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Good Omens - 2ª temporada

Originalmente nascida como minissérie, Good Omens agradou tanto que ganhou uma segunda temporada, com uma história completamente nova, já que o livro em que se baseia, escrito por Neil Gaiman e Terry Pratchett,foi todo coberto no primeiro ano. Mas se engana que imagina que a continuação é apenas uma forma de ganhar dinheiro estendendo uma obra bem sucedida. Gaiman, único da dupla de autores ainda vivo, percebeu que ainda há uma história importante para contar!

História essa que é o ponto alto, mas não o foco da temporada inicial e do livro, focado no apreço dos protagonistas pela Terra e o desejo de evitar a destruição. O relacionamento entre Aziraphale (Michael Sheen) e Crowley (David Tennant), o anjo e o demônio que construíram uma bela amizade ao longo dos milênios na terra, é o que gera empatia e nos conecta com a dupla para além de sua causa, mas era apenas um bromance. Agora é a história que está sendo contada, com as disputas entre anjos e demônios como pano de fundo.

Gabriel (Jon Hamm) aparece na livraria de Aziraphale, sem memórias e sem roupas, com a mensagem de algo ruim vai acontecer, e com todos nos departamentos celeste e infernal em sua cola. O anjo protagonista não consegue evitar ajudá-lo, e arrasta o fiel "amigo" demônio para a missão. Missão essa que acaba envolvendo também duas humanas com um relacionamento em potencial. 

E assim acompanhamos suas escolhas muitas vezes sem sentido para nós reles humanos sem a criatividade de Gaiman e a habilidade de personagens milenares, mas que se encaixam perfeitamente no final. Além do non-sense, estão de volta o tradicional humor britânico, recheado de sarcasmo, acidez e referências que tanto agradaram na primeira aventura. Assim como, a subversão da solenidade de ícones, temas religiosos e suas motivações e histórias, e a falta de receio em abraçar a loucura sempre que possível.

Mas mesmo que o arcanjo não estivesse em apuros, ou que a intriga fosse outra, acompanharíamos sem pestanejar  qualquer coisa que Aziraphale e Crowley estivessem fazendo. Sensação que vem desde a primeira temporada. Particularmente, eu adoraria acompanhar a dupla, interferindo na história humana, ao longo dos tempos. 

Se antes a amizade proibida, mas com uma química impecável promovida pelo excelente texto de Gaiman e pela crítica impar dos interpretes. Agora, que o relacionamento caminha para o romance assumido, tudo fica ainda mais envolvente. Mesmo que os próprios personagens não façam ideia da verdadeira natureza de seus sentimentos. 

Os flashbacks que ajudam a dar ainda mais escopo a essa relação e ao embate entre céu e inferno, também estão de volta. Embora mais escassos do que o gostaria. Já os humanos, que dividiam as atenções antes, agora surgem apenas nas figuras de Maggie e Nina (Maggie Service e Nina Sosanya), o casal em potencial serve de espelho, e tem função específica no desenvolvimento dos protagonistas. 

Direção de arte, cabelo, maquiagem e figurinos repetem a competência, ao criar as épocas distintas em que os personagens viveram. Bem como em construir céu e inferno como ambientes burocráticos distintos, mas igualmente desagradáveis. A papelada, confusão e sujeira do andar de baixo, em contraponto ao vazio limpo, frio e impessoal do andar de cima, ambos lugares desumanos (tal qual seus habitantes) e insalubres a sua maneira.

E por falar em céu e inferno, parte do elenco volta para povoar esses departamentos. Além de Jon Hamm, estão de volta Miranda Richardson, Doon Mackichan e Gloria Obianyo. Shelley Conn substitui Anna Maxwell Martin como Belzebu com a simples explicação de que seres mágicos podem mudar a aparência quando quiserem. Entre as novas aquisições, o destaque fica com Quelin Sepulveda e seu fofo anjo bobinho de baixo escalão Muriel. 

Mesmo sem mais material literário como base Good Omens, surpreende ao encontrar uma história maior que o apocalipse para contar. Conhecendo bem seus personagens, abraça sua relação e carisma individual e em dupla, para falar sobre amor. Sem deixar de ser caótica, ousada, absurda e divertida, e com espaço para mais. O desfecho além de deixar o público com o coração na mão, ainda deixa claro que ao menos mais uma temporada é necessária para acompanharmos a eternidade de Aziraphale e Crowley. Coisa que faremos de bom grado!

Good Omens tem duas temporadas de seis episódios cada, ambas já disponíveis no Prime Video. 

Leia a crítica da primeira temporada!



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