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SérieMorte: Love, Death & Robots (2° Temporada)

O que tinha uma premissa significativamente interessante, foi parcialmente defasado por ideias apressadas e muito mal elaboradas, em uma série que em sua primeira Temporada havia estabelecido um padrão, que parece ter sido esquecido nessa segunda leva de episódios.

Amor, Morte, Robôs e Monstros


Eu não cheguei a fazer nenhum texto sobre a primeira temporada pois na época, me reservava a relatar a experiência com filmes found footages ou jogos, raramente séries ou filmes diferentes. Porém, como já chutei o balde da comodidade e optei por falar de tudo que vejo (achando bom ou ruim), eis que me pego na responsabilidade de compartilhar o que achei de "Amor, Morte e Robôs - Volume 2".

Boa leitura.

Só pra constar, eu gostei muito da primeira temporada, e até cabe um artigo individual sobre ela posteriormente (preciso rever, pra reforçar minha memória), porém como acabei de concluir uma rápida maratona da temporada atual, acredito que seja mais honesto e prático falar dela primeiro.

Eis que... ela é boa, mas não curti.

Não me leve a mal, as animações individuais e de autoria compartilhada, as quais servem pra ilustrar diferentes histórias num padrão antológico, não são ruins, muito pelo contrário, em questão de designe, música, dublagem, enfim, arte em geral, a série cumpriu bem seu papel e, manteve o padrão impecável do original.

O pecado surge nas antologias em si, e como elas simplesmente não se encaixam nos "pré-requisitos" do que se espera.


Explicando: "Amor, Morte e Robôs" vende-se como um compilado de curtas (com no máximo 15 minutos) feitos puramente de animação, em múltiplos estilos diferentes (3D, desenho, stopmotion, tanto faz). Mas além disso, cada pequeno episódio conta uma história própria, num universo próprio, com direito a reviravolta, e conclusão, seguindo o estilo Antológico mesmo. 

Além disso tudo, o que une todas as histórias em um senso comum, é o fato delas seguirem como regra aquilo que dá nome ao conjunto "Amor, Morte e Robôs". Logo, todo episódio tem de apresentar ao menos um desses elementos, e isso inclusive gera no espectador uma curiosidade impar sobre qual ou quais dos temas o episódio irá tratar.


Certo, esse era o modelo que a série seguia em sua primeira versão, porém isso parece ter sido esquecido ou simplesmente abandonado agora.

Sim, alguns episódios trazem algo que remete ao amor, ou a robôs, ou a morte... no entanto nem todos o fazem, migrando pra fontes de criatividade que mais lembram "Monstros" do que qualquer outra coisa.

Aliás, eu mesmo acabei pensando "Ué, é Amor, Morte e Monstros agora?" pois, além de recentemente ter visto um filme com título parecido, achei estranho o fato de coisas como "robôs" (tecnologia em geral) sumirem em algumas histórias, que também não apresentavam os demais elementos (no máximo, insinuam "morte"). 


Aliás, coisas controversas como os elementos de "amor" (que originalmente apelavam pra questão gráfica mesmo, tornando o projeto forçadamente para adultos), também raramente dão as caras, e se dão são de forma censurada ou apenas referenciada.


Aliás, até as mortes que ocorrem acabam por ser "amenizadas", tirando um episódio ou outro, que optam por focar mais no efeito psicológico da morte, do que nela em si, todos os episódios que tentam usar esse tema como base, terminam ironicamente sem qualquer baixa.


Mesmo assim, mesmo com essas discrepâncias do conceito original, o que me fez desgostar da obra como um todo não foi nada disso, mas sim o formato das histórias.

Sabe, eu adoro o estilo antologia, tendo me apegado a esse formado sem perceber. Gosto da ideia de histórias individuais, não importa o tema que abordem, pois é gostoso acompanhar uma narrativa que conclui-se por si só, sem depender de todo uma franquia interminável de reviravoltas e enrolações.

No caso dessa temporada, quase nenhum episódio tem conclusão. 


Todos terminam, claro, todos contam histórias próprias, sim... porém nenhum deles traz resoluções que encerram a trama.

É meio estranho, mas pra que entenda exatamente o que senti, basta pensar no seguinte: Todos os episódios soam como primeiro episódio de alguma série.

Eles apresentam uma ideia, trabalham em cima dela, e acabam, de forma totalmente aberta, dando espaço pra uma continuação que jamais chegará (a menos que a ideia da nova temporada seja criar um monte de episódios piloto de séries vindouras na Netflix).

Isso não é algo ruim, lembro-me que na primeira temporada tinham episódios assim também. No entanto, normalmente a história que é contada naquele episódio tinha o mínimo de cuidado de se encerrar, sem deixar pontas soltas, pelo menos não que comprometessem os contos ali apresentados.

Já aqui, todo episódio tem isso como padrão, iniciando uma jornada de herói que jamais se completa.


Sem dar spoilers, afinal vai que você decide assistir, devo admitir que os episódios são interessantes, e alguns são... fora da ideia.

Como são apenas 8 nessa leva, vou nomeá-los e dizer do que fala cada um:

Atendimento Automático ao Cliente


Este se foca em robôs, e apesar de ser interessante, não se conclui.

Gelo


Focado em talvez... amor fraternal?! Com partes robóticas (afinal alguns personagens são "cyborgs"), ele nem ao menos conta uma história direito. Ele apenas apresenta um breve evento e fica aberto pra que o espectador imagine o restante.

Esquadrão de Extermínio


Focado em Morte, Robô e Amor, principalmente Amor. É o único que vale a pena de mais conferir, pois levanta uma questão impagável sobre o amor. Também é o único que de fato se concluí seguindo o tema. (A parte robô está na tecnologia de rejuvenescimento, se vir, entenderá)

Snow no Deserto


Tem Amor, tem Morte (de coadjuvantes), e até se concluí, e é bom...

A Grama Alta


Não tem qualquer elemento anterior. Flerta com ideias, mas não estabelece nenhuma delas. Soa mais como um conto de Além da Imaginação baseado na obra do Stephen King (Campo do Medo) do que uma história sobre algo relacionado a Amor, Robôs ou Morte. Aliás usa "Monstros" como tema.

Pela Casa


Outro conto que simplesmente não carrega nenhum dos elementos. Ele até finge que irá usar algum deles, mas não consegue, e ainda por cima usa "Monstros" como tema. Até da pra forçar a barra e dizer que amor é o que o "papai noel" faz, mas não.

Gaiola de Sobrevivência


Esse tem Robôs e Morte, e é um conto claustrofóbico interessante. 

O Gigante Afogado


Tem "morte" como base, e um pouco de "amor", mas é tão superficial que nem percebe-se (mais relacionado ao amor pela arte e tal). O fator morte está na descrição de um corpo morto, e é isso. Parece até um legista fazendo poesia sobre putrefação, ao mesmo tempo que filosofa sobre a humanidade. Um episódio interessante, apesar de nada dinâmico.

E bem, é isso.

Eu acabei não curtindo, apesar de ter "Esquadrão do Extermínio" como meu favorito da lista... acontece que até mesmo ele fica "em aberto", pois nos faz pensar mais naquele universo tão incrível, e nas possibilidades.

O erro dessa nova temporada está nesse gostinho de quero mais. Normalmente isso é ótimo é claro, mas ciente de que nenhum desses episódios ou "universos" retornará um dia, nota o tamanho da decepção?!

Assista e tire suas próprias conclusões. E sim, tô revoltado pois não tem mais pra assistir... confuso não?!



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