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Loki - 2ª temporada

"traz a sensação de que a história fora interrompida ao meio bruscamente" - eu já havia esquecido desta impressão que mencionei na crítica da Primeira Temporada de Loki. Qual não foi minha surpresa ao retornar ao texto antes de escrever meu veredito sobre o segundo ano, e constatar: minha impressão estava correta. A série teve a sua jornada bruscamente interrompida, e essa divisão trouxe consequenciais para a metade final. 

Recapitulando, Sylvie (Sophia Di Martino) matou Aquele Que Permanece (Jonathan Majors), desencadeando uma série de eventos em cadeia que resultarão na destruição de todas as linhas do tempo e do multiverso como o conhecemos. Cabe a Loki (Tom Hiddleston) evitar tal tragédia, claro com ajuda de Mobius (Owen Wilson), B-15 (Wunmi Mosaku), Casey (Eugene Cordero) e O.B. (Ke Huy Quan). Enquanto Ravonna (Gugu Mbatha-Raw) e a Srta. Minutos (Tara Strong), tem seus próprios planos. 

Pois é, a AVT tem centenas de personagens, mas apenas cinco parecem estar cientes do fim de todas as realidades, inclusive da própria agência, mesmo com tudo desmoronando a olhos vistos. O multiverso e a catástrofe são gigantescos, mas a trama continua contida, uma incoerência que não é a única a incomodar os mais atentos. 

Muito mais focada no personagem título, que a temporada anterior. Os novos episódios desperdiçam possibilidades apontadas na primeira temporada, para personagens secundários. Especialmente Sylvie e Ravonna, que aqui apenas servem de ferramentas para a trama principal. Enquanto O.B., único personagem novo de destaque, rouba a cena graças à energia de Ke Huy Quan, ainda que também seja uma mera ferramenta. 

Estes seis novos episódios, deixam claro, apesar de toda a expansão de mundo da franquia, com novos conceitos, multiverso e linhas temporais, é de Loki que falamos aqui. É o arco do Deus da Trapaça que estamos acompanhando. Um Loki que amadureceu de forma mais rápida do que sua versão da tela grande. Assume responsabilidades, ao ponto de se tornar quase um "Doctor Who" em empatia e propósito. Mudança que Hiddleston tira de letra, mas que pode incomodar os fãs da personalidade mais sarcástica e ambiciosa do personagem.

Mas é o desenvolvimento dessa jornada o ponto mais complicado deste segundo ano. Com o primeiro e último episódios excelentes, ambos não por acaso intitulados "Propósito Glorioso", e formando um ciclo fechado perfeito, o ouroboros que da nome à um personagem. O miolo da temporada, corre em círculos sem chegar a lugar nenhum, ao tentar emular a era Moffat da série Doctor Who.

A sensação é de que os quatro episódios centrais, poderiam ser condensados em apenas dois, sem perder as muitas indicações e referências usadas para completar o belo ciclo criado pelo primeiro e o último episódios. Uma vez que apenas vemos os personagens correrem (literalmente) de um lado a outro, sem muito desenvolvimento apenas para instigar e criar uma teia complexa que só vai se resolver no desfecho. 

O que nos leva de volta a dois pontos que mencionei antes. Porque não usar este tempo para desenvolver melhor os demais  personagens. As possibilidades são até oferecidas, como quando temos vislumbres das vidas originais funcionários da AVT, revelação explorada de forma rasa e corrida. 

Outro ponto é a sensação de história interrompida. Talvez ao invés de duas temporadas de seis episódios, uma minissérie de dez, entregasse uma jornada mais coesa, menos cansativa, e sem o hiato que deixou muitas perguntas e possibilidades abertas no multiverso por mais de dois anos. Possibilidades essas, que as outras obras do MCU sequer exploraram, então para quê criá-las?

Ainda sim, nosso apego por Loki, o domínio que Hiddleston tem do personagem, aliado ao seu carisma, e a uma produção caprichada (melhor do que muitos filmes da fase atual) nos mantém na jornada apesar destes problemas. Mesmo quando parece que não estamos evoluindo, ainda queremos acompanhar o asgardiano. 

E ao menos o desfecho compensa. Encerrando poeticamente não apenas a narrativa da série, mas a jornada de seu personagem título, desde sua primeira aparição. E finalmente oferecendo a ele seu tão profetizado, e merecido, propósito glorioso. Loki agora é uma entidade! Talvez não protagonize novas grandes histórias, mas vai ser o ser onisciente e onipresente em todas elas. Mesmo que não o vejamos, Loki está por trás de tudo!

Loki tem duas temporadas com seis episódios cada, ambas disponíveis no Disney+! 

Leia a crítica da primeira temporada ou leia mais sobre o MCU!



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