No fim de dezembro, ‘Bridgerton’ entrou para o catálogo da Netflix. Baseada na série de livros ‘Os Bridgerton’, da autora nova-iorquina Julia Quinn, a trama criada por Chris Van Dusen e produzida por Shonda Rhimes alcançou o Top 10 de 76 países, tornando-se o quinto maior lançamento da plataforma de streaming de todos os tempos.
Segundo projeções da Netflix, aliás, mais de 63 milhões de pessoas em todo o mundo terão assistido a série antes do lançamento completar um mês. Como explicar o sucesso da trama? É claro que existem diversos fatores subjetivos, no entanto, quando observamos alguns pontos da série, fica mais fácil de entender esse sucesso.
Elenco marcado pela diversidade
Shonda tem a diversidade como marca em suas produções e a manteve na série, ambientada em Londres de 1813. Além de Regé-Jean Page, britânico nascido no Zimbábue, escolhido para viver o protagonista da trama, Duque Simon Basset, a série traz atores negros em papéis de destaque, como a Rainha Charlotte (Golda Rosheuv) – que foi inspirada em uma homônima da vida real considerada a primeira rainha mestiça da coroa britânica. Durante os bailes, diferentes etnias aparecem juntas e sem qualquer sombra de distinção.
Esse ponto foi elogiado, inclusive por Quinn em entrevista recente. “Sou muito grata pela Shondaland (produtora) tornar o mundo que eu criei mais inclusivo e mostrar que todo mundo merece um final feliz. É muito especial ver a reação dos leitores não-brancos que, finalmente, estão vendo que os personagens podem se parecer com eles”, disse a autora ao jornal “O Globo”.
Números de tirar o fôlego
Uma superprodução precisa ser poderosa também em aspectos técnicos e os números relacionados a “Bridgerton” comprovam isso: 113 atores do elenco rodaram a trama em 135 dias, sendo 45 deles em estúdio e outros 90 dias em 35 externas.
Na equipe de filmagem somavam-se 1.188 profissionais, entre os quais 232 membros da equipe de figurino, 161 de cabelo e maquiagem e 18 coordenadores de acrobacias e artistas de palco. A protagonista, Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor) teve nada menos que 123 figurinos. Outras 232 roupas completaram a lista de looks para todo o elenco. Quando os figurantes entram na conta, o número chega a 6.200 figurinos. Com 8 bailes gravados, o tempo de coreografia ultrapassou uma hora com mais de 3.600 passos de dança.
Toque criativo na trilha sonora
Vencedor do Emmy e responsável pelas trilhas de “Olhos Que Condenam” e “Cara Gente Branca”, Kris Bowers aliou canções originais e covers instrumentais de músicas contemporâneas. Hits como “thank u, next”, de Ariana Grande; “Bad Guy”, de Billie Eilish; “Girls Like You” do Maroon 5; “In My Blood” do Shawn Mendes e “Wildest Dreams” de Taylor Swift, conquistaram a web com a nova versão com um quê clássico.
Em entrevista recente, o compositor explicou como todo o processo se deu dentro do contexto de isolamento. “Eu não poderia ter feito isso sem minha equipe e os músicos incríveis que colocaram muito amor e emoção nesta trilha, tudo de seus estúdios caseiros”, apontou sobre o setlist, no qual se destacam as versões do grupo norte-americano Vitamin String Quartet. Confira a seguir uma playlist com alguns dos sucessos que embalaram a série!
