O BNA terá feito um ultimato ao accionista único do Banco Económico para que este capitalize urgentemente a instituição em 150 milhões de dólares e proceda a outras medidas de limpeza do balanço.
Em causa estão novas regras para concessão de crédito a instituições financeiras mediante a prestação de “garantias adequadas e suficientes” e com adoção de medidas corretivas quando necessário, estipulando um prazo de reembolso de 180 dias.
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Ou seja, o BNA admite emprestar dinheiro aos bancos desde que a instituição que recorra a este mecanismo “apresente um plano de ação que preveja a recapitalização, venda de ativos e outras medidas de alavancagem que permitam a recuperação da solvência em curto prazo”.
O actual dono do Banco Económico é o Económico – Fundo de Capital de Risco de Subscrição Particular, o qual é controlado por António Van-Dunem, antigo Secretário do Conselho de Ministros
e Leopoldino Fragoso do Nascimento, antigo chefe das Comunicações de José Eduardo dos Santos.
O Jornal de Negócios noticiou a 17 de agosto, que o ex- Banco Espírito Santo Angola (BESA) terá encerrado o exercício de 2022 com um resultado líquido negativo de mais de 39 milhões de euros e precisa de uma capitalização adicional de 300 milhões de euros.
O montante exigido pelo BNA corresponde assim a metade das necessidades detectadas.
O estudo da Deloitte “Banca em Análise 2022”, de julho deste ano, revela que os resultados líquidos da banca angolana caíram 13,6% no ano passado, em termos homólogos, para 396 milhões de euros, devido essencialmente ao agravamento dos prejuízos do Banco de Poupança e Crédito (BPC) e ao aumento de imparidades.
Em 2022, Angola tinha em actividade 23 bancos. O valor total dos activos dos 22 que apresentaram contas (o banco Económico não o fez) ascendia a 18 mil milhões de euros. In LP
