(Por Carla Juliana Santos)
Por muito tempo, séries de TV costumavam ser vistas como puro entretenimento. Hoje em dia, no entanto, isso vem mudando e uma das características mais marcantes desta fase dos seriados é a inclusão de minorias em papeis de destaque.
Não faltam séries que mostram mulheres fortes lutando por seus direitos, explorando sua sexualidade e derrubando preconceitos. Tais mudanças mostram-se como um reflexo das maiores discussões sobre o feminismo. Na semana especial da mulher na Afronte, selecionamos 5 séries que trazem mulheres empoderadas como destaques na trama.
Sex Education
A série de 2019, conta a história de Otis (Asa Butterfield), um adolescente inseguro sexualmente, mas que mantém uma clínica de conselhos a estudantes com problemas sexuais, junto a sua amiga Maeve Wiley (Emma Mackey). Ao contrário de sua mãe Jean, que fala abertamente de sexo com seus pacientes e que mantém múltiplos relacionamentos casuais, Otis se vê envergonhado com a naturalidade da mãe e, como um bom adolescente, tem dificuldades em se abrir sobre esses assuntos com adultos.
Além disso, a trama conta com diversos momentos de sororidade, nos quais garotas diferentes entre si, em diversos aspectos, se unem em prol de algo em comum (alerta spoiler!), como um caso de assédio que ocorre na segunda temporada.
Fate – A saga Winx
Com estreia em janeiro desse ano, a série conta a história de Bloom (Abigail Cowen), Terra (Elliot Salt), Aisha (Precious Mustapha), Stella (Hannah van der Westhuysen) e Musa (Elisha Applebaum). Originalmente inspirada no desenho “Clube das Winx”. A série de 6 episódios segue a jornada de amadurecimento de cinco fadas que frequentam Alfea, um internato mágico, e que devem aprender a controlar seus poderes e a conviverem juntas.
Fate já foi renovada para a segunda temporada, pela Netflix.
Orange Is The New Black
A trama mistura drama e comédia ao mostrar o cotidiano de uma prisão feminina norte-americana. Além da diversidade sexual, de gênero, raça e faixa etária, o que traz uma boa variedade de representações femininas para a televisão.
Além disso, a série nos mostra uma visão ampla de cada personagem, nos mostrando que apesar de serem criminosas e estarem cumprindo pena, são humanas, possuem sentimentos como amor, raiva, possuem família e entes queridos, não são vistas apenas como “boa” ou má”.
As Telefonistas
Trata-se da história de quatro jovens mulheres na década de 50 que foram trabalhar na primeira empresa de telefonia da Espanha, em Madri. O local representa um dos poucos lugares de progresso e modernidade para as mulheres da época: enquanto trabalham, elas também embarcam em uma jornada em busca do sucesso.
A série se passa justamente em uma época em que a segunda onda do feminismo estava desabrochando pelo mundo, quando as mulheres lutavam pela entrada no mercado de trabalho, direitos reprodutivos e de sexualidade.
Orphan Black
Trata-se de uma ficção científica, em que Sarah Manning (Tatiana Maslany), uma jovem rebelde, cheia de problemas pessoais, descobre ser um clone, fruto de um projeto governamental. Todas as personagens femininas são complexas, possuem uma história singular e habilidades diferentes e características marcantes, mesmo que em sua maioria sejam clones, cada uma delas, possuem suas particularidades.
São mulheres diversas como no mundo real, com anseios e maneiras diferentes de conseguir o que desejam, nem completamente boas, nem completamente más. Nenhuma delas fica presa em estereótipos e possuem construções complexas e distintas. Esta série, além de abordar diversas mulheres fortes e determinadas como protagonistas, mostra-as em diversas realidades e vivências.
