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AnáliseMorte: At Home Alone

Um jogo simples, gratuito na Steam, mas que me fez quebrar a cabeça, ter medo, e até ficar bem intrigado.

At Home Alone


Vou falar tudo o que puder. Por isso, aviso: Spoilers.

Boa leitura.

Esse jogo eu conheci graças a uma amiga, que acabou citando alguns eventos e me fez ficar todo curioso. Ele tem um visual muito semelhante ao de Undertale, e o maior atrativo com certeza é o fato de ser de graça né.

Mas, ele também consegue aproveitar sua simplicidade visual pra passar uma sensação gostosa, junto com uma trilha sonora serena e bonita, que aos poucos vai dando lugar a um tipo de terror psicológico bem perturbador.

Como eu disse, bem estilo Undertale, mas ele é muito mais curto, e tem uma jogabilidade bem simplificada.

Ele funciona da seguinte forma:

Você pode andar nas 4 direções, e pode interagir com as coisas. Só isso. 


Conforme explora, você encontra coisas escondidas no meio de tudo, e claro, certos eventos podem gerar novas descobertas.

Basicamente, você vive numa tarde que sua mãe sai e ai, comete erros. Mas ao término dos erros, você vê algo perturbador e, simplesmente tudo recomeça em uma nova tarde aparentemente idêntica.

Entretanto, novas opções surgem em seus diálogos e interações, e com isso, novos eventos são destravados.

Seu objetivo é simplesmente escolher o que surgir de novo, rever tudo o que você já viu em busca de mudanças, e claro, chegar até o final e encontrar as respostas.

Mas as coisas ficam complicadas quando, seguindo essa regra, você só encontra dúvidas estranhas, sendo forçado a explorar fora do jogo. Tanto que, o próprio jogo fecha quando termina na terceira tarde.

Primeiro, vamos falar o que ocorre normalmente, sem precisar fazer nada fora dele:

No início, a mãe da mocinha sem nome, mas que chamemos de Rosinha (pois o cabelo é rosa), se despede dela dizendo "To vazando, te comporta que logo volto! Num ouse sair viu, e toma um cascudo pra deixar de ser besta". Claro, ela faz isso com carinho ta.


Ai a mocinha simplesmente vai direto pro quarto, onde já começa a badernar. Ela pula na cama feito maluca (é fofo), e depois de cansar, corre pela casa toda mas, sempre respeitando os cômodos que a mãe não deixa entrar, tipo os banheiros, ou o quarto dela.


Então ela vai ligar a TV, num tem nada, então ela começa a falar com as plantas, e com o Corvo de Estimação que tem na mesa dela, sabe-se la por quê.


O corvo é inclusive o save, a gravação do jogo, enfim...


Ela escuta a campainha, e decide ir atender. Nessa parte, 3 quilômetros de distância da porta, ela vê um garoto Ruivo. Daí Rosinha desobedece a mãe e corre na direção dele, e diz "Ei, to sozinha em casa, e tá um tédio, vem, entra!"


Legal que o garoto ruivo diz "Vei, tu é estranha, isso tudo ta estranho, eu sou estranho, se ta ligada né? Meu, to me sentindo mó estranho... vô contigo não."

Ai ela diz "Tem bolo" e ele "Demoro!"

Juntos, ambos entram no casarão dela, e ela pega o bolo pro garoto, pra depois brincarem. Mas, antes de conversarem a campainha toca uma segunda vez. E como de costume, ela vai correndo pra fora de casa ver quem é.


Ela encontra um garoto de cabelo Azul, que ta desesperado procurando algo. Rosinha para ele e diz "Fi, vem comigo, bora brincar na minha casa!" e ele responde "To procurando meu irmão sua maluca, viu ele?"


Ela diz que ta la, e eles entram pra encontra-lo. Só que, chegando la, tem ninguém. 

O garoto de cabelo azul chama pelo irmão desesperado, e escuta uma porta batendo no segundo andar. Assim, ele corre pra procurar, bem na hora que a campainha toca uma terceira vez. A Rosinha deixa ele perambular pela casa dela, enquanto vai novamente pra fora.


Chegando la!? Vê uma mocinha loira, com um chihuahua. Ela se apresenta, e como de costume é convidada pra entrar. Mesmo dizendo que não tem muito tempo, a Rosinha insiste e leva ela pra dentro... entretanto...


Assim que passa pela porta, uma voz diz "Ela não faz parte, deixe ela ir, isso rompe nosso acordo".


A mocinha loira não entra, e ao sair pra ver a razão, é como se tudo tivesse resetado. Ela ta no mesmo lugar, fala quase as mesmas coisas, e tem uma opção nova para deixar ela ir, mas, mesmo que se insista, ao entrar na casa, a voz diz "Deixa ela ir", e tudo se repete.


Assim, a Rosinha não consegue fazer ela entrar, e diz na real "Foi mal, se tem que vazar.". Ela vai meio triste mas, vai.

Ai a Rosinha volta pra casa, pra encontrar os meninos, e escuta um tiro.


Ela corre, e vê sangue no chão, e ao continuar correndo, pra varanda, testemunha outro tiro.


Ao se aproximar, vê o garoto de Cabelo Azul correndo pra varanda e la embaixo, seu irmão, o Ruivo, morto.


Ele grita de desespero (parece até uma risada) e pum... 


A menina ta de frente pra mãe, quem se despede dela dizendo "To vazando, te comporta que logo volto! Num ouse sair viu, e toma um cascudo pra deixar de ser besta". Sim, tudo de novo.


Mas ao sair, a mãe não tem rosto.


A Rosinha vai pro quarto, onde tudo parece normal. Ela fuça nas coisas dela, tenta abrir o diário, mas não consegue, pula na cama é claro, e depois vai pros corredores. Tudo ocorre parecido.


Ao descer, a campainha toca. Eis o Garoto Ruivo.


Ela o convida como se nada tivesse ocorrido, ela parece não lembrar, e tudo ocorre novamente. Ela pega bolo, ela leva pra ele... e a campainha toca.


Garoto de cabelo Azul, procurando o irmão. É como um dejavu. Ela diz onde ele ta, e ambos entram.

Só que ai as coisas mudam um pouco. Na terceira campainha, surge uma opção extra: Ficar na casa e ajudar a procurar.


Ela ignora o chamado da porta e seus instintos nada seguros, e vai pro segundo andar com o garoto.


La, descobre que ele parece ter se trancado no quarto dela.

Ela sai pra buscar a chave reserva na cozinha, e nota que uma gaveta especial da mamãe foi aberta. 


Daí ela corre pro segundo andar, e abre a porta. Mas não tinha ninguém la.


É ai que ela escuta um tiro, e junto com o garoto de Cabelo Azul, ela corre pra fora, seguindo o sangue até a varanda.


La, ambos assistem o corpo do Ruivo no chão do quintal. Ele morreu outra vez e...


Ela ta na frente da mãe, quem se despede dizendo a mesma coisa, ainda sem rosto.


Vai direto pro quarto, tudo igual.


Campainha, garoto ruivo, tudo parece tar ocorrendo exatamente como sempre, até que... uma segunda opção de diálogo surge quando a campainha toca pela segunda vez: Espere ele comer e brinquem.


Fazendo isso, ela ignora o segundo garoto e simplesmente aguarda. Depois, ambos vão pro quintal, na saída inversa, pra brincar.


Ela leva o garoto Ruivo até uma árvore, e ele desconfia... com razão... Rosinha tava estranha.


Com uma voz diabólica ela convence ele a obedecê-la, e em seguida diz pra ele prometer que se juntará a eles. Ele fica confuso, pergunta "Eles quem?" e ela, só diz pra ele confiar e obedecer. 

É ai que ela levanta a mão e toca na árvore, fazendo tudo ficar com as cores distorcidas, com uma Forca pendurada.


Ela conversa com uma voz, sobre o acordo de ambos, mas a voz responde que ainda precisa concluir tudo, e ai...


Ela diz que aquela forca é a brincadeira, e diz pra ele se pendurar, e ele vai... até que...


O Ruivo desperta, e diz que não quer aquilo, que quer ir pra casa. O garoto ruivo sai correndo, com tudo voltando ao normal...


Mas uma voz diz pra Rosinha: "Pegue ele".

Ela vai atrás, ele se tranca no quarto dela, e ela busca a chave. 


Mas, não tinha chave mais... então ela pega a pistola, uma arma que ficava na gaveta secreta da cozinha.


Ela anda armada até o segundo piso, e quando o garoto Ruivo sai correndo do quarto, ela dispara, e acerta.


Mas ele continua correndo, sangrando, e ela vai atrás...

Até que encurrala ele na varanda e diz "Mãe, me salva!".


Com tais palavras, ela atira nele, e derruba seu corpo.


A câmera se move, pra revelar então o jovem caído, mas em seu lugar está justamente Rosinha, morta.


E assim, o jogo termina.


Depois de um crédito minúsculo, surgem mensagens, dizendo que o plano falhou, e ela precisa continuar tentando, achar outro jeito... 


Depois, uma imagem muito estranha, de uma jovem na chuva, no fim de uma estrada fechada, com vários e vários corvos e os números "851216" escritos no meio do chão, fica por um tempo, com uma música macabra...


É ai que, o jogo fecha.

Pois é, essa é a experiência de jogar At Home Alone pela primeira vez, mas isso não é nem de longe o começo.

Na verdade, reabrir o jogo faz tudo parecer normal. Tudo começa do zero, mas claro, você tem seus saves caso queira avançar alguma parte da história.


Existem, itens pra se interagir nos cenários que acabam revelando certas coisas...

Por exemplo, tem um cartaz, um tipo de página de jornal pendurada no muro, la no meio da rua. Em uma das três saídas de casa da Rosinha, ela pode ler.


Ele diz que no dia 13 de Julho, uma mocinha foi assassinada por um invasor de sua casa.

Depois disso, um evento especial ocorre. Passa a ser possível assistir a TV, quando o Garoto de Cabelo Azul entra.


O que a TV mostra, é uma imagem estática com um som falho, mandando poucas falas quase inaudíveis e impossíveis de entender, mas, é um tipo de jornal, que apresenta a foto de um jovem ruivo, atrás da jornalista.

É como se ele fosse um criminoso, ou desaparecido... 

Bem, outro evento que pode ser destravado é uma imagem, localizada do lado direito da mesa da cozinha. Nos momentos que Rosinha pode entrar na cozinha (afinal, se não for parte da missão, certas rotas ficam inacessíveis) ela pode ver essa imagem:


Ela mostra na verdade, um mistério entre duas portas. Eis que, no segundo piso, entre os dois quartos que Rosinha nunca entra, tem algo na parede, algo invisível: Um teclado numérico.

Ao introduzir aquela senha... 851216, tudo pisca, e tudo fica terrivelmente bizarro, com o jogo voltando pro começo imediatamente.


Ela reaparece na frente de sua mãe, quem se despede, dizendo o mesmo de sempre. Mas ao sair, ela simplesmente trava do lado de fora do cenário, sem seu rosto.



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