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Sweet Tooth - 3ª temporada

Sweet Tooth - 3ª Temporada

Sweet Tooth é uma produção rara para os padrões da Netflix. Teve uma boa estreia, e uma segunda temporada morna, nunca foi de fato um sucesso arrebatador. Mesmo assim, conseguiu não ser cancelada, e ganhou um desfecho satisfatório em seu terceiro e ultimo ano. 

Após derrotar o General Aboot e deixar os outros híbridos em segurança, Gus (Christian Convery), Jepperd (Nonso Anozie), Ursa (Stefania LaVie Owen) e Wendy (Naledi Murray) saem em uma nova missão. Chegar ao Alaska para encontrar Birdie (Amy Seimetz), mãe do menino cervo, e ajudá-la a encontrar a cura para o flagelo. 

É claro que além da dificuldade de atravessar meio continente em uma era apocalíptica, o quarteto ainda tem outro empecilhos em sua Jornada. A cabeça de Gus fora colocada à prêmio pela vilã da vez, Helen Zhang (Rosalind Chao), apresentada brevemente na temporada anterior. Em busca da cura e do renascimento humano, ela é implacável com a ajuda da filha Rosie (Kelly Marie Tran) e seus netos os meninos lobos. 

Episódica na primeira metade e mais mística que científica na segunda parte, a terceira temporada de Sweet Tooth resgata parte do brilho de seu primeiro ano, ao manter a dupla principal unida por toda jornada. E principalmente por ir direto ao ponto, mesmo nos capítulos mais episódicos que sempre funcionam de forma a impulsionar a jornada dos personagens. Corrigindo o ritmo arrastado do segundo ano.

O escorregão fica por conta da lógica dos episódios finais. Quando jornadas longas e difíceis, de repente se tornam percorríveis em apenas uma cena. Frio extremo, escuridão e exércitos armados, podem ser superados com armadilhas e gambiarras no estilo Esqueceram de Mim. E então lembramos, ainda é uma fábula, com crianças em seu centro, então tá tudo bem!

A dinâmica entre Gus e Jep agora caminha para a aceitação do amadurecimento do menino cervo, e a consciência de que o ex-jogador não estará com ele para sempre. A inclusão do Dr. Singh (Adeel Akhtar) supostamente redimido, garante o ponto de atrito entre a dupla, e de desconfiança para o público. 

Já Ursa e Wendy, são logo separadas da jornada principal, para finalmente construir sua relação de irmãs. Ao mesmo tempo, que ajudam a aproximar a trama da vilã do arco principal. Zhang é desafio à altura da proposta, e até melhor que o General Aboot, mas é sua filha quem realmente chama atenção nesse núcleo. 

Em constante busca da aprovação da mãe, Rosie vai contra sua natureza. Se tornando a mais interessante antagonista da série. Alguém que está no lado oposto da batalha, mas não é vilã, e talvez compartilhe das mesmas preocupações do protagonista. Conflito interno que Kelly Marie Tran deixa transparecer de forma exemplar, tornando a transposição para o seu desfecho natural e crível. 

E por falar em atuações, a química entre Convery e Anozie continua a ser a alma da série. Enquanto o restante do elenco acompanha entregando o que o roteiro pede deles. Entre as novas aquisições, além de Tran, Ayazhan dá vida à fofa Nuka, mais uma criança híbrida. 

Outra expectativa criada ao longo das temporadas anteriores, e que precisava ser resolvida aqui, era a verdade sobre a origem dos híbridos e do flagelo. A resposta entregue é satisfatória, ainda que mais voltada para o misticismo, que para a ciência tão abraçada pela série até então.  De qualquer forma, a mensagem principal continua a mesma, pró natureza, anti-humanidade.

A ganância humana fez com que o planeta nos rejeitasse, e criasse uma próxima espécie dominante melhor. São os híbridos que vão herdar a terra, e o nosso fim é inevitável. Um final agridoce, mas extremamente coerente com toda a jornada de Gus e cia.

A produção que já se saia bem com as maquiagens e efeitos que criam as crianças híbridas, aqui abraçam ainda mais o tom de fábula para tornar novos cenários inóspito críveis. Mais precisamente o Alaska. Entretanto não traz novos desafios e ou elementos, além dos já mostrados anteriormente. 

Baseado na HQ homônima de Jeff Lemire, Sweet Tooth teve seus altos e baixos. Mas entregou uma aventura coerente, e charmosa na maior parte do tempo. Além de um bem executado final. É excelente quando a Netflix nos deixa de fato nos despedir de seus personagens, ao finalizar direto suas séries!

Sweet Tooth tem três temporadas cada uma com oito episódios de cerca de uma hora. Todos já disponíveis na Netflix. 

Leia as críticas da primeira e segunda temporadas de Sweet Tooth.



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