Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

A Idade Dourada - 1ª temporada

A estreia discreta, ao menos na HBO brasileira, de A Idade Dourada, está longe de fazer jus à opulência da produção.  Felizmente, a primeira temporada é apenas o início de uma grande história. Logo, não faltarão oportunidades para que a produção do mesmo criador de Downton Abbey alcance um público maior. 

Nova York, 1882, era de grande crescimento econômico e tecnológico nos EUA, graças às ferrovias, indústrias de petróleo e aço. A jovem Marian (Louisa Jacobson) se vê obrigada a mudar para a cidade, para viver com as tias ricas, após descobrir que seu falecido pai a deixou na falência. Lá é jogada diretamente no cotidiano da Alta Sociedade Nova-iorquina, que está em polvorosa com a disputa entre velhos e novos ricos. 

O impasse mais evidente é entre a tia de Marian, a tradicional Agnes Van Rhijn (Christine Baranski) e sua mais nova vizinha, esposa de um magnata dos trens, Bertha Russel (Carrie Coon). Esta está determinada a adentrar na alta sociedade a todo e qualquer custo. Enquanto a primeira a ignora completamente, como cidadãos de segunda categoria, com que não se deve socializar, já que não vem de uma família tradicional. 

Além delas o cenário está repleto de famílias abastadas disputando a atenção uma das outras. Incluindo algumas figuras históricas. É aqui o único momento em que A Idade Dourada peca um pouco, são muitos senhores, senhoras e senhoritas, a conhecer. Muitos nomes para aprender ele lembrar no vai-e-vem da alta sociedade, em apenas nove episódios. Não se surpreenda, se demorar a entender quem é quem neste complicada dança das cadeiras. 

Felizmente, apesar de retratar uma sociedade com tantos membros, quanto normas de etiqueta. A série sabe bem qual seu foco, as famílias Russe, Van Rhijn, e "agregados". Sim, assim como sua predecessora,  Downton Abbey (que aliás faz parte do mesmo universo), A Idade Dourada reserva algum tempo para mostrar também o cotidiano dos empregados, a relação entre eles, e com os patrões. Infelizmente, com tão poucos episódios, o espaço dedicado a eles ainda é pequeno, mas o suficiente para criarmos empatia com os empregados de cada casa. 

A exceção fica por conta da Srta. Peggy Scott (Denée Benton), que logo se mostra ser mais que uma simples secretária. A aspirante a jornalista, que acaba trabalhando por acaso na residência Van Rhijn, e criando uma amizade sólida com Marian, tem um dos arcos mais interessantes do programa, e completamente independente da trama principal . Mas, também, apresenta um cenário pouco retratado nas telas. Ela pertence a elite negra de NY. Sim, existiam negros abastados nos Estados Unidos naquele período! Eles viviam em suas próprias comunidades ricas e educadas. 

De volta a trama principal, intrigas, escândalos, regras rígidas de etiqueta, egos inflados, romances proibidos, disputas de poder, muito dinheiro sendo esbanjado, garantem drama suficiente para que a série nunca caia no marasmo. Mesmo em se tratando de uma série interminável de conversas, em encontros para o chá, e salas de jantar. 

E por falar em salas de jantar, os cenários são uma atração à parte! Grandiosos e luxuosos, recriam bem a NY dos anos 1880, e também definem claramente o status a condição de cada família apresentada. O mesmo pode ser dito de figurinos deslumbrantemente detalhados. Tudo filmado com uma qualidade técnica impecável.

Impecáveis também são as atuações de Carrie Coon e Christine Baranski. A primeira determinada e incansável, a segunda firme e irredutível, suas construções de personagens, representam bem, as duas facetas da alta sociedade da época. O trabalho da dupla dita o tom da "treta", e o restante do elenco acompanha, entregando também boas atuações. Também estão em cena nomes como, Taissa Farmiga, Morgan Spector, Thomas Cocquerel, Blake Ritson, Kelley Curran, John Douglas Thompson, Audra McDonald e Cynthia Nixon. 

O termo "Idade Dourada", é realmente usado para descrever este período histórico dos EUA. E satiriza os problemas da sociedade mascarados por toda esta opulência. Como se uma fina camada de douração tentasse sem sucesso emular uma verdadeira era de ouro. 

 
A série A Idade Dourada, até usa a mesma metáfora para discutir o elitismo e a dinâmica de classes nesse período. Entretanto, a produção está longe de representar esta metáfora. Não se trata de uma produção duvidosa muito bem enfeitada. Entrega o melhor da dramaturgia de época, é puro ouro da HBO.

Leia também 7 motivos para maratonar A Idade Dourada!

A primeira temporada de A Idade Dourada tem nove episódios com cerca de uma hora cada, está disponível na HBO Max, além de ser exibida pela HBO. Sua segunda temporada já foi confirmada pelo canal.



This post first appeared on Ah! E Por Falar Nisso..., please read the originial post: here

Share the post

A Idade Dourada - 1ª temporada

×

Subscribe to Ah! E Por Falar Nisso...

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×