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AnáliseMorte: Dante's Inferno

A Divina Comédia representada genuinamente e em grande estilo, no mundo dos games.


Um ode a Dante Alighieri que cara, ficou excepcional, ao ponto de me fazer questionar inquietantemente "Porque raios em 10 anos ainda não fizeram uma continuação?"

Bem, dessa vez devo alertar que o artigo contém, além dos esperados spoilers, um pouco de nudez. Isso se deve ao fato do jogo ter nudez (inclusive do capiroto!) então por obséquio, prepare seus olhos viu. Alias, tentarei não por nada explícito... mas evitarei censurar.

Boa leitura.

Dante's Inferno é um jogo que a muito tempo eu queria experimentar, mas sempre tive algum problema pra conseguir joga-lo. Por mais que eu tenha um Xbox 360 e um Ps4, acabou que em ambos não fui capaz de adquirir versões desse game, logo, tive de me contentar com as versões emuladas, e só ai, já começou os problemas.

Existem 3 versões de Dante's Inferno, uma pra Xbox360, uma pra Ps3, e uma pra PSP. Todas são basicamente idênticas, mesmo a de PSP, sendo ela um port extremamente fiel e completo. Porém, existem apenas 3 emuladores (bons) desses consoles/portáteis (Xenia, RPC3 e PPSSPP respectivamente), e os 3, por mais perfeitos que estejam na emulação da maioria dos games comerciais, acabam por sofrer bastante quando se trata de rodar Dantes.

No Xenia, o jogo fica em Preto e Branco... no RPC3, o jogo fecha sozinho em vários momentos... e no PPSSPP, o jogo causa ataques epiléticos por causa das luzinhas piscando na parte de baixo da tela.

Ainda assim, nos 3 emuladores, da pra tentar sofrer um pouco e terminar o jogo. O que eu escolhi pra isso? Foi no RPC3, onde consegui dar um jeito de, ao custo de alguns FPS's (ele rodava a 60, eu tive de setar em 30 e fazer mais umas configurações) ele parou de encerrar sozinho do nada. E sim, deu pra terminar e se divertir.



Chega a ser meio irônico, mas mesmo Dantes sendo um dos jogos AAA mais bonitos de suas respectivas plataformas na época, nos emuladores ele é sempre o mais sofrido. Isso meio que deixa claro o quanto os programadores se esforçaram nele, e talvez todos os balaios que fizeram pra fazer a belezinha rodar, sejam os problematizadores para os decodificadores "Jack Sparrowianos".

E sim, ao meu ver, Dantes é uma obra prima do mundo dos games, por causa de sua programação, arte, ambientação, e só peca um pouco na jogabilidade, e muito, mas muito mesmo, na trilha sonora.

Antes de tudo, preciso dizer que a trilha sonora desse game é um disco arranhado. Isso me incomodou muito, pois ouvir a mesma música, o tempo todo, não é legal não. Pareceu algo repetitivo, chato, e monótomo, o que tirou um pouco do brilho do jogo pra mim. Mas não posso dizer o mesmo da sonoplastia.

Os Efeitos Sonoros são ótimos, e talvez, se não tivesse música no jogo, e apenas o som ambiente, dos gritos, choros e lamentações infernais, ele seria melhor... mas é uma crítica, só uma crítica boba... quem sou eu pra falar de música??? (na real, a pouca música que tem, é boa, o problema é que é pouca!)

Enfim, continuando, nunca vi Cinemáticas mais belas! Pra um jogo de 2010, as cutscenes são espetaculares e ainda nos tempos atuais, se saem muito melhores que de vários jogos recentes, não da pra negar.



O jogo em si se sai melhor em vários quesitos, a dinâmica dele, em mescla com a ambientação, é de dar inveja a qualquer joguinho que se considere topzera mas num consegue ficar 2 horas sem entrar na mesmice.

Dantes consegue mergulhar fundo na poesia que lhe inspira e no meio dessa imersão, trazer uma experiência válida para um jogo.



Alias, eu fiquei bem surpreso, pois antes mesmo de jogar, eu li a Divina Comédia, apenas a parte do Inferno, não por causa de Dante's Inferno, mas por causa de outro jogo que também a utilizou como base de inspiração (vagamente), chamado "Devil May Cry". Alias, em DMC, o protagonista e seu irmão tem seus nomes inspirados diretamente nos personagens da Divina Comédia, mas além disso, vários pequenos elementos dos jogos em geral puxam um pouco dessa fonte.

Eu lembro, que foi para explicar a origem de um demônio em particular, que eu li a primeira parte da Divina Comédia inteira (nem é um livro tão grande). Eu tava numa vibe de interpretar as criaturas partindo da origem delas e da inspiração, e na época, achei justo ir no livro pra descobrir o exato significado de um determinado inimigo (foi em DMC3). Deu super certo, e eu ainda adquiri muito conhecimento sobre esse livro clássico que tanto inspira a tantos.

Alias, eu só li a parte do Inferno, pois era a única parte interessante pra mim na época, mas eu me lembro da sensação que tive ao terminar essa parte e ler a introdução do Purgatório, que é a segunda parte (de três, a última é o Paraíso), e confesso que tive exatamente a mesma sensação ao terminar esse jogo!

O jogo, consegue adaptar muito bem o Inferno da Divina Comédia, mas de um jeito bem diferente do que vemos em adaptações de livros.

Primeiro que, A Divina Comédia, é um livro de Poesia, é cheio de poemas e rimas, e é bem complicado de se entender, pois tudo gira em torno de interpretação. Existe entretanto, uma versão descritiva, narrativa sabe, do mesmo livro, que é mais fácil de se ler, pois já traz todas as linhas poéticas interpretadas. Pode-se haver erros? Yep... sempre existem erros e divergências em interpretações, mas, essa é a melhor versão pra alguém, que não tem uma inclinação poética acentuada, apreciar e entender (tipo eu).


Eu li ambas... e foi um saco a primeira, pois cara, eu entendi pouco ou quase nada! Mas na versão narrada, mesmo sendo mais difícil em alguns pontos, já consegui interpretar e visualizar melhor o Inferno que o livro queria mostrar.

O livro, é basicamente isso, uma descrição minuciosa e super detalhada de como o Inferno, Purgatório e Paraíso são, tudo aos olhos de Dante, o escritor em si, e um Poeta que o guia, chamado Vergilio.

A justificativa para ambos estarem la, passeando pelos vários círculos do inferno, é o que menos se destaca na obra. Eu mesmo, quase não me recordo do porquê ele estava la, apenas me lembro que Dante se viu numa floresta sombria, e de la, buscou por Beatriz, sendo guiado por Vergilio, enviado pela própria Beatriz, pelo caminho mais difícil até chegar a ela. O caminho era justamente, o ponto mais alto do inferno, até o seu centro, de la pelo purgatório e do purgatório ao paraíso, onde Beatriz estava esperando Dante.

Eu parei no momento que ele chegou no Purgatório, e talvez, no livro, seja melhor explicado o que ele fazia la posteriormente. Só que convenhamos, a parte mais louca de tudo e talvez o que mais chama a atenção, é o Inferno.

A descrição de Dante do Inferno é tão, surreal, macabra, nefasta, sombria, e cruel, que é sim, infernal! Dante foi perfeito em sua visão, onde conseguiu não apenas descrever cada pequeno ponto do local dos condenados pós mortem, como também conseguiu vivenciar e dar nomes aos bois. Ele colocou figuras contemporâneas e reais em sua obra (da sua época), fazendo críticas sociais diretas pra caramba, e fazendo tantas referências e alusões que, da medo.

Ele simplesmente não pega as pessoas que ele odeia e fala "Ele foi pro inferno, eu vi.", não, ele pega todo mundo. Quem pecou, ta la, seja bom, mal, plebe, clero, geral ta pagando, e pagando caro! Na descrição de Dante, ele faz questão de citar quem e por que ta la, e descreve o lugar de todo mundo, com a punição mais cruel e condizente com aquilo que errou.

Eu te juro que na época em que li, fiquei abismado em várias partes, imaginando e pré-visualizando aterrorizado. Tem várias coisas que nunca saíram da minha cabeça, e apesar de igualmente, haverem trechos no livro que eu não cheguei a compreender bem, no sentido de, eu não concordei com a gravidade da punição em relação ao pecado, também tiveram momentos em que eu me senti com medo real do quão cruel a punição divina é.

E sim, por mais que a Divina Comédia não seja um livro bíblico, ele acaba sendo muito fiel a mitologia cristã, ao ponto de ser quase como um apócrifo da bíblia... um dos mais medonhos diga-se de passagem.

O interessante de tudo isso é que, Dante's Inferno acaba pegando o espírito da obra literária, de um jeito que transmite perfeitamente a ideia do livro, mas ele não se limita a isso.



Na verdade, o jogo vai muito além. Ele tem seu próprio roteiro, idealizado em cima do ambiente que o livro criou, e ele segue a mesma ideia do livro, mas fazendo uma adaptação válida que, justifica de forma mais aceitável toda a jornada do carinha narigudo pelo reino do tinhoso.

O personagem principal por exemplo, é uma adaptação direta do Dante do livro, mas diferente do livro, aqui ele não é um mero escritor testemunhando atrocidades, aqui ele é um templário, pagando por seus pecados, que convenhamos, abrangem TODOS os patamares.

O testemunho dessa nova versão de Dante é muito mais natural, crível, e terrível, que a original, não que isso a diminua, de forma alguma, mas no roteiro do jogo, isso se encaixa bem, ao ponto de quase não se notar o que é Adaptado, e o que é Original.

O envolvimento dele com o próprio Inferno, acaba tornando tudo muito mais, profundo, e os personagens incluídos na trama do jogo acabam soando mais importantes, do que o que o livro mostra de inicio.

La, Vergilio era só um guia, Beatriz era só um objetivo/mandante, e o que tinha de personagem citado era apenas alguma referência a uma figura pública ou pessoal, sendo torturada pra exemplificar o inferno. Mas agora, tudo ganha uma entonação maior, tudo ta relacionado a Dante, pois no fim das contas, é o Inferno dele (daí o nome!).

Mesmo assim, mesmo com todo esse envolvimento e alterações, no fim das contas, o jogo segue A RISCA o que o livro conta. A diferença mesmo é que, ao invés de Dante Alighieri escrever em seu livro o que vê, sem se envolver, agora ele desce a porrada em tudo e todos, cortando, fatiando, e as vezes absolvendo os demais.

Sim, conseguiram pegar uma história de passeio poético e transformar num jogo de Hack&Slash, sangrento, e bem agitado. Alias, que jogo bom mano.

Gameplay

Talvez, o brilho de Dantes tenha sido ofuscado deliberadamente na época pela presença de God of War, jogo com o qual foi constantemente comparado e até acusado de plágio, da jogabilidade. Muitos jogadores dizem que Dante's Inferno é uma versão genérica, mal feita e fracassada de God of War, que tentou surfar na onda do sucesso do título e, não vingou. Porém, essa é uma opinião um tanto quanto precipitada, e infundada, apesar de ter certos pontos a se considerar.

Por ser um Hack&Slash, comparações são inevitáveis. Na era do PS2 pro PS3, o título que dominava o gênero era sem dúvidas GoW (gostando ou não) e, qualquer coisa que parecesse um pouquinho, já era tachado como cópia. Ocorreu com Darksiders, tiveram também suas patadas pro lado até de Devil May Cry (que buscou criar sua própria identidade no gênero), e por fim, vários outros games caminharam na sombra de GoW. Só que Dantes foi quem mais sofreu...



Com uma mecânica praticamente idêntica, a Viceral Games não teve vergonha de incluir pancadaria, carnificina, monstros gigantescos como chefes, Quick Time Events aos montes, finalizações mortais e violentas, puzzles de cenários chatinhos e enrolados, e claro, itens de cura que você pega fazendo força, e orbs que caem dos inimigos pra upar poderzinhos. Tudo isso junto, consolidou a fama de cópia descarada dos joguinhos originais do Claiton Bom de Guerra... contudo...

Foi tudo um mero pretexto. O gameplay é apenas uma forma de mostrar o verdadeiro brilho de Dante's Inferno: A Ambientação e Enredo.

Os aspectos em que GoW menos convenceu, foram o que Dantes melhor investiu. Alias, ouso dizer que Dante's Inferno supera e humilha God of War 1, 2 e 3 juntos, mesmo usando exatamente a mesma fórmula de jogabilidade "descaradamente".

Isso ocorre, pois a ambientação de Dantes é riquíssima, tamanha a fidelidade com sua obra inspiradora. Mas, ele inovou muito mais, criando um roteiro que amarra e conecta tudo de forma convincente, envolvente, e até divertida.


Então, apesar de sim, o gameplay ser uma cópia, o jogo não é, pois o jogo não se resume ao seu gameplay.


Agora vejamos, como funcionam as coisas:

É igualzinho God of War... só que os monstros te estupram.



Ao invés de correntes, temos uma Foice, e ai usamos ela pra cortar os bicho tudo.



Também temos uma Cruz, e ela serve pra dar "tirinho". A Cruz lança Energia e isso acerta inimigos de longe. É o poder santo, no meio do inferno. Ela é bem forte...



Com a foice, da pra dar ataques pesados, e ataques rápidos, e com a cruz da pra sair atirando feito louco. Variando os controles, cria-se os combos, e é assim que se mata, ou tenta matar, as dezenas de criaturas que voam no pescoço do Dante.



Sério, vem bicho de todo lado, ao mesmo tempo, tudo atacando junto, de um jeito diferente, e meu, é chato de mais esquivar ou defender, mas é uma opção. Da pra tentar contra-atacar, depois de defender, mas tem que ser no tempo certo.

Esquivar é bom, mas os inimigos podem acertar ainda assim se usarem golpes de área... além disso, como a esquiva é feita pelo analógico direito do controle, se ele tiver algum probleminha de contato e der uma travadinha (como o meu fazia) temos Dante girando feito uma criança que acabou de descobrir que dar cambalhota salva vidas em Dark Souls, mas aqui não é Dark Souls, aqui é Inferno mano!

Legal que isso pode até derrubar ele de penhascos (quantas vezes me vi caindo assim) e aí, é game-over no ato. Dante retorna do último check point imediato, o que é feito automaticamente mas só durante as batalhas ou progresso do jogo. Se fechamos o jogo, ele volta pelos Pontos de Salvamento mesmo.

Pra se salvar o progresso, é preciso falar com estátuas da mina do Dante, e só isso. Tem um número pequeno de slotes de salvamento mas, nem demora pra gravar. Só que se não gravar, perde-se toda a jornada então, é bem complicado.



Voltando aos movimentos, Dante pode Pular, bem alto até, e dar Pulo Duplo pra subir plataformas altas.

Ele também pode escalar as muitas paredes que existem no inferno, e também segurar cordas ou ossos pra se mover por ai, e descer ou balançar.



O passeio é bem turbulento, e sempre tem alguma variação do que se fazer, mas no geral, ele pode se pendurar nas coisas, tendo assim uma baita força nos braços.


Exceto para destruir as fontes. Tipo, pra recuperar Energia Vital, Magia e etc, Dante precisa por sua Cruz em fontes de cores específicas e fazer força pra elas explodirem e liberarem energia pra ele. Nesses momentos é preciso apertar o botão de ação (bolinha) feito retardado, dando a impressão que ele ta fazendo força.



Existe uma forma de burlar isso, com um acessório que acelera a destruição das fontes e deixa no automático, só sendo preciso clicar nelas. Acessórios podem ser equipados dependendo do level da Foice, ou Cruz de Dante, e podem ser encontrados ao longo da aventura.



Dante upa suas duas armas na base da escolha: Condenar ou Absolver. Ele pode, depois de dar Agarrão em alguns inimigos, punir a alma deles, entrando um quick time event e causando a morte instantânea da criatura em caso de sucesso, ou, salvar a alma deles, passando por um evento semelhante mas, purificando a criatura (uma ova, ele queima, explode, ou tortura, mas com luz).



Se a escolha for punir, a Foice ganha exp, se for salvar, a Cruz ganha exp. Isso não parece interferir em mais nada no jogo (apesar do final ser diretamente ligado a esse tipo de decisão).

Há também algumas almas que estão fora de seus Círculos de Condenação. Dante pode pegar elas e punir, matando e enviando elas de volta pro círculo (quem morre no inferno, só volta pro local original de onde saiu, passando pela tortura inicial outra e outra vez, pra sempre), ou, purificando ela, o que seria como manda-la ao paraíso, mas no caso, as almas são atreladas a Dante e ele próprio as carregaria para o paraíso.



A primeira opção só causa a morte mesmo, fazendo elas voltarem la pro círculo delas. Agora, a segunda opção, cria um puzzle lento e enjoativo, onde é preciso apertar os botões na hora certa pra salvar a alma. É uma droga (mas faz sentido, pois salvar é sempre mais difícil).



Escolher o que vai upar é importante pra melhorar as habilidades do que mais se utiliza pra se dar uma surra nos inimigos. Eu, particularmente, preferi usar a Foice muito mais, mas os poderes santificados da Cruz são muito mais fortes e seguros, sendo uma boa pedida.



O impacto moral no jogador é nulo, visto que tirando nas almas penadas que são encontradas ao acaso, e em alguns chefes (o que não temos escolha, Dante sempre irá Absolver as suas almas), acabamos torturando os inimigos mesmo quando tentamos "salva-los".



Continuando, temos também Poderes Especiais. Essas Habilidades são obtidas conforme se elimina Chefes, avança ou upa as armas, como por exemplo, a Cruz, que libera uma habilidade de suporte que da uma defesa extra pro carinha, e regenera um pouco de sua energia vital periodicamente, dando tipo asas de luz pra ele.



Os outros poderes são os seguintes:

Temos a Cruz de Gelo, um impulso de Gelo que Dante da bem rápido, causando dano em tudo no caminho. Ele pega isso como um presente ao conhecer seu Guia pelo Inferno.


Temos o Tornado da Luxúria, que é um pequeno tornadinho que cobre Dante e causa dano em tudo que circunda ele, mas é um dano meio baixo, e ele torra a magia.



Temos as Cruzes Bumerangues. São pequenos crucifixos que Dante pega de um padre corrupto e passa a jogar em geral, mas são uma porcaria.



Temos as Sementes do Suicídio. São basicamente Bombas de Atordoamento... algo realmente inútil... principalmente pela quantidade de magia que gasta pra ser jogada.



Só é possível equipar até 4 poderes de uma vez, podendo ativar um por vez com atalhos no controle. Mas, deu pra ver que a grande maioria acaba com a magia em questão de instantes, o que faz desses poderes umas desgraças.



Só é bom mesmo usar em uma parte que tem Magia Infinita... mas tirando essa parte, eu mesmo quase nem utilizei.

Infelizmente, o jogo não conta com sistema de Mira, muito menos com manipulação de Câmera. Isso faz com que nossa movimentação seja meio limitada de mais, e nossa percepção do magnífico cenário acaba sendo prejudicada. Muitas vezes, me vi lamentando pela falta de liberdade em exploração visual... Mas, o jogo funciona bem ao menos.

Mesmo com as hordas de inimigos vindo de todos os lados, realizando ataques as vezes de pontos que nem podemos ver, e mesmo eles sendo extremamente cruéis e letais, da pra enfrenta-los. A Câmera é quase panorâmica de tão distante que fica as vezes, mas, ela se posiciona na maioria das vezes de forma decente, então é possível avançar com certa "tranquilidade".

É possível mudar o nível de dificuldade de Fácil (que significa "desistiu bebê?"), Normal (que é basicamente "Difícil") e Difícil (que é basicamente "Se fod3 ai") a hora que quisermos, então no caso dos inimigos serem um problema, da pra burlar isso, fazendo eles morrerem com um simples tapa.


Mas isso não funciona pros puzzles.

Muitos deles são terríveis, acelerados, e assustadores, de um jeito que faz o jogador temer por sua vida. E nesse caso não da pra mudar a dificuldade. Esses Puzzles, são coisas que envolvem pular plataformas antes delas caírem, ou subir rápido antes de morrer carbonizado, e pra isso não há nenhum facilitador.



A mecânica pode até colaborar, mas é tudo sempre com tanta urgência que, torna-se difícil de mais. No fim das contas, é um aglomerado de desafios.


Bem, que tal falar um pouco dos personagens?

Dante

O protagonista do jogo é uma adaptação do Dante escritor da Divina Comédia. Enquanto no livro ele era apenas um observador rumando pelo inferno, na adaptação virtual, ele é um Templário.


Talvez a melhor conversão possível, visto que Templários eram tecnicamente, criminosos e pecadores, buscando através de promessas da Igreja, redenção.


Daí vem o primeiro acerto, onde, colocando um personagem com essa postura, temos um perfil ideal para o passeio por todos os círculos do Inferno. É justificável, e crível, que um pecador que foi enganado pela igreja, ganhasse um passe livre pra visitar todas suas vagas por direito nos cafundós do tinhoso.


Só ai o jogo já me prendeu em questão de enredo, e por mim poderia me enrolar perfeitamente com um contexto simples de um carinha condenado sem saber por onde começar a sofrer... mas as coisas vão além, surpreendentemente além.



Dante não se contenta em merecer um acento em tudo quanto é canto, ele quer acentos vip! Então logo de inicio, ele já pega nada mais nada menos que a função de Ceifador, e parte ceifando todo mundo de seus lugares, tomando os mesmos para si.



Seu objetivo real é alcançar sua amada, que ta sendo arrastada pelo próprio demônio, como uma isca num anzol. Mas ele não sabe disso, é claro que não, pra Dante, sua esposa ta em perigo e ele precisa a todo custo salva-la, atravessando o próprio inferno para tal.

Beatriz


A esposa de Dante, pra quem ele jurou fidelidade a amor eterno, dentre outras coisas, acaba assassinada logo no inicio da história. Claro que isso não impede que ela continue aparecendo, como coadjuvante, objetivo e até "inimiga".

A moça acabou sendo vítima de um Assassino, naquele mesmo estilo "Assassin's Creed", e depois disso, foi encontrada por Dante um bom tempo depois, só ai sendo arrastada pro submundo.



Dante, assim que morreu, e venceu a Morte, ficou num tipo de Limbo criado pra si mesmo, onde viveu numa ilusão de que estava vivo, costurou sua história em seu próprio corpo, e caminhou até sua casa, do lugar onde havia falecido (o campo de guerra), e só então, começou sua jornada pro inferno, ao encontrar sua amada morta também.



Foi só nesse momento que sua realidade fictícia entrou em choque e ele passou a confrontar seu inferno, e só ai, ele passou a correr atrás de Beatriz, que por sua vez havia esperado por ele. Mas, Lúcifer também aguardou, e ele aproveita a chegada de Dante pra envenenar a mente de Beatriz, usando os fatos da história e os pecados de Dante contra o próprio, fazendo ela aos poucos se voltar contra ele.




Sim, Beatriz aos poucos vai se tornando aliada de Lúcifer, e rolam cenas picantes entre ambos, algo que inclusive corrobora com um baita pecado de Dante, mas eu vou comentar isso depois.

Assassinos


Isso não tinha no livro viu, mas foi mais uma adaptação de enredo para o jogo que eu achei surpreendentemente louca. Como Dante é um Templário, nada mais justo que atribuir as mortes mirabolantes da época contra a igreja aos Árabes contra os quais ela lutava.



Assim sendo, o principal antagonista que surge no caminho tanto de Dante, quanto de Beatriz, é um misterioso e encapuzado usuário da Animus que ta executando seus massacres na surdina, um Assassino. De qualquer forma, o desgraçado mata Beatriz e, o pai de Dante (que tenta abusar dela aparentemente) e também é o responsável por matar Dante! Se não for, é alguém do mesmo grupo então, da na mesma. Alias, no momento da morte de Beatriz, Dante já havia falecido, e ela ta chorando a noticia.


Apesar dele, ou "eles", serem vilões da trama, só aparecem em cutscenes durante o período em que Dante ainda estava vivo. Com


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