Etéreos sons dos anos 80 direto do século XXI. Sintetizadores tímidos, guitarras discretas e vozes em suaves ecos. Eis a receita do Yumi Zouma, outra maravilha vinda da Nova Zelândia. A esta altura você já teve ter ouvido Lorde – ainda que seja apenas “Royals”, pois bem eis aqui uma banda que com as mesmas referências faz algo diverso: nada de superprodução, afetação e atitude soturnamente performática, ao contrário, a música é delicada, o instrumental compacto e simples e a postura da vocalista Kim Pflaum é discreta. Aliás, discrição parece ser a palavra-chave para compreender o Yumi Zouma. Eles lançaram em 2014 e neste ano, sem muito alarde, dois EP's (Yumi Zouma I e II) e alguns vídeos na internet e não aparecem em nenhum deles. As capas dos EP's trazem fotos que se poderia julgar terem sido escolhidas aleatoriamente e os vídeos tem a estrutura de pequenos curtas. Música para ouvir olhando o céu através da janela do quarto ou ao se espreguiçar lentamente na sacada e deixar a mente vagar. Uma ótima trilha sonora para o discreto charme da alegria de um dia claro de outono.
