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O Filme Achado de Hoje: VHS 85 - O novo VHS é Medonho

Beleza eu não estava preparado pra esse filme. O novo VHS, "V/H/S 85" é bem sangrento, repleto de gore e muito realista, apesar de cometer um monte de erros grotescos, meio que nada disso diminui o impacto visual que ele causa.

Além disso, ele tem excelentes ideias, muito bem executadas e que só incrementam o terror e horror absoluto que ele traz. 


Filme da Shudder, recém lançado, bom pra um caramba mas não é infalível, e é disso que irei falar a seguir.

Tem spoiler, mas vou me conter. Contudo, se não quiser spoilers, só saiba que o filme é bom por causa dos efeitos práticos e das matanças desenfreadas... algo que eu nem curto muito, mas achei bem realista.

Boa leitura.

O filme é parte da franquia VHS, e eu confesso que estava ansioso pra assisti-lo. Apesar de nem sempre acertarem, a experiência ao ver antologias gravadas em VHS é sempre bem interessante e, pra quem ama found footage e antologias igualmente, é um prato cheio mesmo quando é ruim.


VHS 1 é meu filme favorito da franquia, mas perdi a vontade de assistir com S-VHS (o VHS 2, que nem mesmo falei de tanto desgosto), então veio "VHS - Viral" que renovou minha esperança na franquia mas também ficou naquele meio termo de ser bom ou não, e daí vieram VHS 94, VHS 99 e agora o VHS 85, filmes que eu nem sabia que sairiam Pois são todos da Shudder (que aqui no Brasil num tem).

Mas beleza, fui assistindo e essa nova ideia deles ambientarem cada estilo em uma época diferente foi um gás extra pro gênero, unindo suas histórias em uma qualidade equivalente, ou pelo menos era assim que pensavam que seria. Erraram a mão em algumas histórias, mas mantiveram a qualidade até que em 85, acertaram praticamente em tudo.


O filme conta com 5 histórias, cada uma mais surpreendente e visceral que a anterior, mas o choque está no jeito como tudo é contado. Além das falhas da imagem e áudio, algo já esperado pois é uma das qualidades/defeitos que mais influencia no realismo, cada história tem uma abordagem com timing perfeito de seu próprio tema.

E o melhor, é que quando achamos que o terror já foi mostrado e ficamos boquiabertos e impressionados, o filme volta e traz mais coisa bizarra pra assistirmos.


Talvez isso seja um exagero, que ao meu ver foi prejudicial em um ou outro conto, mas em todas as situações mesmo causando incômodo por ser meio "exagerado de mais", tudo ainda deu medo, um medo realista e contínuo, que nos faz cogitar o que rolaria a seguir. 

Em termos de edição sonora, o filme tomou uma senhora liberdade, inclusive mesclando (perfeitamente bem) a ideia dos anos 80 com a música escolhida em cada história, e soube incluí-la no tempo certo. Inclusive, teve um dos contos que estava me irritando pela trilha, até que do nada ele me fez ama-lo de tão genial que foi.


Isso pois ele adicionou a música distorcida e visivelmente editada, como uma parte criativa da narrativa, mas de um jeito imprevisível. Acho que foi uma das melhores histórias que já vi em um filme de terror, no estilo found footage, e que ainda usa Viagem no Tempo como base.

Loucura eu sei, mas bora por partes, falando dos erros e acertos (tentando não dar muitos spoilers) de cada um dos curtas mostrados neste belo longa.



No Wake / Ambrosia


O curta que tem dois nomes é também divido em duas partes, e tem uma série de reviravoltas bem imprevisíveis mas igualmente chocantes.


Difícil falar dele, pois qualquer coisinha que eu diga será um grande spoiler, mas vamos evitar detalhes e falar só por alto, pois este é dos bons.


Ele mostra um grupo de pessoas viajando pra um lago pra nadarem, sem dar pistas de que tipo de terror será. Considerando o histórico de VHS, a gente aguarda por aquilo mais paranormal, até que os barulhos começam.


E este meus amigos é o terror. O Som de algo estourando ao longe e então bum, groselha pra todo lado.


Vem do nada, é medonho, e o pessoal gritando só nos faz pensar "gente que horror". É muito realista, imprevisível, e frio. No meio de um momento de pura vulnerabilidade e entretenimento, a vida daqueles jovens vira completamente do avesso.


Mas a história não acaba aí, pois independente de como todo mundo fica depois, ainda há mais história, com sobrenatural rolando.


É que a água do lago era meio que especial, e dá um efeito curioso pras pessoas que se banham nela. 


Assim, os "sobreviventes" do ocorrido decidem se vingar, caçando a pessoa ou pessoas que fizeram a calamidade com o grupo, e voltando só algumas histórias depois.


Na segunda parte, que é bem curta, um grupo de pessoas ricas comemoram o grande feito. Mas então a polícia chega e começa uma matança sem igual, com essa mesma família se revelando totalmente insana e dedicada a matar, ou morrer tentando.


Para a principal, quem realizou o grande feito, morrer seria uma honra, seria como deixar uma mensagem... mas infelizmente pra ela, alguams cenas antes ela foi "banhada" com a água do lago, e a mesma maldição que caiu sobre os "sobreviventes", caiu sobre ela.


Eu sei, bem vago, bem vago, mas acredite, é muito melhor assim pois a surpresa de tudo que virá só favorece ainda mais a história. 



God of Death


Este curta é impactante também, mas é um dos que erra na rodada final. Um erro bobo, desnecessário, gratuito, que não mata a história nem todo o terror que ela causou, mas certamente a reduz.


É a história de um terremoto, que atinge um estúdio no México durante um jornal ao vivo, e as pessoas começam a gritar, sofrer e morrer diante as câmeras.


Tudo vem assim do nada, e é tudo bem gráfico e repito, realista.


Mas não acaba aí, pois um grupo de resgate aparece pra tentar salvar os sobreviventes, achando só o cameraman ainda de pé, e começa a fuga para fora do prédio em ruínas, antes dele desabar.


Enquanto fogem, rolam aquelas desgraças costumeiras de filme de terror, com barulho de gente morrendo e gritando ao fundo, e também aquele mistério sobre o que realmente estava rolando no mundo.


Lembra muito "Cloverfield" nessa parte, pois eu fiquei me contorcendo na cadeira pra tentar ver um pouco mais do lado de fora do prédio. No fim, a história desvia pro subsolo ao invés de mostrar a parte de fora.


E lá, tudo muda drasticamente de gênero. De um filme de Catástrofe, vira algo relacionado a Rituais de Divindades Antigas. Um deus antigo aparece e começa a matar quem sobrou.


Pois eles invadiram um santuário dele ou algo assim.

E no fim, uma mulher tira a roupa (nem roupas íntimas ela usava de tão ligeira que se despe) e pronto, nudez garantida, filme termina com tudo desmoronando e ela dando um coração pra entidade.


Depois disso ainda mostram que, apesar do caso, só foi o prédio que desmoronou mesmo, por causa de um terremoto bem forte... 


Eu sei, o curta não parece tudo aquilo, mas acredite, as partes caóticas realmente entregam terror.


Ele erra por causa da nudez repentina e totalmente gratuita. Além disso ele peca feio ao mudar pra uma entidade divina, o que reduz todo aquele peso realista pra algo mais surreal, o que prejudica a trama.

Mas em termos de edição, maquiagem, sequências, tudo foi bem feito, e pra quem não se importa com contextos, esse conto é bem legal.


TKNOGD


"Tecno God" é um curta absurdo que só se salva pelo ótimo efeito prático que usa. No geral, ele não combina com o tema dessa coletânea (1985, devia ser algo mais de época), e é ridículo de tão chato.


Porém, a cena de morte dele é terrivelmente assustadora, mesmo que exija toda nossa suspensão de descrença pra acreditar em uma gota do que é mostrado.


Basicamente uma mulher palestrante diz que nossas crenças estão morrendo por causa da Tecnologia. Ela tem como tese o fato da imersão tecnológica, nos distanciar de nossa fé, e matar o que quer que acreditemos. 


Ela diz várias e várias vezes que nossos deuses estão mortos (não importa no que você acredite), e no fim diz que só existe 1 deus agora, o "Deus da Tecnologia", e pra desafia-lo ela usa uma tecnologia de ponta (que nunca existiu em 85, e nem existe nos tempos de hoje de tão avançada), em que ela literalmente faz um streaming, de um Óculos de Realidade Virtual, com Luvas de Sensibilidade Virtual, para provocar o "Deus da Tecnologia".


E ela o provoca andando em uma simulação de uma cidade digital, enquanto vocaliza com uma música distorcida digitalmente, e faz praticamente um "ASMR" vergonhoso, até que do nada, a entidade aparece na telona.


Enquanto uma plateia assiste tudo, a mulher sem poder tirar os equipamentos, é massacrada pela criatura virtual, desmembrada ao vivo, até cair dura no chão.


E os espectadores aplaudem, achando que é tudo parte da experiência virtual (um deles até pergunta se ela ta bem), mostrando que o rosto dela foi desfigurado pela máquina.


Como eu disse, o curta se salva pelos efeitos práticos que são bem convincentes. De resto, vergonha pura.


Dreamkill


E este é o que me fez odiar e depois amar. Ele é um filme ao estilo "A Entidade" com uma trilha sonora muito macabra, e uma câmera em primeira pessoa tão distorcida e editada, que evidencia que é tudo fabricado.


Porém, o negócio ganha força quando nos é revelado que tudo que assistimos nessas edições bizarras, são filmagens de crimes do futuro, investigados por um detetive que os recebe em VHS pelo correio, mas sempre chega tarde de mais descrente com o que vê.


Partes do found footage mostram ele em câmeras de segurança ou em seu próprio filme de registro, onde ele e um assistente filmam os cadáveres descobertos pós crime, impressionados por saberem que isso ocorreria do jeitinho como acharam, só que semanas antes.


Continuando a investigar, tentando descobrir de onde as fitas vem pra tentar capturar o assassino, o detetive e o cameraman descobrem que quem entrega as fitas, é o filho do cameraman!


E pior, o garoto (gótico que só) é um tipo de vidente, que magicamente sonha com os crimes e os grava telepaticamente em uma câmera de seu pai.


Bizarro? Mas isso é tão inédito que, constrói o palco perfeito pro final, onde tudo vira uma lambança com o verdadeiro criminoso se revelando, e atacando o jovem vidente.


O doido é que a gente vê a filmagem de um pesadelo que ele teve e se auto registrou na câmera da delegacia, juntamente com as câmeras da própria delegacia mostrando toda a bagunça, e é tão legal como as edições diferem.


O sonho do rapaz edita tudo de forma bizarra, mas quase profissionalmente, mudando de ângulo, adicionando música, dando destaque e desfoque para efeito de drama. Enquanto as câmeras de segurança são secas, gravam o áudio puro e bruto, o que mescla as duas realidades e apenas é muito legal de assistir.


Claro que apesar do enredo bem maluco, tudo é enriquecido pela brutalidade e as cenas de gore pesado, algo que acho que era comum em 1985.



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