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Extrovertida?


  Certa vez me falaram que não sei falar sobre os sentimentos enraizados em mim (e percebi que muito menos escrever). Sou muito boa para falar de futilidades como o tempo, filmes ou dias frios. Me consideram aquela das rodinhas que todo mundo define por "autêntica" por simplesmente acharem aleatória demais. Mas bem no fundo, mesmo tendo um blog a quatro anos, sinto que para assuntos mais pessoais tenho tanta informação para Passar a limpo que geralmente os pensamentos ficam sem nexo, desordenados.
 A Primeira Vez que me falaram isso eu neguei.  Digamos que neguei com todas as minhas forças. Na minha cabeça eu era um livro aberto como pessoa, até que eu percebi que é completamente o contrário: eu ainda sou um livro fechado demais. Eu faço piadas o tempo todo, converso sobre todo tipo de coisa e foi difícil me tornar dessa forma, já que na infância eu era aquela taxada de "grossa" e "antipática", mas quando refleti um pouco vi que essas barreiras não tinham acabado.


  É louco como nossa infância nos molda. Seja o Cd da Xuxa que escutamos em 2006, seja o café da tarde com pão de queijo quentinho feito pela vó. Lembro quando ganhei minha primeira câmera: tinha 7 anos e era uma Cybershoot rosa bem pequenininha da minha mãe. Eu usei ela Tanto, mas tanto, que ela me deu. Obviamente, eras fotos horríveis, mas aquilo veio a se tornar muito importante para mim. 
 Fotografar foi uma coisa que encontrei para me distrair. Por sempre passar muito tempo sozinha,  minha personalidade foi construída de forma engraçada demais, como ficar dançando as músicas da Selena Gomez nove horas da manhã, passar o dia lendo livros em montes de almofadas enquanto troco de posições toda hora ou conversar um tempão com animais estimação (que por acaso já tive muitos), coisas que na sinceridade ainda faço.


  Não foi nenhuma surpresa quando me chamaram de tímida pela primeira vez. Eu tinha cinco anos e me neguei a participar da quadrilha da escola. Lembro que fiquei na sala chorando por tanto tempo que a professora desistiu de convencer e só me deixou no meu canto. É estranho por lembrar disso durante tanto tempo e só ter conseguido ir em uma quadrilha de novo depois de dez anos que isso aconteceu. 
  Nos últimos anos, me aprimorei bastante. Passei a ser chamada de extrovertida algumas vezes, a sair mais do que costumava sair, falar mais com pessoas. Mas no fundo meu jeitinho é o mesmo. Eu sou coisas demais, mais do que um simples post é capaz de descrever. Meu lado tímido tá lá, eu sinto ele (bastante), e creio que vai sempre fazer parte de mim.



  Uma certeza eu tenho: mudar é um processo muito doloroso. Eu me considero alguém que evoluiu muito com os anos e a conclusão é que nunca vou parar. Nunca nenhum de nós iremos. A vida é cheia de fases e com toda certeza muitas ainda estarão por vir, e tá tudo bem. Dá um medinho? Sim, mas no fim das contas se torna natural. Cheguei ao fim do post, viva, viu? Mas olha, mudar pelos outros não funciona, temos que passar por lutas com o nosso "eu interior", e isso é o mais desafiador de tudo.



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