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AnáliseMorte: Portal

Tags: mesmo pois bolo
Um pedido surgiu em um comentário, e eu acatei.


Sim, como um sinal de que irei fazer o Mesmo a todos que recomendaram na página do facebook, aqui começo minhas respostas aos pedidos de análises mais recentes, começando por:

Portal


Boa leitura.

Bem, Portal não é um jogo longo, na verdade eu terminei ele em uma única tarde, uma longa e adorável tarde de domingo, e foi bem interessante.



Acontece que eu já vinha namorando esse jogo a um tempo, pensando na possibilidade de joga-lo mas, sem aquela motivação. Não apenas por ser em Primeira Pessoa, um estilo visual que não me agrada, mas também por ser do mesmo pacote do Half-Life, inclusive sendo canônico na franquia (tecnicamente), a Orange Box.

São detalhes que acabaram freando minha jogatina e atrasando esse artigo por um tempo, até que veio o singelo pedido num comentário. Não tinha como negar, veio em um bom momento. Eu estou precisando jogar coisas "rápidas" porém interessantes, e esse é um ótimo exemplo disso.

Portal é um compilado de testes envolvendo desafios para sair de diferentes salas. Em dado momento, o protagonista recebe um dispositivo capaz de gerar portais por onde ele pode atravessar e assim, superar os obstáculos de cada nova sala.



A ideia é simples, e extremamente bem executada. Apoiando-se em lógica e física, o jogo nos força a agir tanto por instinto quanto por inteligência, estudando a arquitetura dos cenários, ou só chutando mesmo pra ver o que vai acontecer.

Contamos com o suporte de uma voz feminina e robótica, mas estranhamente agradável e sonoramente simpática, que as vezes falha, e fica na cara que é uma IA (Inteligência Artific... ah você sabe!) a qual faz questão de nos motivar, ou desmotivar, dependendo do momento, para assim estudar nossas ações e reações diante dos desafios.

Além disso, ela nos promete um Bolo no fim dos testes, os 19 testes, que não fazemos a menor noção de pra que servem.



As vezes, é tudo tranquilo, os desafios tem suas letalidades e possíveis fatalidades, mas é tudo dentro dos conformes de testes, e a própria IA nos alerta sobre os perigos. 



Mas, existem situações em que imprevistos e coisas misteriosas ocorrem, nos deixando com a pulga atrás da orelha.



Detalhes como anotações escondidas atrás de paredes de difícil acesso, ou salas corrompidas com máquinas que estão programadas para assassinar qualquer um que passe, e com certeza não fazem parte de simples testes, são detalhes que nos fazem perceber que aquilo ali não é algo saudável.


De fato, perto do fim, revelações partem nossos corações, mas isso são coisas pra contar ao falar do enredo.

Bem, em movimentação, não da pra fazer muito, a protagonista anda e pula.



Ela pode também abaixar, e continuar andando, o que adianta pra passar por lugares pequenos.



Além disso, ela pode pegar objetos e carrega-los. Isso serve pra acionar certos botões, além de usar esses objetos como escudos contra projéteis.



Uma vez equipada com o dispositivo de abrir portais, torna-se possível criar dois tipos de portais.



Um na cor Azul, primeiramente, que sempre cria um contato com os portais Laranjas.


No inicio, só é possível escolher onde o Azul será lançado, e sair onde tiver a marcação do Laranja, mas depois de um tempo, em salas mais avançadas, recebe-se o upgrade que permite abrir tanto portais Laranjas quanto Azuis. Ai vira uma bagunça sem igual, podendo ir pra tudo quanto é canto.



Legal que da pra abrir um portal do lado do outro e dar um High Five pra si mesmo!



Enfim, Os portais só podem ser projetados em superfícies completamente lisas, e tem que ter uma textura específica. Assim, não da pra sair gerando eles em todo canto.



Mas, eles servem pra fazer coisas como, quebrar a física e pegar impulsos gravitacionais, pulando alto, ou sendo arremessado pro outro lado da sala pra superar um obstáculo.



A cada nova sala, um desafio e enigma ainda mais complexo surge, chegando ao cúmulo de aparecer um que sinceramente, eu achei que tinha bugado a sala de tão complicado que foi resolver (eu ainda acho que tava bugada, pois eu resolvi ele de uma forma completamente bizarra).



Mas, mesmo depois de resolver tudo, ainda não é o fim, pois o Bolo... é uma mentira.

Personagens

Protagonista

O personagem principal, que guiamos por um tipo de labirinto de rato de laboratório, o que tecnicamente é exatamente o que ela é, é uma moça, sem identidade apresentada, ou qualquer informação particular.



Nem mesmo sua voz conhecemos, sabemos que é uma garota pois podemos conferir olhando diretamente pra ela, através dos portais, mas se não fosse por isso, não há espelhos, então nem isso saberíamos, já que é um jogo em primeira pessoa.

Se não há voz, não há personalidade correto? Errado! O jogador acaba escrevendo a personalidade da protagonista conforme avança na trama, e apesar dela não fazer nada além do que ta no roteiro, fica nítido que é uma anarquista, que desafiou o sistema no qual foi inserida, para se libertar do que quer que fosse aquilo, assim que descobriu que estava presa.

De inicio, ela é usada como cobaia só para experimentar uma arma, e estabelecer em quantos ambientes diferentes essa arma pode ser útil. Esse é o projeto "Portal".



Nós somos só a cobaia de estudo pra ele, mas é claro que nem sabemos disso. Tudo é passado como se fosse um tipo de, pasme, jogo. Os desafios são impostos sem qualquer premiação ou objetivo claro, apenas é dito pra superar e pronto.

Quando a dúvida do "Pra que estou aqui?" começa a pairar sobre a mente da personagem (imagino eu), o "queijo" do final do labirinto é oferecido. Um Bolo, como prêmio para quando o último obstáculo for superado. Isso serve como motivação, ou ao menos é usado como tentativa pela IA, que acredita que isso funciona.

Não que não seja atrativo, um belo bolo depois de se matar testando uma arma que desafia as leis da física, mas, a pessoa que ta la sofrendo não ta tão interessada assim na recompensa, pelo menos não demonstra estar. Na verdade, mais parece que ela quer apenas sair dali o quanto antes, por isso que ocorre o desfecho completamente imprevisível, dela desafiando tudo.

Apesar de em nenhuma parte do jogo ela ter seu nome dito, e mesmo nas vezes em que ele foi sugerido, foi censurado, essa personagem tem nome creditado pela Modelo de Corpo "Alesia Glidewell", quem é agradecida no fim do jogo, e chamada de "Chell".



Logo, o nome dessa personagem é Chell, mesmo a robô (falarei em seguida), zombando dela por ela não ser ninguém.

Robô

GLaDOS (Genetic Lifeform and Disk Operating System) é a IA responsável pelo monitoramento e orientação da cobaia. Ela não faz nada além de falar, porém, tecnicamente, ela é a grande "vilã" da história.



Apesar de ser simpática e o tempo inteiro fazer jus a sua função, ela não liga pra cobaia, apenas pro dispositivo que ela está testando, algo que ela deixa muito claro no final, quando chega na hora de desintoxicar a arma, eliminando qualquer resíduo externo, inclusive a cobaia, com fogo.



Ela simplesmente diz algo como "Fique tranquila, a arma não sofrerá qualquer dano, pois suporta grandes temperaturas, por gentileza, entre no fogo."



Que legal né? O mais interessante é que depois que a cobaia escapa da armadilha, GLaDOS começa a entrar em pânico, e passa a se contradizer o tempo inteiro. Seu protocolo pede pra que ela recupere a arma, mas pra isso ela tem de conduzir o portador da arma pro local designado. Uma vez que a protagonista da uma de "Stanley Parable", ela precisa dar um jeito de reverter a situação.



Primeiro, ela começa a se desmentir, e mentir, dizendo que o bolo existe, depois de falar que o bolo era uma farsa, e fala que tem uma festa, diz pra cobaia parar de tentar fugir, de parar de desobedecer, fica perguntando onde a cobaia ta, e é engraçado até... e meio triste...



GLaDOS as vezes fala "Você ta ai?" "Oi? Ta me ouvindo?" pois a cobaia sai do circuíto das salas e passa a andar pelos bastidores, saindo da frente das câmeras do robô. Só que o robô tenta puxar assunto o tempo todo, sem sucesso.



No fim, ela acaba sendo confrontada, diretamente, e ai ela pode fazer algo usando uma sala onde seu corpo principal se encontra. É uma sala de chefe, e é a única balha de chefe que tem, mas depois falo disso.

Robôs Cantores

Existem outras máquinas no jogo, uns androides atiradores, que GLaDOS coloca "sem querer" no caminho da cobaia. Uma das salas estaria danificada e ela faz um desvio emergencial por uma sala de testes de robôs de batalha, chamada de "Inferno dos Androides".



Inclusive, nessa sala a personalidade da fala de GLaDOS fica mais agressiva, se dirigindo aos Androides testados na sala em questão, e não às cobaias. Ela ameaça eles dizendo "É pra ca que vocês vão se não se comportarem!", deixando claro que, o sistema é bem tenso.



Os robôs porém são a coisa mais adorável que já vi num jogo. eles atiram pra matar, mas cantam enquanto isso.



Ao te procurarem pra estourar seus miolos, eles falam, com uma voz infantilizada e meio cantarolada "Tem alguém ai?". Não há malícia no som, e meu, da vontade de abraçar essas coisinhas fofas, que infelizmente não permitem pois miram com laser e disparam sem parar imediatamente.


Legal é derrubar elas, o que acaba com espírito delas e simplesmente as desativa, depois que elas debatem por um tempo e gritam.


Também da pra teleportar atrás delas e pegar, simplesmente isso, e jogar longe, ou carregar pra outro lugar. Elas ficam chamando e pedindo pra por no chão, e é muito fofinho, sendo que deveria ser assustador.



Esses robôs são hostis pra caramba, mas a voz deles sugere o contrário. Tudo indica que foram feitos exatamente pra isso, pra atrair e trair qualquer um que se aproximasse. Tem algo mais terrível do que por uma voz que acolhe e acomoda em uma coisa que vai te matar?

Pessoa Misteriosa

Um personagem que com certeza é importante, nem aparece mas, esteve la.


Sem nome ou aparência divulgada, esse personagem esteve no mesmo teste que a protagonista, e deixou pistas de como ela poderia escapar caso decidisse segui-lo.



Além das alas fora do campo monitorado, onde esse personagem colocou suas anotações em sangue (e carvão ao que parece), há vários locais em que ele demarcou saídas alternativas e rotas de fuga para qualquer um que tentasse o mesmo que ele tentou, após descobrir o que ele descobriu.


O Bolo era uma mentira, mensagem essa que ele coloca em vários locais, e faz questão de marcar repetidamente, com seu sangue (o que deixa claro o quanto isso o traumatizou), além de outras coisas.



Ele, ou ela, esteve ali e viveu ali, antes da nossa passagem, e tentou fugir, mas, não da pra saber o desfecho de sua jornada.



Infelizmente, mesmo para a protagonista, o final não é tão positivo, pois o sistema sempre vence. Mas, ele conseguiu ao menos ir muito longe pois, são suas marcações que guiam o personagem pelos cenário confusos dos bastidores dos testes. Inclusive, tem dicas sobre a "batalha final", o que sugere que ele conseguiu ao menos ir até la.



Um amigo, um aliado, que nunca nem pode ser contactado. Sabe-se ao menos que era humano, pois suas mãos podem ser vistas em impressões digitais dele(a) pelas paredes.

Alias, além de humanos, outras espécies alienígenas forma utilizadas no teste da arma Portal, o que da pra ser constatado nos bastidores, com pranchetas de "Cobaias Falhas".



Aparentemente, a protagonista é a cobaia número 234, pois é a prancheta com dados em andamento, e silhueta humana.


A Caixa Amorosa

Falando em aliado, não da pra deixar de falar da Caixa que é posta pra nos acompanhar em uma das salas. GLaDOS faz questão de nos dizer o quanto ela é importante, e de fato, ela é.



Uma simples caixa, como qualquer outra, porém, com um Coração desenhado.



Ela não fala, ela não anda, ela não explode nem flutua. Ela não faz nada de especial, apenas é uma caixa.



Toda caixa no jogo serve só pra pressionar botões. No fim de qualquer sala, elas são descartadas por uma parede de energia, algo que existe só pra impedir que esse item seja transferido de uma sala pra outra.


Só que essa Caixa, ela é especial. Ela nos é entregue no começo da fase e precisamos usa-la como escudo contra bolas de energia, como degrau para subir plataformas e sim, como peso para botões, no plural, pois tudo com ela é feito em conjunto.



No fim, entretanto, o descarte dela é também diferente e especial. Ela não é pulverizada por uma simples parede de energia que apenas a protagonista pode passar... ela é carbonizada viva.



GLaDOS pede para que a protagonista jogue sua amiga dentro de uma fornalha para concluir o teste, dizendo que será algo rápido e indolor.



Isso é no mínimo, cruel, pois sim, é só uma caixa, mas a máquina monitora faz questão de simular um vinculo, pra depois forçar uma separação e escolha bem negativa, e ainda joga na cara, falando coisas como "Parabéns, você foi a mais rápida em descartar seu companheiro".



Sendo que, na realidade, nem era preciso tudo isso, pois existe a Parede de Energia, que descarta por padrão qualquer caixa do jogo.

Cruel não?


Outros que passaram pelo teste também tiveram sua parceira, e igualmente, a perderam da forma trágica. O aliado misterioso por exemplo, parece ter ficado bem traumatizado com a partida dela.


O Bolo

Ele não é um personagem, lógico que não, mas por ser tão citado, acaba se tornando uma parte crucial de toda essa trama bizarra.

Como mencionado, ele é o "Queijo do Rato do Labirinto", apesar do protagonista não mostrar tanto interesse assim nesse prêmio, ou em qualquer prêmio. O bolo parece ser um tipo de recompensa recorrente que GLaDOS oferece às cobaias, tanto que a anterior vive citando ele, e seu descontentamento ao descobrir que ele era supostamente falso.

Todos os participantes do teste deveriam dar seu último suspiro ao dar uma bela vislumbrada no bolo, desenhado na esquina do incinerador.

Isso seria para mostrar que "O Bolo não existe e você está morto". Inclusive, é impossível voltar dessa máquina de morte, e felizmente é possível escapar graças ao Portal.

Mas assim, GLaDOS permanece usando o Bolo como isca mesmo depois disso. Sempre se desesperando cada vez mais, e no fim, ela acaba mudando de personalidade e decide jogar na cara o quanto o protagonista é incompetente, desnecessário, solitário, e que nunca vai ter um bolo mesmo.

Triste isso...

Só que meu... o final é de fazer chorar. Falarei dele depois.

Chefe Final

Então, apesar do jogo não contar com combates, além é claro dos momentos em que é preciso dar um jeito de derrubar os androides atiradores, usando o portal, ou as próprias mãos.

Existe um robô que surge na etapa final, um robô que atira mísseis rastreadores, e é convocado só pra exterminar a cobaia mesmo. Ele mira e atira, e o míssil vai em linha reta, podendo ser desviado por portais e redirecionado inclusive pra ele mesmo.




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