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O celeiro

Nas terras gélidas do norte, onde o vento cortante dança com os flocos de neve, ergue-se um conjunto de Celeiros. Obras-primas de engenharia, esculpidos em pedras que guardam segredos de eras passadas, guardiões de uma riqueza que não se mede em ouro, mas na malha intrincada das histórias entrelaçadas por gerações. As suas paredes, esculpidas pela paciência do tempo e envoltas numa neblina eterna, emanam uma aura que transcende as fronteiras terrenas. Fortalezas de opulência gélida, abrigam uma sinfonia de cores congeladas e fragrâncias cristalizadas, transformando o ato de armazenar alimentos numa celebração poética da vida.

Os habitantes destas comunidades, cujas almas são moldadas pela frieza do clima, encontram calor no abraço coletivo desses celeiros de pedra, como se cada celeiro fosse uma extensão do espírito da Comunidade e ecoasse a resiliência e a união dos que desafiam as intempéries.

Entretanto, nas sombras do crepúsculo ártico, surgem os “errantes do frio”, seres misteriosos que tentam saquear a riqueza dos celeiros. São como sombras geladas, free riders que procuram aquecimento à custa da harmonia construída pelos nativos. Figuras desprovidas de contribuições legítimas, que se insinuam sorrateiramente pelos campos da abundância, guiadas por um apetite insaciável.

Os celeiros, originalmente guardiões de riquezas compartilhadas, tornaram-se alvos desses free riders cujas mãos sombrias, desprovidas do toque árduo da labuta, se estendem como tentáculos vorazes, usurpando os frutos do trabalho coletivo. Os celeiros, outrora fontes de prosperidade, passaram a ecoar suspiros soturnos enquanto veem as suas dádivas serem desviadas para propósitos egoístas.

À medida que esses intrusos se multiplicam, emerge um desequilíbrio surreal. Os celeiros, agora refúgios comprometidos, clamam por justiça . A comunidade, ciente da invasão das suas riquezas, reune-se numa tentativa de resistir às garras dos free riders que com as suas estratégias escorregadias desafiam as tentativas da comunidade de proteger os seus celeiros. É como uma dança entre a luz e as trevas onde apenas a união faz dissipar a noite como uma névoa ao amanhecer.

Assim, os celeiros recuperam a sua essência de união, mas não sem cicatrizes. Cada sombra deixa a sua marca, lembrando à comunidade a importância contínua de proteger não apenas os celeiros, mas também a integridade da sua conexão coletiva.

Fotografia e texto: Sérgio Moreira


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