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A mulher cananeia – Mulher siro-fenícia (Marcos 7.24-30)

Tags: jesus mulher deus

A Mulher cananeia, ou como muitos conhecem, siro-fenícia, tem um testemunho de fé inestimável. Mostrou entendimento para a missão de Jesus e o quanto ele é poderoso para saciar as necessidades, sejam quais forem.

Através de atos como lançar aos pés e rogar, conseguiu chamar a atenção de Cristo.

Estaremos abordando ao longo de estudo, todas as atitudes surpreendentes dessa história.

Conseguiremos observar uma mulher que se humilhou totalmente, chegando até se menosprezar para chamar a atenção do Verbo Vivo (Esse é um dos nomes atribuídos a Jesus na Bíblia, fora esse, existe pelo menos outros 100 que você precisa saber).

Precisa de uma cura? um milagre? uma resposta da parte de Deus? Tenho certeza que o assunto a ser analisado falará fortemente ao seu coração. Acredite, assim como ela pediu com insistência ao Filho, você também tem a oportunidade.

Ninguém que vai a Jesus é lançado fora (João 6.37), contudo, como a mulher siro-fenícia, todos têm de encerrar e vencer as barreiras para chegar a sua presença.

Será abordado todos os “montes” que com sua fé teve que abater, coisas essas, que nós também batalhamos hoje em dia.

Neste encontro com uma mulher siro-fenícia, Jesus ilustra o que ele havia dito sobre “pureza e impureza” (Marcos 7.1-23).

Os descendentes piedosos de Abraão agradeciam diariamente a Deus por não terem nascido gentios (ou seja, impuros). Em Tiro, numa região predominantemente gentílica, Jesus rejeita essa distinção e torna claro que o evangelho foi planejado para todos.

A base de se ser aceito por Deus não é uma questão de antecedentes étnicos, mas o relacionamento com a pessoa de Jesus, foi exatamente o que ele disse na passagem da Videira Verdadeira, mostrando que devemos estar ligador nEle.

Está precisando de uma ajuda no conhecimento dessa passagem? Continue lendo e eu tenho certeza que Deus vai falar ao seu coração.

Essa passagem é relatada por dois evangelistas, em Marcos 7.24-30 e Mateus 15.21-28, em dados momentos será mencionado textos dos dois evangelhos.

Para análise estaremos usando o texto descrito em Marcos:

“E, levantando-se dali, foi para os territórios de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, queria que ninguém o soubesse, mas não pôde esconder-se, porque uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés. E a mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio. Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lança-los aos cachorrinhos. Ela, porém, respondeu e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos. Então, ela disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, pois o demônio já tinha saído.” (Marcos 7.24-30)

Se você também, estiver estudando essa passagem para montar uma pregação, esse guia definitivo com 6 passos para montar uma pregação do início ao fim pode te ajudar:

Jesus não pode esconder-se (v. 24)

Jesus passou a maior parte do último ano do seu ministério público, em território dos gentios; na Fenícia, em Decápolis e na Peréia.

Mas seu fruto ali era tão grande como fora na Galileia. Sua fama o precedera e apesar de entrar ocultamente não podia esconder-se.

Talvez devido à crescente oposição religiosa e política ou mais provavelmente por causa de um desejo de repouso e privacidade, Jesus foi para os territórios (regiões) de Tiro e de Sidom.

Tiro estava localizada a cerca de 80 km ao noroeste do lago da Galileia, no litoral do Mar Mediterrâneo, no território do Líbano moderno. Apesar de muitos judeus residirem ali, o povo de Tiro não era, em geral, amistoso para com os judeus.

Tanto Tiro como Sidom possuíam baías naturais, o que fazia com que suas posições se assemelhassem a fortalezas.

A Fenícia, que quase circundava todo o norte da Galileia, fazia parte da Síria. Por causa dessa proximidade era muito natural que um viajante da Galileia atravessasse o território de Tiro.

Más mesmo se retirando, Jesus não conseguia ocultar-se. Pode-se colocar uma vela debaixo dum alqueire, mas não o sol.

Enchia-se toda a casa, onde Jesus estava. Assim foi também ali, não sabemos quem era o dono daquela casa, talvez um amigo dEle. De alguma forma a mulher siro-fenícia ficou sabendo onde ele estava.

Aonde a fonte da água chega, certamente, aqueles que tem sede vão até Ele. Assim foi, a mulher assim que tomou conhecimento sobre sua estadia, foi atrás.

Quando chegou, Jesus não estava mais na casa e sim andando pela região (Mateus 15.23). Quase não consegue alcançar o Mestre a tempo.

Imagine comigo as barreiras que ela teve renunciar dentro de si, no momento que escolheu ir atrás do seu milagre.

Ela por sua vez siro-fenícia de nascimento, e grega, culturalmente falando ela não tem direito às promessas que Deus fizera a Israel.

Além de não ser israelita, segundo os rabinos ela teve o infortúnio de ser uma mulher. O que uma pessoa duplamente desqualificada como ela poderia esperar?

Mesmo assim, tomou uma atitude de fé e foi até Jesus. Assim devemos ser cada um de nós também, não importa se a circunstância tem nos dito ao contrário do que queremos, se renunciarmos a visão do mundo e aceitarmos a visão celestial nas nossas vidas, certamente vamos viver maravilhas.

Lançou-se aos pés de Jesus e rogava (v. 25-26)

Quando aquela mulher alcança Cristo, tão rapidamente lança-se aos pés e começa a rogar por um pedido particular.

Tinha uma filha possuída por um espírito imundo, e queria que fosse liberta sua menina daquela opressão. O relato de Mateus (15.21- 28), assim como o uso do verbo rogar no tempo imperfeito, indica que sua súplica deve ter persistido durante algum tempo.

O pensamento dela certamente foi coerente com o tamanho da sua fé, quando se lança aos pés e começa a rogar, imaginava que tão somente Aquele que estava adiante podia ajudar a inverter sua situação.

Não demonstrou confiança em outra coisa, ou até mesmo, em médicos naquele momento, más foi atrás do Médico dos médicos.

A palavra rogar pode ser definida também como “pedir com insistência”, ela sabia o que queria então pediu com insistência, eu não sei o conhecimento dessa mulher, mas, certamente ela sabia que Jesus procurava adoradores e não adoração.

Você e eu, sabe o que aprendemos? Ela podia ter desistido por ser mulher e ainda gentia, más mesmo assim se rendeu, buscando de todo o coração aquele seu desejo.

Nós também devemos ser assim, buscar a Deus naquilo que precisamos de todas as nossas forças. Constantemente escuto pessoas se queixando sobre algo de sua vida, eu mesmo já falhei bastante nisso, contudo, será que estamos buscando ao Pai naquilo que tanto reclamamos?

Sua oração naquele momento era explícita, pediu definitivamente, em contraste a muitas orações indefinidas que Deus “abençoe” a fulano e sicrano, ou, isto e aquilo.

Temos que demonstrar convicção no que pedimos, ter certeza do que queremos. Se tiver falta de fé em nós (indecisão), dificilmente alcançaremos o coração do Cordeiro.

Podemos ser fracos e pecadores, más o pedido de um Filho a bíblia nos diz que Deus não rejeita, pois Ele sabe o que precisamos e somente nos dá coisas boas (Mateus 7.11).

Não perca sua esperança, está diante de algo que parece impossível aos seus olhos? Coloque na oração e roga para um Sumo Sacerdote que não existe nada impossível á Ele (Lucas 1.37).

Lembre-se de Bartimeu, que mesmo diante da multidão que tentava o calar, ele não desistiu e graças a misericórdia de Deus, conseguiu seu milagre (esta passagem é simplesmente linda!)

Irmão (a), sabe o que é comovente? Ela não se importou com quem estava ao redor, possivelmente, tinha pessoas pela redondeza que conhecia, mas de forma alguma deixou-se ser abalada por isso, tinha convicção do que estava pedindo, e também para Quem estava pedindo. Não teve vergonha nessa hora.

Não precisamos ter vergonha das pessoas e situações, pois as vezes, pode nos impedir de conseguir aquilo que pedimos a Deus. Se você pode chorar, chora; se adorar, adora; se prostrar-se, assim faça. Perder a oportunidade por vergonha? você é filho dEle também, o véu foi rasgado, tem liberdade para achegar-se diante do Pai.

Os que desejam receber de Cristo têm de prostrar-se aos pés; devem humilhar-se e submeter a Ele tudo.

Lembre-mos, contudo, que é vão prostrarmo-nos em corpo sem nos prostrar-mos em espírito (João 4.24)A adoração deve ser verdadeira e não legalista (entenda a diferença nesse estudo).

O silêncio de Jesus e a oposição dos discípulos

A Bíblia cita algo um tanto quanto interessante no primeiro momento do clamor daquela mulher, em Mateus 15.23, diz:

“Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despe-a, que vem gritando atrás de nós.” (Mateus 15.23)

O silêncio de Jesus para aquela situação foi crucial, devemos encarar essa atitude dele, como sendo uma prova de fé para aquela mulher.

Seria fácil demais se tudo aquilo que pedimos em poucos segundos já tivéssemos, más existe situações que Deus se coloca em silêncio, justamente, para provar a nossa fé.

Temos alguns costumes de não valorizar aquilo que vem fácil, talvez, Deus sabendo disso, espera o momento ideal para lhe proporcionar o que tanto pede.

Não se preocupe se tem clamado com intensidade e, aparentemente pensa que não tem sido escutado(a), aquela mulher teve motivos para pensar isso, entretanto, não desistiu de perseverar no clamor que fazia, com fé que o Mestre escutava ela.

O paralítico na tanque de Bestesda, também enfrentou um silêncio de Deus por mais de 38, mesmo assim não desistiu!

Me lembro quando era mais novo, queria receber o dom de falar em outras línguas. Entrei em momento de orações grandiosos, queria a qualquer custo, foi algo que demorou para ocorrer em minha vida, más depois de um certo tempo ocorreu.

Analisando essa situação percebo, essa busca pelo dom, trouxe diversos ensinamentos sobre como orar e também meditar na palavra, juntando com o jejum.

Graças a Deus por não ter conseguido no momento que pedi, pois só o tempo traz lições importantíssimas que utilizo até os atuais dias.

Assim pode também acontecer na sua vida, aquilo que parece demorar hoje, é uma lição ao amanhã que está porvir. Pense ainda, que os próprios discípulos de Jesus, “pediram” ao Mestre que rejeitasse aquela mulher despedindo-a.

As vezes quem está dentro do corpo de Cristo ou, se diz estar no corpo, não consegue reconhecer a necessidade individual de cada um, e começa a hesitar (é por isso que a unidade na igreja de Cristo é fundamental).

Porém, o mesmo que seu irmão passa de lutas pode não ser aquilo que você está passando, por isso, não devemos ser contrários, e sim ajudar uns aos outros em amor.

Jesus veio a casa de Israel e a fé da mulher

Os últimos acontecimentos dessa passagem que iremos analisar são cativantes e cruciais, veja:

“Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lança-los aos cachorrinhos. Ela, porém, respondeu e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos. Então, ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, pois o demônio já tinha saído.” (Marcos 7.27-30)

A resposta de Jesus desperta alguma reflexão. Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos (27).

O termo filhos está se referindo, naturalmente, a Israel (Isaías 1.2) e a expressão cachorrinhos representa os gentios.

Isso parece ser uma resposta um pouco ríspida, porém vários fatores servem para abrandar essas palavras.

Jesus estava no território dos gentios e sentia o custo de desenvolver a sua missão fora da terra de Israel. No plano divino, o Servo Sofredor deveria ir até as “tribos de Jacó” antes de se tornar a “luz dos gentios” (Isaías 49.6).

O evangelho deveria ser pregado primeiro aos judeus e depois aos gregos (Romanos 1.16; cf. 15.8-9). Jesus não podia se afastar do caminho que levava a Jerusalém e à cruz.

Essa aparente rispidez foi amenizada pelo fato de Jesus ter-se referido, não aos cachorros carniceiros e violentos das ruas, mas aos cachorrinhos das casas (kunarioi), provavelmente aos bichinhos de estimação das crianças. Esses podiam comer debaixo da mesa (v. 28), especialmente se recebessem as migalhas que os filhos lhes jogavam às escondidas.

“Um quadro gracioso. Cachorrinhos, pequenas lascas de pão e criancinhas.”

A persistência, fé e perspicácia da mulher abriram caminho em meio as dificuldades. Concordando que os filhos devem receber primeiro (v. 27) e aceitando a implicação de que os gentios eram uma espécie de cães, ela pediu, buscou e bateu (Lucas 19.9-10) até que o seu pedido foi atendido.

A mulher prontamente entende a parábola de Jesus e responde com sua própria versão.

Embora reconheça a primazia de Israel, ela crê que a concessão ao seu pedido não privará os filhos de comerem o que quiserem. A graça de Deus é mais do que suficiente para atender as suas necessidades e as dos outros. Ela se satisfará com as “migalhas”.

Como diz Joachim Jeremias, “a fé da mulher gentia não consiste no fato de que ela dá a Jesus uma resposta rápida, mas no fato de que com seu “Sim Senhor; mas” ela o reconhece como o doador do pão da vida (v. 28). Ela “declara-se satisfeita com uma migalha daquilo que está destinado a Israel”.

E por isso Jesus lhe disse: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. E, indo ela para sua casa, achou a filha (29-30) completamente sã.

Um comentário de Orlando Boyer (mais informações nas notas no final da página), sobre os montes que essa mulher venceu é gracioso:

1) O primeiro “monte” foi a doença de sua filinha, que estava “horrivelmente endemoninhada”, Mateus 15.22. O estado da menina era tal que a mãe “clamava” na angústia, Mateus 15.22.

2) A oposição dos discípulos. E “os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem chorando atrás de nós” Mateus 15.23. Estranho como pareça, para chega à presença de Jesus, tem-se de enfrentar o grande “monte” da oposição de seus discípulos. Os filhos de Deus, muitas vezes, escandalizam-se com o clamor (Mateus 15.22) e as lágrimas (Mateus 15.23) dos verdadeiros contritos.

3) O “monte” da sua nacionalidade. A mulher era gentia “separada da comunidade de Israel”. Antes de chegar a Jesus tinha de vencer os seguintes obstáculos:

  • O “monte” do silêncio de Jesus, Mateus 15.23. Como nos oprime o espírito quando Deus não nos responde! Inumeráveis santos conheciam o que a siro-fenícia experimentou quando “Ele, porém, não lhe respondeu palavra”.
  • As Palavras de Jesus, que pareciam duras e contra seu pedido. No início, Jesus, não podia socorrer a mulher; não foi enviado senão às ovelhas perdidas de Israel (Mateus 15.24) e ela era cananeia. Sua fé a levou, não somente a persistir em suplicar, más em adorar. Não sabemos o que foi, mas logo algo aconteceu no céu, e Jesus se achou livre para conceder-lhe o pedido. Quantas vezes recebemos somente quando abrimos nosso coração endurecido para render-lhe o verdadeiro louvor devido ao seu bendito nome.
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