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MGMT revela amadurecimento em “Little Dark Age”

Formada no início dos anos 2000 por Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden, a banda MGMT mostra que é possível se reinventar em “Little Dark Age”, seu quarto álbum de estúdio.

Produzido em colaboração com o experiente Dave Fridmann (Mercury Rev, The Flaming Lips), parceiro de longa data da banda, o MGMT lançou recentemente seu quarto disco de estúdio, bem cotado pelas críticas especializadas até então. Ao que tudo indica, o álbum também teve uma boa recepção por parte do público, algo que não se via desde o sucesso estrondoso do álbum de estreia “Oracular Spectacular”, trabalho que ficou conhecido pelos hitsKids”, “Electric Feel” e “Time to Pretend”.

Em “Little Dark Age”, o duo americano revela um frescor no olhar, apesar de não mudar exatamente de estilo. Para quem não está familiarizado com o som, o MGMT é reconhecido pelo seu indie rock psicodélico e pelas suas letras pautadas em críticas sociais ácidas. Neste quarto álbum de estúdio, a banda mantém essa identidade, mas ao mesmo tempo deixa transparecer o seu lado autêntico, ampliando suas possibilidades sonoras, algo que não era feito desde o seu primeiro disco.

Mas, como de praxe, o MGMT não economiza no uso de sintetizadores, seu carro chefe.  Em “Little Dark Age”, no entanto, a exploração do recurso está presente no DNA da banda de forma mais natural e menos experimental, em comparação com os trabalhos antigos. Apesar da sonoridade psicodélica, a banda aposta dessa vez também no indie pop em faixas como “When you die” e “TSLAMP”.

Aliás, desde a primeira faixa a dupla já anuncia o seu desejo de explorar novos gêneros musicais: a música de abertura do disco “She Works out too much” surpreende com seu pop eletrônico, que nos leva de volta para os anos 1980.  A faixa-título do álbum “Little Dark Age” segue a mesma proposta numa coesão sonora que impressiona. Apesar de faixar dançantes, as letras são densas e abordam assuntos pertinentes de forma mais sombria, o que revela algo parecido com o que artistas andam fazendo por aí, como o Paramore no seu “After Laughter” e The 1975 em “I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It”.

Little Dark Age” também dialoga com a realidade por meio das letras de suas canções. De forma muito natural, o disco é um verdadeiro convite ao lúdico, capaz de tirar qualquer um da zona de conforto. Em “TSLAMP”, é evidente a crítica ao uso descontrolado de smartphones. Na minha concepção, a faixa mais completa e coesa do álbum. Me and Michael também possui uma estrutura sintética interessante, apesar de a letra deixar um pouco a desejar. O álbum é cheio de bons momentos, mas comete alguns deslizes, como a confusa “One Thing Left To Try”. Já a faixa “Hand it Over”, que encerra o disco, aposta em harmonias mais simples e revela forte influência de bandas como Tame Impala.

O disco, de modo geral, carrega uma atmosfera densa, apesar da pegada dançante. “Little Dark Age” possui letras sombrias, repletas de metáforas, referências literárias e crises existenciais. É o MGMT na sua melhor forma, com suas narrativas desconcertantes e delírios sonoros.

Texto: Livia Figueiredo

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