Pouco mais de 200 médicos moçambicanos saíram, este sábado, à rua, na capital do país, Maputo, para exigir melhores condições de trabalho, salário e mais consideração. Estes profissionais, em greve há 28 dias, prometem que não recuar perante as ameaças de que são alvo por parte do governo.
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"A Greve dos médicos é justa", diz o Presidente dos defensores dos direitos humanos em Moçambique, Adriano Nuvunga.
"Por isso, chamamos todo o povo moçambicano a vir para a rua apoiar esta causa porque é uma greve justa, é uma greve legítima, diante da falta de seriedade, diante da falta de responsabilidade do ministro da Saúde", salientou.
Milton Tatia, Presidente da Associação Médica de Moçambique, falou sobre o que mais preocupa a classe.
"Nós estamos a reivindicar melhores condições de trabalho, mais recursos para o diagnóstico e tratamento dos nossos pacientes assim como os nossos direitos como classe", disse, em entrevista.
Os médicos reformados, que é o caso de Sam Patel, entendem que a greve é o culminar de uma série de problemas. "Um dos motivos da greve é aquilo que considero pouco investimento na área da saúde, pouco investimento na área da formação de médicos e outros quadros da área da saúde", referiu.
A greve dos médicos prossegue neste domingo, pelo vigésimo oitavo dia consecutivo. RFI