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Percy Jackson e os Olimpianos - 1ª temporada

Lá em 2010 as aventuras de Rick Riordan que trazem mitologia grega para o presente em uma jornada do herói com pré adolescentes, foi cotada para ser o "próximo Harry Potter". Não conseguiu, Percy Jackson e o Ladrão de Raios, divergia muito da obra original. Desde de detalhes até a idade dos personagens. Conseguiu fazer dinheiro para garantir uma sequencia, mas por não agradar o público cativo,e entregar aventuras medianas, Percy Jackson e o Mar de Monstros encerrou a franquia com gostinho de decepção em 2013. 

Assim os fãs do semideus amargaram uma década, esperando por uma sequencia decente. Até que a Disney assumiu as rédeas e entregou Percy Jackson e os Olimpianos como série para o Disney+. Com fidelidade, envolvimento do autor e supostamente tempo para desenvolver a historia. 

Agora, oito episódios mais tarde, a pergunta é: funcionou? A resposta imediata é sim! Porém, há ressalvas e ajustes a serem feitos para a segunda temporada. Mas antes, caso seus conhecimentos tenham sido limitados pela "névoa", e você não faça ideia do que trata a franquia Percy Jackson, segue uma breve sinopse. 

Percy Jackson (Walker Scobell) é um garoto de 12 anos com TDAH e dislexia, e segundo muitos de seus professores, imaginação extremamente fértil. Sua vida começa a mudar, quando uma das coisas que ele "imagina" resolve atacá-lo. Assim, de repente, ele descobre que não é um garoto comum, é um semideus. Filho de um deus do Olimpo e uma humana. E como se fosse pouco, ainda está sendo acusado de roubar o Raio de Zeus. Acolhido em um acampamento para jovens como ele, logo precisa sair em missão para recuperar o tal item, acompanhado do amigo sátiro Grover (Aryan Simhadri) e da inteligente filha de Atena Annabeth (Leah Jeffries). 

A jornada a partir daí é bastante tradicional e episódica, com o trio cumprindo pequenas missões que os deixam mais perto do grande objetivo. A graça está da incorporação da mitologia grega, no mundo do século XX, e no decorrer da aventura. 

Aventura essa que aqui é mais corrida que o esperado, como bem demonstram as durações curtas de muitos dos episódios. O roteiro pula de um evento a outro, sem que os personagens tenham tempo de absorver suas consequências e refletir sobre o próximo passo. O que por um lado evita que a obra soe repetitiva, e garante um ritmo cheio de energia, mas por outro atrapalha construção das relações entre os personagens. 

Percy, Annabeth e Grover, dividem uma jornada que os une, torna amigos, e cria laços difíceis de desfazer, mas a correria evita que vejamos essa amizade ser construida em tela. Tão pouco permite que eles ajam como crianças que são, uma vez que a pressa já os leva a conclusões imediatas dos próximos passos e até das resoluções imediatas dos problemas. Felizmente, o elenco mirim muito bem escalado, entrosado e engajado, tem carisma e talento suficiente, para nos manter conectados a eles, apesar dessa construção rasa. 

Enquanto isso, o elenco adulto não traz muitos nomes extremamente conhecidos, mas traz atores competentes, em diferentes pontas aqui e e ali. Entre eles, os nomes que mais chamam atenção são Jason Mantzoukas, Lance Reddick  e Lin-Manuel Miranda. Sempre em aparições curtas e esporádicas, preenchendo as missões e encontros do trio. 

O autor Rick Riordan faz uma aparição estilo "piscou-perdeu" no primeiro episódio, mas o dedo do autor aparece em outros aspectos da obra. Desde a tão pedida fidelidade, as mudanças aqui são ponderadas e tentam aprimorar a narrativa, até mudanças propositais para atualizar a obra de quase vinte anos.

A mais evidente delas, é a história de Medusa (Jessica Parker Kennedy). Um mero monstro aos olhos do protagonista do livro, mas aqui um personagem mais complexo com uma história de vida trágica, e um tema latente na sociedade como pano de fundo. Discussão mais madura, que só será captada por quem já tem idade para compreende-la. 

Direção de arte e figurinos apostam no simples, porém eficiente. Enquanto os efeitos especiais atendem ao que a trama pede. Isto é, o tanto que conseguimos ver, já que a fotografia e extremamente escura, em muitas passagens. Sem grandes motivos, a não ser, talvez, camuflar e baratear alguns detalhes. Recomenda-se assistir à série com as luzes apagadas, para enxergar melhor algumas cenas. 

Percy Jackson e os Olimpianos tem sim algumas escorregadelas e falhas, nada que não possa ser corrigido e aprimorado em uma segunda temporada. A série é dinâmica, divertida, coerente e os personagens são extremamente carismáticos. Ao ponto de querermos passar mais tempo com esse trio.  Ainda não é a adaptação perfeita (nem acho que isso exista), mas está bem perto do mais que satisfatório. E principalmente, o que os leitores tanto esperaram.

Que venha a segunda temporada, e bem rápido! Antes que a molecada cresça demais, e a boa caracterização se perca. 

A primeira temporada de Percy Jackson e os Olimpianos tem oito episódios, todos eles disponíveis no Disney+!

Leia também as críticas de Percy Jackson e o Ladrão de Raios e Percy Jackson e o Mar de Monstros!



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