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Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

          Chegámos ao primeiro filme da MCU deste ano, e para mim não há melhor maneira para começar do que com a sequela de uma das minhas personagens favoritas: Doutor Estranho (dizer este nome em português é que é a coisa mais estranha de todas). E por aquilo que já nos foi mostrado, parece que vamos ter uma aventura que envolve aquilo que este universo se está a envolver cada vez mais: o multiverso. O realizador do primeiro filme, Scott Derrickson, não volta aesta sequela; em vez dele temos Sam Raimi que, embora seja uma escolha invulgar, pode trazer algumas das suas raízes de horror para este universo.
          Dr. Estranho vê-se envolvido numa aventura pelo multiverso, quando encontra a jovem America Chavez, que tem a habilidade de atravessar pelos vários universos e vê-se perseguida graças a esse poder.
          Um pequeno alerta que é necessário fazer a quem vai ver este filme. É praticamente obrigatório ter visto a série “Wandavision” que está na Disney+. Porquê? Basicamente porque Wanda Maximoff tem um grande destaque e sofre uma das maiores progressões durante este filme, com Elizabeth Olsen a ter uma grande interpretação, que volta a mostrar o grande trabalho que a atriz fez na sua própria série. O “problema” é que não posso falar muito mais sobre ela, porque senão já estaria a entrar no campo de spoilers. Apenas referir que a sua progressão aqui, embora não seja muito surpreendente tendo em conta o que já foi mostrado, não é muito bem justificado. E uma das coisas que nos mostra pela primeira vez é que aquilo que acontece nas séries também vai ter influência nos filmes. Se isso é algo que as pessoas vão gostar, ou se vão achar que é mais “trabalho de casa”, vamos ver. Eu gosto mas é porque vejo tudo o que a Marvel lança.
          Benedict Cumberbatch volta a entregar uma grande prestação como o protagonista e seus sósias e, mesmo que não apareça assim tantas vezes, acho que também tem um bom desenvolvimento. Enquanto no primeiro filme tem que aprender a lidar com as consequências do seu acidente, aqui tem de aprender a largar da sua ligação com Christine e a avançar com a sua vida. A dra. Christine Palmer, interpretada por Rachel McAdams, desta vez tem uma presença mais significativa no filme, com maior relevância para os acontecimentos. A nova personagem America Chavez (interpretada por Xochitl Gomez) foi uma agradável surpresa: pelos trailers pareceu-me que iria ser um elemento extremamente irritante, mas felizmente não foi isso que aconteceu, e até trouxe uns bons momentos. Só espero que no futuro não usem o seu poder como motivo para resolver todos os problemas, em que falta ir a um multiverso buscar a solução. E Benedict Wong é sempre um bom elemento em todos os filmes que entra.
          Em termos de história, não é tão sólida como no primeiro filme, com algumas coisas a não serem bem explicadas. E, já que estamos a falar de um multiverso, não vimos assim muitos universos, onde foram basicamente três, isto a contar com o nosso, e um dos outros é bastante semelhante ao nosso.
          Mas, uma coisa que não falha nos filmes desta personagem, são os visuais, são sempre impressionantes. A cena em que os protagonistas estão a passar por vários universos seguidos é uma grande cena, e também temos uma luta musical que consegue ser inventiva e visualmente impressionante. A juntar a isto, temos o estilo do realizador, que nos dá vários momentos de verdadeiro horror, isto claro tendo em conta que estamos dentro da MCU, e não de um filme de horror “a sério”. O estilo de humor também é muito Raimi, o que pode não ser do agrado de muitos, mas acho que o filme se sai bem com isso.
          Também temos uma boa dose de cameos, sendo que uns em particular dão a sensação que só lá estão para agradar ao público, e não para terem uma função real no progresso da história. Pelo menos aquilo que lhes acontece é incrível.
          “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” não entrega exatamente aquilo que o título promete, e não é tão bom como o primeiro filme, mas mesmo assim não deixa de ser um grande filme para o mestre das artes místicas.



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