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Vamos falar sobre assédio?

(Por Carla Juliana Santos)

8 de março, Dia Internacional da Mulher, voltava do trabalho e fui vítima de assédio dentro do transporte público. Um senhor de idade se achou no direito de encostar seu membro ereto no meu corpo, sem meu consentimento.

Violência não consiste apenas na agressão física contra a mulher. A lei Maria da Penha prevê outras formas de agressão e assédio, como, moral, patrimonial, psicológico, físico e sexual. Assim como eu, várias mulheres enfrentam isso diariamente, sofrem com as “cantadas”, os “psiu” e coisas muito piores como ataques físicos e verbais.

Somos xingadas diariamente quando não correspondemos às gracinhas deles, afinal, “são apenas elogios”. Não temos o direito de reclamar, se reclamar é mal amada, não sabe aceitar elogios, entre outros nomes piores.

Assim aconteceu com Aimee Gibbs no seriado televisivo “Sex Education”, que após sofrer um ataque no ônibus, quando um homem ejaculou em sua calça jeans, ficou em fase de negação, dizendo que não aconteceu nada demais, porém com o tempo, ela já não conseguia entrar no ônibus por medo de que poderia acontecer novamente.

‘Sex Education’ – Divulgação/Netflix

Afinal, o que é assédio?

Assédio é todo o comportamento indesejado, por meio de comportamentos com o intuito de humilhar, ofender, ridicularizar, inferiorizar, culpabilizar, amedrontar, punir ou desestabilizar emocionalmente sua vítima.

Segundo uma pesquisa feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em 2015, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no BrasilEm fevereiro de 2019, o Instituto Datafolha realizou uma pesquisa com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e obteve os seguintes resultados: 27,4% das brasileiras acima dos 16 anos passaram por algum tipo de violência em 2018, representando cerca de 16 milhões de mulheres. 

Todas as mulheres já sofreram algum tipo de assédio ou irão sofrer em alguma fase de sua vida. O assédio, na maior parte Das Vezes, está relacionado ao sexo oposto, embora algumas vezes também possa ocorrer entre pessoas do mesmo sexo.

Pexels/Alex Green

Contudo, o assédio sexual, na Maioria Das Vezes, são praticados de homens para mulheres, o que nos leva a um estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que diz que “o assédio sexual está intrinsecamente ligado com o poder e, na maioria das vezes, acontece em sociedades em que a mulher é tratada como objeto sexual e cidadã de segunda classe”. 

O crime de importunação sexual é um novo tipo penal, que ocorre em locais públicos como transporte coletivo ou shows e fere a liberdade da mulher, por não consentir os atos praticados contra ela. Por exemplo, esfregar órgãos sexuais sem consentimento, “encoxar” e se masturbar em outras pessoas, configuram importunação sexual e devem ser denunciados às autoridades.



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