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A normalização da mediocridade

“Olá, professor! Espero que ainda se lembre de mim.

Hoje as aulas começaram. A meio da manhã, recebi a notícia de que você já não dá aulas na nossa escola, o que me deixou bastante triste. O professor sempre foi muito amigável e ensinava de forma incrível! Fez com que eu tivesse vontade de tirar ótimas notas, fez com que a matéria se tornasse extremamente interessante e, o mais importante, fez com que eu criasse um enorme carinho pela matéria e pelas suas aulas. Não tenho dúvidas de que, até hoje, foi o melhor professor que já tive, também não tenho dúvidas que permanecerá a sê-lo. Sentirei muitas saudades suas, não só eu, como a turma no geral. Espero que tudo corra bem na escola onde se encontra agora e que possa influenciar vários alunos a gostarem de História tal como me influenciou a mim.

Obrigada por tudo, sou muito grata por tudo aquilo que fez enquanto esteve com a nossa turma! Nunca conseguirei agradecer-lhe o suficiente.Fique bem, stor!

Os melhores cumprimentos, Lara”.


Aponto a objetiva e faço uma imagem onde os elementos contrastantes quase se entrelaçam. A separá-los está o caminho que tenho de percorrer. À medida que avanço neste caminho estreito, sou guiado por uma sensação de curiosidade e inquietude. Dos meus lados, lápides de pedra testemunhando o passado e uma densa vegetação de erva selvagem que parece querer reclamar o seu território, uma representação da natureza exuberante que persiste apesar do tempo, simbolizando a resiliência e a renovação.

Assim como este caminho me leva através de paisagens que desafiam a compreensão, também me lembra da necessidade de Estar Consciente da realidade complexa que enfrento. Devo, como viajante neste cenário, abraçar o lado da transformação, reconhecendo que o equilíbrio entre o abandono e a renovação, está nas minhas mãos. Na minha jornada, isso significa estar consciente das dualidades que moldam o mundo em que me movo, em busca de um futuro onde a educação e a justiça social sejam as pedras angulares da nossa realidade.

Temos nas nossas mãos uma força transformadora, é o nosso dever não deixar que a sociedade se transforme num ambiente tóxico. Desempenhamos o papel de guias nas Mentes Jovens. Às vezes, as cortinas da dedicação são puxadas para trás, deixando à vista o cenário sombrio do desinvestimento. Cada professor é uma estrela que brilha com o potencial de moldar o futuro, mas por vezes, essa luz torna-se fraca, quase um lampejo. No entanto, neste conto, o enredo exige que nos levantemos, não como plateia passiva, mas como protagonistas audaciosos. Devemos recusar a complacência com a mediocridade, erguendo-nos como poetas da educação, pintando com paletas vibrantes as telas das mentes jovens, enquanto sussurramos à escuridão que a luz da excelência não se extinguirá, pois o que parece surreal hoje pode ser o alicerce do nosso futuro, uma realidade que, embora estranha, é nossa para moldar e transformar.

Para a Lara, por me ter relembrado que a dedicação encontra resultados tão imediatos e mais satisfatórios do que a mediocridade.

Imagem e texto: Sérgio Moreira


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