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Artista inglês traz cor à série de fotos históricas

(Por Thiago Flores)

Tom Marshall, de Leicestershire, na Inglaterra, é um artista especializado em dar cor a imagens antigas em preto e branco. Em um projeto recente, ele coloriu fotografias para marcar a libertação dos campos de concentração nazistas. O resultado teve mais de um milhão de compartilhamentos nas redes sociais e fez com que ele recebesse mensagens de famílias de sobreviventes do Holocausto, comovidas com o resultado de seu trabalho.

“A pesquisa dessas Fotos não foi uma experiência agradável, por razões óbvias, mas a reação positiva foi incrível”, disse Marshall. Uma das fotos mais impactantes foi a de uma garota russa de 18 anos, libertada do campo de concentração de Dachau. “Ela se parece mais com um homem de 80 anos, só pele e osso, mas com olhos azuis brilhantes e jovens”, apontou.

Reprodução/Tom Marshall
Reprodução/Tom Marshall

Seu projeto mais recente visou celebrar o Mês da História Negra, olhando para imagens da escravidão americana em meados do século XIX. Uma das fotos mais fortes trazia um escravo fugitivo que havia sido açoitado por seu mestre. “É uma imagem chocante de se olhar de qualquer maneira”, disse Marshall.

O inglês completa: “Mas, ao adicionar a cor, pude ver os hematomas e cicatrizes surgindo e a cor enfatizou para mim a brutalidade da imagem original”. O interesse de Marshall também foi despertado pela restauração de fotos da Primeira Guerra Mundial.

Reprodução/Tom Marshall

Uma dessas imagens trazia o humor ácido dos soldados da Nova Zelândia na linha de frente na França, apresentando uma placa acima da trincheira que dizia: “O Descanso dos Escavadores. Alimentação e residência. Chuveiros frios em estações chuvosas. A orquestra de Herr Fritz tocará em intervalos frequentes”. “Adoro a composição da foto”, afirmou ele.

“A quantidade de detalhes na grama e na folhagem ao redor significava que havia uma façanha a ser completada, mas o que eu adoro é o humor em seus rostos e a placa improvisada fazendo pouco caso dos horrores da guerra”, adicionou Marshall.

Reprodução/Tom Marshall

Segundo Marshall, o seu trabalho no uso de programas de computador para construir cores gradualmente é “como criar uma pintura”. “Grande parte do trabalho envolve pesquisar o background da foto, o contexto e o tempo em que foi tirada, a fim de descobrir as cores mais precisas ou mais prováveis”, disse ele. Afirmou, também, que fica mais orgulhoso quando vê suas fotos incluídas em livros: “Sei que durarão muito depois de minha partida”.

O autor Ian Castle usou uma imagem que Marshall coloriu de um dirigível da Primeira Guerra Mundial na capa de seu livro “The First Blitz in 100 Objects” (A Primeira Blitz em 100 Objetos).

Reprodução/Tom Marshall

Castle disse: “Foi a primeira vez que vi uma foto colorida [do dirigível], e vê-lo em cores verdadeiras foi absolutamente deslumbrante. Isso o trouxe à vida”. Marshall também opinou sobre o trabalho: “É uma foto incrível de um dirigível Zeppelin alemão conhecido como o ‘Corsário de Loughborough’, após sua participação em um ataque. Desviado do curso no caminho de volta para casa, ele caiu no mar perto da Noruega”.

O portfólio de Marshall conta, hoje, com centenas de fotografias coloridas. “Minha parte favorita é a reação que recebo das pessoas que veem o resultado final, especialmente se for uma foto pessoal de família que alguém pode ter tido em preto e branco por décadas”, disse ele, acrescentando: “Algumas pessoas disseram que choraram ao abrir seus e-mails para ver os rostos de pessoas do passado ganhando vida”.



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