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Feminilidade corajosa – A gigante da fé Elisabeth Elliot

Era uma tarde quente na selva equatoriana. Cinco jovens missionários norte-americanos, todos com futuros acadêmicos brilhantes trocados pelo trabalho missionário na mata, aguardavam ansiosamente por um possível contato com os temidos índios Aucas. O que eles receberam, entretanto, foi muito diferente do que esperavam. O tão antecipado encontro com os Aucas acabou se tornando a porta para o encontro celestial com o Senhor, quando aqueles corajosos jovens foram assassinados com lanças, um por um, escolhendo não se defender, apesar de terem armas.

Na base missionária, suas esposas e crianças os aguardavam. Entre elas estavam, Elisabeth Elliot e sua filha de 8 meses, Valerie. Ao receber a notícia do assassinato de seu amado Jim, Elisabeth não se rendeu ao desespero do luto. Corajosamente, aquela mulher se manteve firme frente à tragédia, ainda mais confiante em seu Deus, e se propôs a continuar o trabalho que seu marido havia deixado. Resoluta não só a permanecer no trabalho missionário que eles já haviam começado, mas a alcançar, se Deus assim quisesse, os temidos Aucas, Elisabeth se colocou de joelhos em busca de respostas.

E elas vieram.

Poucos meses após a morte de Jim, Deus abriu portas de forma miraculosa para que Elisabeth, a pequena Valerie e Rachel Saint, irmã de um dos outros missionários martirizados, entrassem na tribo Auca e com eles permanecessem por dois anos, amando e servindo os assassinos de seus amados.

“Não é tolo aquele que dá o que não pode manter para ganhar aquilo que não pode perder”.1 Jim Elliot escreveu essas palavras em seu diário anos antes de seu assassinato, e sua esposa foi fiel a esse lema por toda sua vida. Elisabeth Elliot abriu suas mãos e entregou de volta a Deus aquilo que não podia manter – a vida de seu marido,  a de sua filha e sua própria vida  – para ganhar o galardão eterno que ela não queria perder.

Deus recebeu Jim na glória, mas permitiu que Elisabeth e Valerie entrassem em segurança na tribo que ninguém jamais tinha visitado. Onde cinco fortes homens não conseguiram entrar, Deus enviou duas mulheres e um bebê – porque Ele é Deus e, às vezes, age de maneira confusa aos olhos humanos, de forma que seu próprio nome receba a glória.

E, de fato, a glória ao nome dele veio. A história dos cinco missionários ficou famosa pelo mundo. Até mesmo jornais seculares reportaram o caso, lamentando o desperdício daquilo que eles viram como vidas promissoras “jogadas fora” na selva. Mas o testemunho de Elisabeth viveu muito além daquelas semanas pós-tragédia. Cristãos do mundo todo, tanto mulheres quanto homens, foram afetados não só pela história de sua coragem e compaixão sacrificial, mas também por suas dezenas de livros cujos ensinamentos sobre temas como solteirice, disciplinas espirituais, feminilidade bíblica, pureza, sacrifício e dor demonstram a santa firmeza pela qual ficou conhecida.

Minha história pessoal com Elisabeth, a quem chamo de amiga, começou indiretamente quando eu tinha nove anos, e ouvi pela primeira vez a história de Amy Carmichael, missionária na Índia. Amy acendeu em mim um fogo por Cristo e por missões e anos depois, já adulta, fui à busca de obras sobre sua vida. Encontrei a biografia “A Chance to Die” (Uma Chance para Morrer), que Elisabeth escreveu após viajar à Índia e pesquisar profundamente sobre a vida de Amy, por quem ela também nutria uma grande admiração. A partir dali também li as obras “Passion and Purity” (Paixão e Pureza), onde Elisabeth conta a história de seu romance com Jim; e “Let me be a Woman” (Deixe-me ser uma Mulher), livro sobre feminilidade bíblica que ela escreveu em forma de cartas à sua filha, Valerie, quando essa estava para casar. Esse último, inclusive, li torcendo o nariz. Foi preciso muita oração e tempo em meditação com o Senhor para aceitar aquilo que ela dizia sobre feminilidade; que nada mais era, eu descobri, do que aquilo que o próprio Deus diz por meio das Suas Santas Escrituras.

Esse era o caráter de Elisabeth Elliot – ela não buscava dizer o que agradava, mas aquilo que o Senhor a mandava dizer. E o legado de tal obediência é refletido nas milhares de mulheres cristãs, inclusive eu, que tiveram suas vidas moldadas, desafiadas e transformadas por meio de seus escritos. Provérbios diz que o verdadeiro amigo é aquele que afia seu companheiro (Pv. 27:17), e, baseado nisso, considero Elisabeth minha querida, amada amiga, que me encorajou a escrever o eBook “21 dias com minha amiga Elisabeth”, um devocional baseado em sua vida. Com ela eu aprendi que Deus não se esquiva do sofrimento, nem evita a realidade, mas está com os Seus em meio à dor,

“Nossa visão é tão limitada que temos dificuldade em imaginar um amor que não se mostre em proteção do sofrimento. O amor de Deus é de uma natureza totalmente diferente. Ele não odeia a tragédia. Ele nunca nega a realidade. Ele se coloca bem no meio do sofrimento.” 2

Aprendi que a feminilidade só faz sentido quando aceitamos o que Deus diz sobre a mulher, e que é só na aceitação que encontramos paz,

“Nós somos mulheres, e meu pedido é Deixe-me ser uma mulher, santa por completo, pedindo nada além daquilo que Deus quiser me dar, recebendo com ambas as mãos e com todo o meu coração o que quer que isso seja. A feminilidade tem suas limitações. Assim como a masculinidade. Ser uma mulher significa não ser um homem. Toda escolha é uma limitação. Ouça o chamado de Deus para ser uma mulher. Obedeça a esse chamado. Coloque suas energias no serviço e você encontrará abundância de vida, abundância de liberdade, e (eu sei do que falo) abundância de alegria.” 3

E aprendi, acima de tudo, que o cristianismo é uma religião não de conforto, mas de cruz, e isso significa dor. Essa era a mensagem crucial de Elisabeth Elliot,

“Ser um seguidor do Crucificado significa que, cedo ou tarde, você terá um encontro pessoal com a cruz. E a cruz sempre implica perda.” 4

Essa grande heroína da fé, pela graça de Cristo, não se escondeu da cruz. Pelo contrário, aceitou todas as perdas que Deus colocou em seu caminho e continuou caminhando com Ele, fiel e obediente até o fim.

Para mim, esse é o grande legado de Elisabeth Elliot. Sua vida nos inspira, assim como ela fez, a pesar na cruz o quanto amamos nosso Senhor, e ver se possuímos a coragem necessária para abandonar tudo por ele. Porque é esse tipo de mulher que chacoalha a Terra por Cristo. É esse tipo de feminilidade que desafia e transforma o mundo. É através de mulheres firmes em suas crenças, como Elisabeth Elliot, que Deus mostra ao mundo que o evangelho não é opinião nem filosofia, mas decisão de vida que tudo transforma no ser regenerado, até o ponto em que ele ame mais a Jesus do que à sua própria vida.

E, sabe, é fácil pensar que Elisabeth Elliot era uma mulher “sobre-humana”, santificada de forma “extra”. Mas, a realidade, minha irmã, é que o mesmo Deus a quem Elisabeth Elliot tão fervorosamente servia, é o Deus a quem eu e você servimos. Não há desculpas – o poder de Cristo em nós nos capacita a sermos também grandes mulheres de fé; talvez não nas matas equatorianas, mas em nossos lares brasileiros, fazendo a diferença, em uma tarefa cotidiana de cada vez.

Desde que conheci minha querida amiga Elisabeth o clamor do meu coração tem sido que as mulheres brasileiras, a começar por mim, aprendam a ser obedientes e corajosas, sem medo de tomar sua cruz. Precisamos subir nos ombros dessa gigante da fé e continuar no caminho que ela abriu, e muitas abriram antes dela, porque acima de tudo, Elisabeth não fez nada por si ou através de si mesma, mas apenas imitou nosso Senhor Jesus, aquele que não fugiu de sua própria dor, mas foi obediente até à morte, e morte de cruz (Fl. 2:8).

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