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JORGE BEN: A TÁBUA DE ESMERALDA (1974)

Um dos mais importantes e influentes músicos da MPB, Jorge Ben Jor (o Jor foi acrescentado em 1989, por influência da numerologia), nasceu no Rio de Janeiro no dia 22 de março de 1945. Ele foi sempre um inovador da música brasileira, desde o seu primeiro disco, “Samba Esquema Novo”, lançado em 1963, acrescentando em cada disco novos elementos musicais ao seu som, como o samba, a bossa nova, o jazz, o rock, o funk, o pop, o ska, o maracatu, ritmos árabes e africanos, criando uma obra inigualável por seu ecletismo e originalidade.


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“A Tábua de Esmeralda” foi o seu décimo-primeiro disco e tornou-se seu álbum mais elogiado pela crítica especializada e pelos seus fãs. O disco faz parte da fase de sua carreira conhecida como “alquimia musical”. Foi lançado pela gravadora Phillips, com produção de Paulinho Tapajós e arranjos de Osmar Milito, Darcy de Paulo e Hugo Bellard. É basicamente um disco de samba-rock, um estilo muito popular nos anos de 1970, reunindo elementos do pop e do rock, com uma levada influenciada pelo samba, surgido na década de 1950 no Brasil.

Esse disco de Jorge Ben é sempre citado entre os melhores da música brasileira, escolhido como o sexto melhor disco brasileiro pela revista Rolling Stones Brasil, por exemplo. Foi feito em uma época em que o misticismo, as religiões alternativas e as pseudociências faziam muito sucesso entre a classe musical brasileira, dando origem a obras importantes, como “Gita” de Raul Seixas e os dois “Racionais” de Tim Maia. “A Tábua de Esmeralda” fala de alquimia, teosofia, textos ocultistas, misticismo e hermética, trazendo citações de Paracelso, Tomás de Aquino e os textos que compõem as “Herméticas”, uma série de textos de sabedoria egípcia-grega, supostamente escritos entre os séculos I e III d.C.



Escute o disco aqui


BELCHIOR: DISCOS FUNDAMENTAIS – ALUCINAÇÃO (1976)

Antônio Carlos Belchior nasceu em Sobral, no Ceará, no dia 26 de outubro de 1946, e faleceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande

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CHICO BUARQUE: DISCOS FUNDAMENTAIS – CONSTRUÇÃO (1972)

“Construção” foi seu sétimo disco, contando seus dois discos italianos. Lançado pelo selo Philips (desde 1999 faz parte do catálogo da Universal Music) e produzido por Roberto Menescal, o disco foi um grande sucesso e chegou a vender 10 mil cópias por dia, o que obrigou a Philips a contratar duas outras gravados para prensar mais discos.

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CHARLES DARWIN: A ORIGEM DAS ESPÉCIES (1859)

Charles Darwin, com sua Teoria da Seleção Natural, revolucionou o conhecimento humano.

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O disco também explora o lado afro-brasileiro de Ben Jor, incluindo o seu lado mais romântico. A capa do disco, criada por Aldo Luiz, empresta um desenho do famoso alquimista francês do século XIV Nicholas Flamel. O disco abre com a emblemática “Os Alquimistas estão Chegando”, que alcançou grande sucesso quando lançada em compacto. A música é uma ótima introdução, mostrando os rumos que o disco iria seguir a partir dali. Segue “O Homem da Gravata Florida (A Gravata Florida de Paracelso)”, uma homenagem ao alquimista suíço Paracelso, com uma de suas letras mais loucas, enigmáticas e maravilhosas.

Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem.

Jorge Ben

“Errare Humanum Est” fala de deuses e astronautas, outro clássico do compositor, uma música cheia de efeitos sonoros. “Menina Mulher da Pele Preta” segue um tema mais “normal”, uma típica música de Jorge Ben sobre a beleza e a malícia feminina. “Eu Vou Torcer” segue o objetivo do artista em transmitir paz de espírito aos seus ouvintes. “Magnólia”, outro clássico do artista, é outra música de amor a lá Jorge Ben, com muito misticismo. Já “Minha Teimosia, Uma Arma para te Conquistar”, que fechava o lado A do LP, tem uma letra mais cotidiana.


Veja algumas fotos de Jorge Ben


A belíssima “Zumbi” é uma homenagem a Zumbi dos Palmares e foi regravada por ele, de forma bem diferente, dois anos depois, no disco “África Brasil”. “Brother” tem uma pegada soul e é cantada em inglês, falando de Jesus Cristo, e “O Namorado da Viúva” leva o som para o samba, com cuíca e tamborim, com uma letra aparentemente cotidiana, mas que é uma referência ao alquimista Nicolas Flamel, que era casado com uma viúva. Em “Hermes Trismegisto e sua Celeste Tábua de Esmeralda” Jorge Ben canta o texto completo do “Tratado Hermético”, supostamente antigo, traduzido pelo esotérico francês Fulcanelli no século XX. Essa música também foi regravada no disco “África Brasil”. O disco fecha com “Cinco Minutos”, mais uma música cotidiana sobre o amor.

O fato de o disco ter sido gravado ao vivo, com todos os músicos juntos no estúdio, cria um clima incrível, dando a impressão que os músicos estão tocando ao nosso lado. O violão de Jorge Ben é sempre um destaque e os músicos que o acompanham são de primeira ordem, mas infelizmente não foram citados na ficha técnica do disco. Uma obra essencial para se entender os rumos que a MPB tomaria a partir da década de 1970.


Eu estou vestido e armado com as roupas e as armas de São Jorge, para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem, tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam, e nem mesmo em pensamento eles possam me fazer mal.

Jorge Ben

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