaba de retornar relutantemente a Londres para cumprir uma obrigação familiar. Ainda assim, ele arranja tempo para seduzir Leonie Noirot, sócia da Maison Noirot. Só que, para a modista, o refinado ateliê vem sempre em primeiro lugar, e ela está mais preocupada com a missão de transformar a deselegante prima do marquês em um lindo cisne do que com assuntos românticos.
Simon, porém, está tão obcecado em conquistá-la que não é capaz de apreciar a inteligência da moça, que tem um talento incrível para inventar curvas – e lucros. Ela resolve então ensinar-lhe uma lição propondo uma aposta que vai mudar a atitude dele de uma vez por todas. Ou será que a maior mudança da temporada acabará acontecendo dentro de Leonie?
Volúpia de veludo, terceiro livro da série As Modistas, é uma história de amor envolvente, com personagens femininas fortes e determinadas que transitam com perfeição entre o romantismo e a sensualidade.
Leitura de Julho/2017 | 4⭐
Para quem acompanha a série já foi apresentado as três irmãs que vieram da França depois de perderem tudo e ao chegarem à Inglaterra criaram juntas um ateliê chamado Maison Noirot que é um sucesso devido ao talento de cada uma delas. Neste livro você conhece a história da terceira irmã, a mais nova das três. Por causa do casamento recente de Sophy e da gravidez de Marcelline, Leonie faz de tudo para administrar os negócios sozinha. Não quer incomodar as irmãs que precisam desta pausa na carreira e com o intuito de conseguir mais clientes, vai até uma exposição de arte. É lá que acaba esbarrando, literalmente, com Simon.
Simon Fairfax é marquês de Lisburne e o único herdeiro do título. Primo de um visconde que vai dar o que falar na trama pelas poesias que recita, ele fica fascinado por Leonie e se oferece para ajudá-la nesta busca por uma clientela preferencial. Onde o primo dele vai, uma multidão de admiradores o segue e é deste modo que Leonie vai poder exibir suas criações.
Seria muito mais sensato dedicar-se a um jogo que prometia ser desafiador: seduzir uma ruiva fascinante.
Leonie é uma mulher experiente nos negócios e sabe de uma coisa ou outra sobre os homens por meio das irmãs. Fica atraída imediatamente por Simon, mas tem certeza que ficar na companhia deste homem vai distraí-la dos seus objetivos. Até que entre os diálogos incríveis entre os dois surge uma aposta. Se Leonie conseguir projetar o guarda roupa da prima dele, Gladys, para que ela seja bem sucedida na sociedade, uma tarefa que ele considera impossível, ela ganha o tão desejado quadro valioso que estava exposto na galeria onde eles se conheceram. Como Simon deseja conquistá-la e ela sempre vive ocupada com o trabalho, o que ele ganha se ela perder a aposta é a sua atenção.
Neste meio tempo é que eles acabam se conhecendo melhor e o romance acontece. O romance na verdade não foi a minha parte favorita neste enredo, o apaixonado é Simon que assume para si mesmo seus sentimentos e vai atrás da sua conquista. Leonie é mais prática e pensa que se envolver amorosamente vai fazer com que os negócios sejam deixados de lado. Ela ama demais o seu trabalho e não admite que isto aconteça. O que eu achei mais interessante nesta história além da interação de Leonie com a família foi a transformação que ela fez em Gladys.
Gladys também é prima da Clara que já foi apresentada nos livros anteriores como a melhor cliente da Maison, foi uma personagem destaque em Escândalos de Cetim e terá seu romance narrado no último livro da série. Ao contrário de Clara, Gladys tem a reputação de ser mal educada e com um gosto horrível para se vestir, no entanto, Leonie consegue dobrá-la de maneira firme e inteligente e a mudança desta mulher é tão impressionante que se torna a chave para o sucesso da loja.
O modo como Leonie é organizada e detalhista com os números gera até uma cena digna de palmas. Simon resolve dar um rumo para o relacionamento deles da maneira mais inteligente possível e eu fiquei encantada com isto. A solução encontrada por ele também para fazer a Maison Noirot prosperar foi sensacional! Loretta Chase tem uma escrita cativante e o rumo que ela dá para a trama é sempre tão inesperado e genial que para mim é impossível parar de ler. A obra é narrada em terceira pessoa, mas com a perspectiva do casal e no geral ela é tão maravilhosa que mesmo com algumas ressalvas vale muito a pena a leitura.
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