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Furiosa: Uma Saga Mad Max

Quando um novo filme de Mad Max surgiu em 2015, trinta anos depois do terceiro filme, ninguém poderia imaginar que uma coadjuvante tomaria a franquia de assalto. Furiosa (então personagem de Charlize Theron) é considerada por muitos a verdadeira protagonista, e a melhor coisa, de Estrada da Fúria. Logo, não é surpresa o enorme interesse por ela e consequentemente um filme solo mostrando sua jornada. 

Então em Furiosa: Uma Saga Mad Max, acompanhamos a jornada da personagem desde sua infância, quando fora sequestrada de seu lar de abundância, neste mundo devastado. Até ela se tornar a guerreira implacável do filme anterior. 

Não que ela já não fosse habilidosa e destemida desde sempre. Sua versão mirim, vivida excepcionalmente por Alyla Browne, ocupa um tempo de tela surpreendentemente maior que o esperado. E determina com exatidão, a personalidade, habilidades, e principalmente objetivos da protagonista. Mais especificamente se vingar de seu algoz, e retornar para o paraíso onde fora criada, sem revelar sua localização para intrusos. Deixando o caminho de sua versão adulta bem definido. 

Assim, Anya Taylor-Joy não precisa de muito para nos fazer acreditar ser a personagem criada por Theron. De fato, ela nem ao menos precisa de falas. Movida por ódio e determinação, Furiosa pouco fala, mas esclarece tudo na expressividade da atriz. 

Se por um lado a protagonista é de poucas palavras, por outro o vilão da vez é extremamente expressivo. Dementus (Chris Hemsworth com uma prótese no nariz dificil de ignorar), é um pavão em cena, no melhor dos sentidos. Expansivo, verborrágico, um tantinho obtuso e bastante cruel, é um antagonista digno da franquia. E o contraponto perfeito para a calada, esperta e precisa personagem principal. 

Immortan Joe (agora vivido por Lachy Hulme) também está é cena, é claro. Mas agora, ele é mais um recurso que um antagonista de fato. Assim como, Praetorian Jack (Tom Burke), personagem que soa como uma versão alternativa de Max Rockatanski, e oferece os elementos que faltavam para compor a furiosa que conhecemos em 2015. 

George Miller, parece estar tão ciente, quanto empolgado com a possibilidade de expansão de seu mundo apocalíptico. Já que dessa vez, diferente da trilogia original que tinha tramas isoladas, o roteiro resgata e expande os elementos de Estrada da Fúria. Compreendemos, por exemplo como é administrada a Cidadela de Immortan Joe, e descobrimos relações entre comunidades distintas. 

Tudo isso, mantendo a roupagem estilosa que adotou no filme anterior, e a qualidade técnica da produção. Leia-se sequencias de ação megalomaníacas e impecáveis, em uma fotografia excepcionalmente bem planejada. 

O escorregão fica por conta de um ou outro furo de roteiro. Como uma fuga sem consequências da protagonista. O fato de mesmo disfarçada de homem, ela manter um corte de cabelo extremamente feminino. Ou ainda, a ligação com o longa anterior. Como as idades da interprete anterior e da atual são bem distintas, há uma certa dúvida quanto à passagem de tempo entre eles. Nada no entanto que você vá perceber durante o filme, que não possa relevar ou completar com a própria imaginação posteriormente. 

E claro, há sempre as metáforas para com o mundo real embutida na franquia desde suas origens. O descaso da humanidade com o planeta que chama de lar. A disputa por recursos e seu desperdício. E a inclinação inerente da humanidade para conflitos. No mundo de Mad Max, as pessoas amam uma guerra, e no mundo real também. 

Intenso, coerente, e bem produzido, Furiosa: Uma Saga Mad Max expande o universo da franquia, e melhora seu antecessor, ao enriquecer ainda mais sua protagonista. Abrindo portas para mais histórias com ela, e para chegada de novos sobreviventes excepcionais. Que venham mais recortes, e spin-offs deste apocalipse australiano.  Pois Furiosa deixou claro, que não só de Max Rockatanski vive o mundo de Mad Max!

Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga)
2024 - Austrália/EUA - 148min
Ação, Ficção Científica 

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