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O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas

Bons filmes sobre loop temporal raramente são realmente sobre o loop em si. Bons filmes sobre loop temporal são sobre as pessoas presas nele, e o que elas podem , ou precisam, aprender no processo de reviver o mesmo momento inúmeras vezes. O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas vai ensinar seus protagonistas a apreciar as pequenas coisas efêmeras, e abrir mão do que parecia ser permanente quando preciso.

Quando encontramos Mark (Kyle Allen) já está preso em um loop temporal de um dia há tempo suficiente para decorar a rotina de boa parte de sua cidadezinha. Aproveitando da maneira que bem entende seu único dia. Sua conformidade com a situação é abalada quando o adolescente esbarra na única outra pessoa consciente no loop. Margareth (Kathryn Newton) é cheia de personalidade, meio desinteressada e cheia de segredos.


Adivinhou quem imaginou que os dois passariam a compartilhar este dia.  A dupla aproveita a liberdade da ausência de consequências geradas pelo loop, fazer programas inusitados, filosofar sobre sua existência da realidade, até que começam a notar as pequenas coisas perfeitas que acontecem ao longo desse dia. 


Uma manbra perfeita de skate, um raramente visto da vida selvagem, uma coincidência que cria uma bela imagem. Pequenos momentos cotidianos que desperdiçamos, mas que trazem um sorriso a quem tem o olhar mais atento. É claro, eles resolvem catalogar todas em um mapa. Ele na esperança de sair do loop, ela apenas para ocupar a mente.



Assim, o roteiro desenvolve um romance que foge de dramas externos, e se concentra no que seus casal de fato sente. A única interferência é a própria bagagem de cada um, o que possibilita crescimento pessoal individual, além do desenvolvimento relação entre eles.

 

Kyle Allen consegue carregar o filme quando necessário, mas é Kathryn Newton quem mais se destaca, e rouba a cena. O que não é um problema, já que o roteiro propositalmente abraça o protagonismo repentino da moça, após insinuar que o rapaz seria nosso guia. De fato, Mark nos apresenta este mundo, mas é Margareth quem mais tem a nos ensinar com ele. 



A produção é eficiente em recriar o mesmo dia ensolarado perfeito. E na complicada repetição de cenas pela cidade. Nunca temos a sensação de que determinada sequencia fora gravada em um ouro dia, ou que os eventos não estão se repetindo da forma que deveriam.


Bons filmes sobre loop temporal raramente explicam totalmente o que causa tal fenômeno em comum. Afinal, não são sobre a repetição, mas sobre o aprendizado que ela traz. O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas encontra, no entanto uma boa razão para o loop existir. Não explica como aconteceu, como, ou porquê, mas dá um propósito satisfatório para a desventura dos protagonistas. 



Bons filmes sobre loop temporal existem aos montes, os ruins em ainda maior quantidade. O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas, não é excepcional, ou extremamente inovador, mas tem um propósito claro e o cumpre muito bem o que promete  É uma sessão divertida, emocionante e bem construída, que até arruma tempo para trazer boas discussões. Adorável, a produção do Amazon Prime Video entra facilmente na lista dos bons filmes sobre loop temporal.
O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas (The Map of Tiny Perfect Things)
2021 - EUA - 98min
Comédia romântica 


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