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Eternals - Eternos (Eternals - 2021)

          A Marvel entrega-nos mais um episódio da sua contínua novela, desta vez com algumas diferenças interessantes. Primeiro, porque há a tentativa de expandir o universo, com mais menções de Celestiais e entidades cósmicas, e depois porque é realizado pela atual vencedora do Óscar de melhor realizadora Chloé Zhao, algo inédito para a saga.
          Os Eternos chegaram à Terra há cerca de 7000 anos, com o objetivo de exterminar os Deviants, seres predadores que andam a eliminar os humanos. Mas, depois de terem completado a sua missão inicial, os Eternos separam-se e passam a viver entre os humanos. Agora, nos dias de hoje, alguns Deviants voltaram a aparecer e a equipa tem de se voltar a reunir.
          O melhor do filme é a maneira como expande todo o universo Marvel e tudo o que isso poderá implicar para os próximos filmes. E, ao contrário de outros filmes da saga, tenta criar uma maior sensação de grandeza, em que tudo o que vimos até agora é praticamente um grão de areia no grande esquema das coisas.
          Em termos técnicos, também está impecável. As paisagens e ambientes estão muito bem representados e tem uma banda sonora épica. O problema é que o resto do filme não é bem adequado para toda essa elevação, já a história parece que se esforça para atingir o mesmo patamar de grandeza da música mas nunca consegue chegar lá.
          Isto leva-me ao principal problema do filme: as personagens. Basicamente, MUITAS! É que não é só a quantidade mas também com o tempo que passaram na Terra. Temos que compreender como os dez elementos da equipa passaram os últimos 7000 anos, para perceber o desenvolvimento do filme. Além disso, juntam-se os acontecimentos do presente, e simplesmente não há tempo para isso tudo pois não conseguimos criar as relações necessárias com as personagens, nem empatizar pelo que estão a passar. Supostamente, há um grande amor de milhares de anos entre Sersi e Ikari mas apenas o sabemos porque nos dizem isso, não há cenas suficientes para estabelecer essa relação. Adicionalmente, a interpretação estóica de Richard Madden não ajuda nada. O elenco é bom, nada contra, já que contamos com grandes nomes como Angelina Jolie, Gemma Chan, Salma Hayek, Kumail Nanjiani, Lia McHugh, Brian Tyree Henry e os restantes elementos que fazem um bom desempenho. Mas depois, como são tantos, estamos sempre a trocar as narrativas entre uns e outros e muitas vezes alguns ficam afastados do ecrã durante um grande período de tempo. Não podem ser só coisas más,a atenção: este é um dos filmes com a maior representação de diversidade dos últimos tempos e de certeza o melhor dentro do género de super-heróis. E também têm uma boa apresentação de vários super-poderes que já vimos em outros filmes, principalmente a super-velocidade de Makkari.
          “Eternals - Eternos” quis ser um filme diferente, com grandes aspirações e quase a abrir uma nova porta para uma parte diferente do universo. Mas acaba por sucumbir perante muitos desses objetivos e, em vez de uma nova porta, o que temos é mais uma janela entreaberta.



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