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CríticaMorte: Homem Formiga e Vespa - Quantumania - Esquecível

Decidi assistir, e assim como foi com os demais filmes do herói inseto, não achei nada de mais.

Parece que todas as histórias do Homem-Formiga são bobas e genéricas, com consequências maiores do que deveriam, e Tudo sempre ocasionado por causa de algo que ele próprio começou. Além disso, as resoluções são totalmente idiotas, e a aventura em si nem Mesmo existiria se o vilão pensasse ao menos um pouco, o que dá aquela sensação de indiferença com a trama.


Bem, nem mesmo posso dizer que me diverti pois, achei o humor dele bem fraco, as poucas piadas que tiveram foram bestas de mais até pra mim, mas, é um filme B que serve só de gancho, pra algo maior que a Marvel parece ter planejado (mas do jeito que as coisas tão indo, parece que tá tudo improvisado mesmo), exatamente como foram os outros filmes dele.

Curiosamente, há algumas poucas coisas boas que deu pra aproveitar, e por conta delas, não chamo este de um filme "ruim". Ele é meio que esquecível, mas não ruim.

Falarei mais a respeito a seguir, e tem spoilers.

Boa leitura.

Homem Formiga 3, ou "Quantumania" é um filme de heróis, com o retorno do salvador do universo que na verdade só teve ajuda do Mickey mesmo (quem não se lembra do ratinho que ligou o aparelho pra trazê-lo de volta? Pois é, era o Mickey, sempre foi ele!).


Além dele temos a namorada (que fica meio vago se é mesmo namorada, pois eles tem um relacionamento meio distante e amistoso de mais, nem beijo tem) como Vespa (tendo os mesmos poderes, mas voando), e a filha dele, estreando como "Mulher-Formiga".


Isso vai de encontro pra ideia principal dos novos filmes Marvel em renovar o elenco com os filhos e crianças dos heróis, criando uma nova geração de Vingadores (como se alguém estivesse pedindo por isso), e é só mais um jovem rosto no papel de um herói já conhecido.

Contudo, a passada de bastão é bem interessante, e ao invés do pai ensinar a filha os caminhos do heroísmo, é o contrário que acontece. Isso pois, tecnicamente, o Homem-Formiga nunca foi um "herói".


Sim ele lutou do lado dos mocinhos, sim ele trouxe geral de volta graças ao uso da tecnologia Pinn, e sim, ele meio que salvou o universo inteiro... mas ele fez isso pelos próprios interesses, sempre foi só por ele, e não pelo universo.

Ele sempre foi meio egoísta, apesar de ser divertido e tal, ele não é bem o arquétipo de herói. E dessa forma, sua filha que segue seus passos, acaba sendo mais preocupada com o mundo do que ele, e familiarizada com as responsabilidades do traje que veste, do que ele jamais foi.


E é bom ver isso, assistindo alguém dando lição de moral no cara que só lucrou com vendas de suas experiências, e pouco fez pra continuar merecendo o título que recebeu. Se pararmos pra observar, o mesmo ocorreu com todos os demais heróis que compuseram o time salvador.

Tirando os Guardiões da Galáxia, quem do elenco tá fazendo algo pelo mundo agora? Não se ouve falar mais de nenhum herói, nem qualquer grande feito recente. Tudo é só o Blip, o Thanos, o quanto ele arruinou o universo e fim. Geral desapareceu! Parece até que os roteiristas estão escondendo suas realizações propositalmente, para apresentar cada um de forma individual e tentar surpreender.


Chato disso que assim ignoram um elemento muito importante dessa ideia de "crossovers" que tanto querem repetir: Não deixam espaço para algo novo ser introduzido.

O que quero dizer com isso, bem, imagine que o universo inteiro já tá todo ferrado e tem herói fazendo coisas a torto e a direita, mas ninguém comenta a respeito. Ninguém cita sua façanhas, nem mesmo menciona que algo grande aconteceu. A impressão que temos é que nada está acontecendo, só isso.


Mas ai vem cada filme e mostra um novo evento cataclísmico que, pouco influencia no resto do mundo, mas que para aquele herói é significativamente ameaçador, e é algo que gera calamidades, destruição, e vai empurrando a jornada adiante até algum novo filme de times.

Nem sei porque to falando de tudo isso afinal, o filme do Homem-Formiga nem se passa nesse mundo. Rapidamente tiram ele do universo, inclusive do multiverso, pra dar uma aventura individual que não afeta mais ninguém, além dele e sua família de formigas.


O começo tem uma introdução mostrando um pouquinho da vida no mundo real, até que rapidamente nos joga num cenário de CGI em que todo o resto se passará. 

Nele, os heróis precisam só descobrir como sair do mundo Quântico (mais uma vez) e acabam se deparando com uma verdade escondida bem de baixo do nariz de todo mundo.


A moça que foi salva no segundo filme, tinha segredos. E não to falando da mulher fantasma lá, ela simplesmente foi ignorada mesmo (nem mencionam, afinal que destino ela teve?), mas sim a mãe da Hope, a moça que viveu 40 anos no mundo Quântico.

O que nos é revelado agora é que, existe uma sociedade lá, existem seres pensantes, inclusive humanoides (se pá até humanos mesmo), e por longos 40 anos ela conviveu com eles, sendo resgatada sozinha, sem jamais nem menciona-los...


É meio inacreditável (e falo disso em um filme onde a física não existe) que uma mãe de família, recém trazida de um mundo isolado de todo o universo, escondeu detalhes como o fato de ter amigos nesse outro mundo, de ter vivido uma longa vida ali, e de ter responsabilidades por lá!

Mais inacreditável ainda é pensar que o marido dela nunca nem a questionou sobre isso, apenas aceitou que ela viveu sozinha lá e nunca pensou em indagar a respeito, mesmo ele tendo teorias e tudo mais.


Pior ainda é pensar que a filha do Homem-Formiga inventou um traje encolhedor pra si mesma, se auto intitula heroína, e mesmo estudando o Quantunverso nunca nem percebeu que haviam seres vivendo em sociedade por lá!

Claro, o filme nos obriga a aceitar que tudo o que vemos é a primeira vez de todos. Primeira vez que conversam a respeito, primeira vez que olham o mundo minúsculo, primeira vez que acionam as tecnologias, primeira vez que citam o passado um do outro, tipo.. é como se o tempo tivesse parado entre um filme e outro, e tudo retomasse daquele exato ponto.


Mas não foi isso que aconteceu. Muitos personagens sumiram (poxa, eu curtia o contador de histórias), todos seguiram suas vidas e ninguém mais nem conversa. Feio isso...

Mais feio é forçar o retorno de personagens que não tinham como sobreviver, só para fazer referência a algum vilão icônico dos quadrinhos, mesmo sem nem dar a real reverência a ele, nem torna-lo memorável.


E falo do cara de cabeça grande, MUDOK. Eu vi o personagem em Marvel vs Capcom e sempre achei curioso como algo assim poderia existir, e aí pegaram e transformaram um vilão antigo do Homem Formiga nele... reciclando assim elenco, e poupando trabalho com a introdução dele.


Mas igualmente descartam tal personagem, botando ele em arcos paralelos sem graça, e esticando suas participações além do que precisavam, só pra fazer piada com sua morte (sim, o filme baixa a esse nível).


O vilão principal então, como que isso pode ser considerado inteligente? Pra mim a ideia dele caiu por terra no instante em que nada mais fez sentido, e seus planos foram totalmente esdrúxulos e inconcebíveis. 

Ele e a mãe da Vespa trabalharam juntos num núcleo pra sua máquina multiversal, mas ai ela descobriu que ele era um aniquilador de universos, banido pelos iguais, e decidiu sabotar seu equipamento.


Daí ele criou uma sociedade inteira baseada em tecnologia, mas nunca conseguiu construir um núcleo novo? Era só fazer um novo! Ele em sua soberana sabedoria não conseguia construir um simples núcleo, mas ele conseguiu aumentar sua máquina, replicar toda sua tecnologia, e literalmente dominar o Quantunverso inteiro...


Tudo pra no fim morrer, só por não ter esperado? Pois tecnicamente, ele teria vencido se tivesse deixado o Homem-Formiga passar pelo portal e voltar pra casa. Gente, o núcleo que ele tanto queria tava ali de mão beijada, sem nenhuma medida de contingencia por parte dos heróis. Ninguém nem sabia que ele tava vivo, era só ter esperado, deixado eles partirem, e pegado a porcaria do núcleo.


Mas o roteiro ignora que o personagem pensa, e apenas enfia ele numa luta sem sentido.

Por mais que o longa tenha algo pra contar, é tudo tão cheio de buracos que fica esquisito assistir. 


É tudo ilógico, como o Homem Formiga criando clones de possibilidades, mas seu rádio comunicador jamais sendo replicado, ou o surgimento de uma versão sua completamente impossível ali, tudo pra uma piada sem graça, que desencadeia uma referência muito vaga ao inseto que dá nome ao herói.

Pois, todos sabem que formigas são capazes de se aglomerarem pra criar pontes e afins, para atingirem um objetivo em comum. E o grande foco da cena é fazer tal referência, com o Homem Formiga vestindo a camisa e trabalhando com suas versões possíveis, para assim atingir o objetivo.


Mas o objetivo é ridículo! Ele quer chegar no núcleo pra reduzi-lo... mas ele próprio não estava dentro do núcleo? Reduzir algo com ele dentro não o esmagaria? Tão confuso, tão idiota, tão vago, e eu fiquei o tempo todo me questionando sobre o que raios tudo aquilo queria contar.


São voltas e mais voltas só pra falar que, o herói conheceu Kang, talvez o maior vilão que o multiverso já conheceu, e que mesmo tendo derrotado ele, ainda há infinitas versões e todas estão se preparando para agir.


Pois sim, o filme todo é só uma baita enrolação pra nos mostrar a cena pós crédito, onde o vilão tem todas suas versões alternativas reunidas para atacarem o multiverso.


Da mesma forma que serve pra mostrar que Loki ta caçando o Kang também, encontrando ele no passado em suas viagens pelo tempo junto à TVA, tudo talvez um gancho pra segunda temporada de sua série.


É só mais uma história do Homem-Formiga... tão minúsculo e insignificante, que só serve de gancho pra algo maior.

É isso.

Pior que eu gostei... mas provavelmente esquecerei... por isso prefiro escrever (meu diário aqui).


E ps.: Os efeitos especiais nem são ruins. Não são nada de mais, nada espetacular, mas estão longe de serem ruins. Acho que estou ficando acostumado.

See yah!



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