Cientistas foram reconhecidos pelo desenvolvimento de vacinas Mrna contra o coronavírus
O anúncio do Nobel de Medicina foi confirmado nesta segunda-feira (2) pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo
Foto: Freepik
A pesquisadora húngara Katalin Kariko e americanoDrew Weissmanforam anunciados nesta segunda-feira (2) como os vencedores da edição 2023 do Prêmio Nobel de Medicina por seu trabalho no desenvolvimento de vacinas mRNA contra a Covid-19.
Mas o que especificamente fez a dupla e como funciona essa tecnologia?
O mRNA, ou RNA mensageiro, é uma molécula crucial no processo de produção de novas proteínas com base em um DNAoriginal.
Ao contrário das vacinas tradicionais, que muitas vezes utilizam uma forma enfraquecida ou inativada do vírus da doença, as vacinas de mRNA contêm apenas as instruções moleculares para criar a proteína certa para o corpo aprender a combater o SARS-CoV-2, conhecida como proteína de espícula.
O mRNA é introduzido no corpo pela vacina encapsulado em minúsculas partículas de gordura. Essas partículas protegem o mRNA e facilitam sua entrada nas células humanas.
No corpo, os ribossomos, máquinas de produção de proteínas na célula, "lêem" a sequência de nucleotídeos no mRNA e traduzem essa informação em uma sequência de aminoácidos, que são então ligados juntos para formar a proteína de espícula.
Com a produção da proteína de espícula a partir do RNA, o sistema imunológico identifica essa pequena parte do SARS-CoV-2 — que não é, por si só, infecciosa — como um invasor estranho e desencadeia uma resposta imunológica.
Com a exposição à proteína de espícula, o sistema imunológico fica preparado para reconhecer e combater o vírus real no futuro, caso o indivíduo seja exposto ao SARS-CoV-2.
Em suas pesquisas na Universidade da Pensilvânia, nos EUA, Karikó e Weissman conseguiram desenvolver RNAs mensageiros in vitro que praticamente não geravam resposta inflamatória nas células, o que abriu caminho para o uso dessa técnica na medicina.
Seu primeiro trabalho sobre o tema foi publicado em 2005. Anos depois, eles também descobriram que um mRNA gerado com modificações em suas bases também aumentava a produção de proteínas em comparação com um mRNA não alterado.
A partir disso, diversas empresas começaram a trabalhar na criação de vacinas de mRNA, mas elas só se tornariam realidade em larga escala em dezembro 2020, quando dois imunizantes desenvolvidos em tempo recorde — Biontech/Pfizer e Moderna — entraram em campo com eficácia de 95% para combater a Covid-19.
"Através de suas descobertas, Karikó e Weissman eliminaram obstáculos críticos no caminho para as aplicações clínicas do mRNA", diz o Instituto Karolinska.
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