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Argylle - O Superespião

Entre na página de Argylle - O Superespião no IMDB, o mais conhecido banco de dados de cinema e séries online, e vai descobrir que não há os nomes da maioria dos personagens na ficha, mesmo com tantas estrelas no elenco. Já o livro de mesmo nome que inspirou o filme, é incógnita semelhante. Lançado praticamente ao mesmo tempo, tem como autora a misteriosa  Elly Conway. Isso porque a produção dirigida por Matthew Vaughn (kick-Ass e Kingsman) pretende brincar com o universo de romances literários desde antes de entrarmos na sala escura.

Elly (Bryce Dallas Howard) é uma renomada autora de uma série de romances de espionagem que acompanham o agente Argylle (Henry Cavill). Quando a realidade começa a se espelhar nas histórias escritas pela moça, a escritora se vê em uma trama de espionagem, com agentes e perigos reais, que podem, ou não, ser muito semelhantes à ficção. Sempre acompanhada de Aiden (Sam Rockwell) e o gato Alfie, ela precisa tentar sobreviver enquanto evita que uma "agencia de espionagem do mal" alcance seus objetivos. 

Argylle aposta no mesmo tom que mistura ação e comédia que fez sucesso na franquia Kingsman.  Mas agora abusando ainda mais de clichês e estereótipos, já que a brincadeira com ficção e realidade, não apenas permite, mas pede essa comparação. Então, quando vemos o Argylle escrito por Elly e interpretado por Cavil, tudo é estiloso, perfeito, irreal, com direito a efeitos especiais perceptíveis, lutas e acrobacias impossíveis. Quando acompanhamos os espiões reais que seguem a protagonista, as coisas são mais realistas, em comparação com a ficção dos romances que ela escreve. 

Mas, ei, ainda é ficção pra nós, sentados do outro lado da tela. Logo, tudo continua sendo irreal e exagerado, só que menos perfeito e ainda mais cafona! Tudo proposital, é claro. A proposta do filme é deixar de lado exigências realistas, abraçar o absurdo e a bobeira. Há quem não consiga fazer isso. Quem consegue, recebe um par de horas bem divertidas para relaxar a mente. 

Sem se levar nem um pouco a sério, o roteiro não tem receios em trazer, soluções impossíveis, tecnologias mágicas, viagens instantâneas e inúmeras reviravoltas clichês. Ouso dizer que o acumulo das reviravoltas absurdas, sem vergonha nenhuma, é o que de fato surpreende. 

Matthew Vaughn já mostra um certo personalidade em sua direção, que aposta bastante na caricatura, e no glamour que o nicho de espionagem oferece. Com escolhas que favorece, o estilo, tudo é posado e exagerado, para mostrar o quanto esses espiões são "maneiros", mesmo nas sequencias "do mundo real" da protagonista. Coisa que ele já fazia em Kingsman, mas aqui com sequencias de ação menos originais e brutais. A aposta em sequencias mais genéricas, pode ter sido uma tentativa de enfatizar no humor, mas o resultado foram muita repetição, em meio a um ou outro momento que se destaca. 

O elenco estelar não precisa tirar grandes atuações da manga. Bryce Dallas Howard carrega bem a trama com sua escritora reclusa e medrosa, e convence quando a personagem precisa se transformar. É agradável ver Sam Rockwell fazendo um personagem mais divertido e leve, mesmo que ainda meio estranho. 

O restante do elenco faz participações especiais, com tempos de tela bem distintos, o que pode decepcionar aqueles que foram ao cinema na esperança de ver bastante tal artista. Além de Howard,  Rockwell e Cavill também estão no elenco Sofia Boutella, Dua Lipa, Ariana DeBose, John Cena, Samuel L. Jackson, Bryan Cranston e Catherine O'Hara. 

A música também chama atenção com hits empolgante, que reforçam o fato de que o filme quer apenas empolgar e divertir. Enquanto a direção de arte, e figurino escolhe o caminho seguro e não inova em momento algum. Os efeitos especiais, parecem artificiais em muitos momentos, mas acredito que a maioria seja proposital, para reforçar a brincadeira entre ficção e realidade. A exceção é o gato Alfie, que volta e meia é feito em um péssimo CGI, sem motivo. O que não significa que o felino não roube a cena em muitos momentos. 

Argylle é irreal, absurdo e descaradamente exagerado. Sim, a protagonista zanza sobre uma sala de piche e sai limpinha! Sim, o filme quer assumidamente iniciar uma franquia lucrativa. Mas essa é a proposta, e a produção deixa isso bem claro desde o início. Ela quer fazer paródia do gênero de espionagem, te divertir com mentiras absurdas, enquanto lucra com seu ingresso. E tá tudo bem!

A única "mentirinha" é a importância dada à determinados personagens no material de divulgação. Mas depois de mais de duas horas divertidas, é provável que você nem se importante tanto, se fulano apareceu menos do que esperava. Até porque, "Quando maior o espião, maior a mentira."!

Argylle - O Superespião (Argylle)
2024 - EUA/Reino Unido - 139min
Comédia, Ação



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